Na noite do dia 26 de junho, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, em Santo André, os fiéis ouviram como as drogas podem levar à morte uma pessoa e como a Deus pode trazer a mesma pessoa à vida. Stefany Ramos de Souza, 23 anos, contou sua história durante a Santa Missa, presidida pelo bispo Dom Pedro Carlos Cipollini e que encerrou a Semana Antidrogas na Diocese, promovida pela Pastoral da Sobriedade.
Vale destacar o trabalho dos agentes da Pastoral, coordenada por Célio Brandão de Carvalho e assessorada pelo Pe. Rogério Romão, que concelebrou ao lado do pároco da Catedral, Pe. Vanderlei Nunes, e do secretário episcopal, Pe. Guilherme Melo Sanches.
Como Dom Pedro recordou, Stefany faz parte dos quase 70 mil dependentes que a Pastoral da Sobriedade já ajudou no Brasil e que somente Deus faz a pessoa largar a dependência química. “O impacto da fé em Deus é tão grande que é capaz de superar a dependência. Deus é Deus da vida, que pode nos tirar de uma situação de morte e colocar em uma situação de vida. Deus promove a vida”, disse o bispo.
O belo testemunho de Stefany
“Boa noite, meu nome é Stefany. Tenho 23 anos e com 13 anos começou a jornada da minha vida. Casei e não era mais uma menina ou uma criança. Durou somente três anos. No primeiro dia depois da separação, fui para a balada. Até então não bebia e não fumava, mas encontrei pessoas – aqueles supostos amigos – que falaram para mim: ‘Vamos esquecer o problema, né. Um pouco de vinho, um cigarrinho, é legal’. Foi quando comecei a beber e a fumar, sem parar. Assim foi. Em baladinha para lá, baladinha para cá, ficava duas, três semanas fora de casa. Comecei a beber muito, em excesso, uma caixa de cerveja. E assim foi. Depois, conheci a cocaína, que destruiu minha vida aos poucos. No começo era tudo bom. Contava com vários ‘amigos’, mas quando estava no fundo do poço, cadê meus amigos? Casei de novo e tenho três filhos maravilhosos, meus alicerces. Mas o marido é traficante. Afundei mais na droga, acabando com minha vida. Ele foi preso e eu, afundando minha vida, abandonando meus filhos, que ficavam jogados. Meu filho pedia pão na rua enquanto eu estava em casa drogada. Ganhei o Vitor prematuro, devido à droga. Acabava com minha vida e estava no fundo do poço, pensando que não tinha mais jeito. Foi quando encontrei um anjo na minha vida, chama-se Solange (Maria Pinto Pereira, membro da Pastoral). Ela me levou para a Pastoral da Sobriedade, onde fui muito bem acolhida, com amor. Agora é a minha família. Meus filhos têm carinho hoje e recuperaram a infância. Agradeço a Deus por ter me tirado do fundo do poço. A droga destrói. Antes, me chamavam de morena e de drogada. Hoje me chamam pelo meu nome: Stefany. Minha vida é nova, sem droga, sem álcool. Obrigado por terem me ouvido”.