A ressurreição de Jesus é o centro de nossa fé: “Se Cristo não ressuscitou, então é vã nossa proclamação, vã também nossa fé” (1Cor 15,14). Por isso o Tríduo Pascal não só é o ponto alto da celebração da Semana Santa, mas é o ponto central, para o qual convergem todas as promessas do Antigo Testamento. A ressurreição também é o ponto de partida para a missão da Igreja. Ela instaura entre nós o Reinado definitivo de Deus. Por isso a Igreja pode exclamar: Cristo ressuscitou: Aleluia!
A ressurreição de Jesus é o sinal que nos certifica a redenção. A Humanidade caída por causa do pecado mergulha na morte. Com a ressurreição de Jesus a Humanidade é redimida. Jesus inicia um novo mundo, uma nova criação da qual ele é o novo Adão. Deus refaz na graça a desgraça provocada pelo pecado. Agora, em Cristo nós podemos novamente ser filhos e filhas do Pai, semelhantes a Ele pela graça da filiação divina.
Jesus veio para mostrar o amor de Deus por nós. Somente lhe deixaram fazer isto na cruz. Foi o único lugar que lhe permitiram mostrar o amor e então ele aceitou: “Tendo nos amado amou até o fim, até dar a própria vida (Jo 13,1). Por causa deste amor absoluto ao Pai no cumprimento da sua vontade Jesus foi exaltado, ressuscitado e feito Senhor. Mergulhou na morte, mas de dentro da morte ele fez a morte implodir e a venceu. Se tivermos fé venceremos com Ele. O que se exige de nós é somente a fé.
A ressurreição de Jesus não é igual à “ressurreição” de Lázaro. Ele morreu, Jesus o fez voltar da morte, mas ele teve de morrer de novo. Com Jesus é diferente: os apóstolos o viram morto na cruz e depois o viram vivo. Seu corpo não estava no sepulcro mais. No entanto ele aparecia vivo, transfigurado em luz. A ressurreição é o início de uma nova vida, sem dor, luto ou pranto. É a vida transformada em Deus, vida definitiva para a qual fomos criados.
Mensagem escrita para o Folheto do ABC Litúrgico – Páscoa 2016
Feliz Páscoa a todos!
+ Dom Pedro Carlos Cipollini