Diocese de Santo André

Parceria do Bem

A crise que atravessamos só faz piorar a situação de inúmeras pessoas e famílias que dependem da assistência do Estado ou da caridade de entidades filantrópicas.

A palavra filantropia vem das expressões gregas philos e anthropos que traduzem-se livremente por: amor ao ser humano, ou à humanidade. Na linguagem cristã ela foi equiparada pelo termo: caridade.

A caridade cristã é a ajuda que a todos se estende sem distinção de raça, condição social ou de religião; não espera vantagem nem gratidão (AG 9). A caridade cristã é expressão da fé que age com amor.

Em nossa realidade do Grande ABC são muitos os cristãos que gastam seu tempo e sua energia para fazer chegar não só ajuda material, mas também um apoio de consolo e de esperança a quem vive em condições difíceis. Estas pessoas não se limitam em ser operadores de serviços sociais, mas com seu agir testemunham o Evangelho da caridade.

Em nome da caridade, em nossas 7 cidades, foram, e ainda são, construídas associações filantrópicas como casas para dependentes químicos, moradores de rua, asilos, albergues, creches, trabalhos Pastorais como Pastoral da Criança, Menor, Saúde, Carcerária, Sobriedade, a Sociedade de São Vicente de Paulo e um sem fim de atividades, cujo fundamento são os valores, quer da filantropia, quer da caridade ensinada por Jesus.

Com este espírito, presta-se assistência material aos que pouco ou nada possuem. Algumas dessas associações institucionalizaram-se formulando estatutos, adotando normas e critérios para o atendimento, em busca de recursos da comunidade e do Estado, tais como doações e isenções de impostos, para ampliação de seus serviços.

Elas não somente auxiliam diretamente o Estado, como também suas intervenções levam a mudanças sociais e econômicas para todos cidadãos, através da melhora na condição de vida dos que são atendidos. Desta maneira a ação caritativa leva a uma ação política.

Assim a seguridade social, política pública, dever primeiro do Estado, conforme a Constituição de 1988, encontra na sociedade civil, e em particular na Igreja Católica, uma parceira (gratuita) na construção e manutenção de instituições de atendimento às famílias em situação de risco social. A Igreja Católica é uma das pioneiras em filantropia no Brasil e a instituição que mais obra de caridade faz no país.

É disto que surgem as parcerias com os governos municipais e estaduais. A parceria permite ao Estado diminuir o orçamento destinado às políticas sociais, repassando para as obras assistenciais da Igreja (e outras entidades) a responsabilidade no atendimento à população excluída de bens e serviços.

O Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas encomendou uma pesquisa à Dom Strategy Partners que “apontam que de cada R$1,00 (um real) que as entidades receberam elas concederam em gratuidade como contrapartida R$5,92”. Isto é, o que o Governo investe é pouco, perto do muito que é devolvido à sociedade.

Com a dificuldade econômica nacional, as doações das empresas e pessoas físicas têm diminuído e a tentação dos governos é de retirar a verba das parcerias. O que se ignora no último caso é que o prejuízo social será enorme, caso estas instituições tenham de reduzir seus quadros de atendimento.

Sempre é prudente fiscalizar e auditar as parcerias e os parceiros. Contudo, nesta fase em que há mais desempregados, mais carestia, retirar verbas de quem já não as possui é um prejuízo para a promoção humana.

A Igreja por seus filhos se liga aos homens de qualquer condição e particularmente aos pobres e aflitos, dedicando-se a eles de boa vontade (cf. 2Cor 12, 15), continuará a fazê-lo, mas deseja contar com seus parceiros para bem executar algo que além da fé, é uma questão de humanidade.

Parabéns aos que aqui no Grande ABC trabalham nas filantropias, parabéns aos doadores, parabéns aos governos que colaboram nesta nobre missão!

Artigo escrito por Dom Pedro Carlos Cipollini para o jornal Diário do Grande Abc

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