Missas, batismos, confissões, coordenação de pastorais, compromissos com a diocese, gestão administrativa, de pessoas… São tantas as responsabilidades que envolvem uma administração paroquial, que você pode se questionar: como posso dar conta disso tudo? Confira as dicas que selecionamos para te ajudar:
Comece a planejar
Para começar, é importante considerar que sempre haverá demanda. Mas será que todas devem ser cumpridas e assistidas no mesmo dia ou na mesma semana, no mesmo mês? Estudos mostram que um hábito se estabelece sob a repetição por, no mínimo, 28 dias. Se você ainda não se considera uma pessoa organizada e planejada, aproveite essa motivação e busque, imediatamente, habituar-se a planejar suas atividades. Comece estabelecendo um dia da semana para desenhar mentalmente a semana e, no encerramento das atividades de cada dia, atualizar e rever o que foi cumprido, o que não foi.
Essa avaliação diária torna você capaz de enxergar o que é real no seu planejamento, munindo você de experiência e maturidade para que seus planos sejam cada vez mais realizáveis e produtivos. Registre tudo em uma agenda, planner ou aplicativo de anotações.
Busque delegar funções
Quando olhamos para a nossa agenda e nos deparamos com vários compromissos que não daremos conta sozinhos, está na hora de encontrar um vigário, diácono ou paroquianos, por exemplo, com quem possamos dividir algumas atribuições. Isso vai desde um compromisso diário até um objetivo estratégico da paróquia. Cultive o trabalho em equipe sempre e não centralize tudo em você.
Invista na própria formação e nas lideranças da paróquia
Seja na formação religiosa – que entendemos ser uma necessidade contínua – ou em questões relacionadas à administração, gestão de pessoas e financeira, gestão do tempo, é preciso olhar honestamente para as próprias fragilidades [e para a própria comunidade] e buscar meios para superá-las. Fomentar periodicamente a própria formação e também proporcionar essa capacitação para os líderes na paróquia contribui para a sua motivação e comprometimento como pároco, além construir uma paróquia cada vez mais engajada.
Doe-se por completo
Pensar nas próprias necessidades é importante, pois ninguém é capaz de oferecer o que não possui. No entanto, é preciso estar sempre atento ao limiar entre o cuidado saudável com a própria vida e as necessidades do rebanho que Deus lhe confiou. Por isso, a cada dia questione como está a sua abertura interior para as responsabilidades que se apresentam a você. Pense: como Jesus “pastoreava” suas ovelhas?
Estabeleça e mantenha o foco em suas prioridades
Nem tudo é tão urgente como aparenta ser e, certamente, há coisas que são mais importantes que as outras. Identificar prioridades é uma tarefa que só você pode fazer e evita o desperdício de tempo e energia gastos com coisas que não necessitavam de tanta atenção. Ainda no campo da busca pelo desenvolvimento pessoal, é interessante investir em conhecimentos e ferramentas que auxiliem de modo prático na gestão do tempo. Selecionar as prioridades de trabalho, organizar e consultar sua agenda, procurando estar inteiro em cada coisa que se dispuser a fazer certamente terá um impacto positivo numa avaliação mais completa da sua rotina.
Utilize a tecnologia ao seu favor
São muitos os instrumentos que a tecnologia oferece para ajudar na gestão de compromissos e tarefas. O Google Agenda é um exemplo disso no auxílio para marcar seus compromissos. Isso vai ajudar a dar lembretes pontuais de cada evento que você tiver no seu dia.
Procure viver em paz e cultivar a intimidade com Deus
Tem sido cada vez mais comum, entre sacerdotes, religiosos e até mesmo leigos extremamente engajados o acometimento de sofrimentos psíquicos (depressões, ansiedades, transtornos mentais) que, particularmente, se desenvolvem em função do estresse. Não estamos afirmando que aqueles que dedicam a vida para o Senhor estão isentos de passarem por essas provas, mas, sabendo que boa parte dessas dores podem ser prevenidas numa vivência equilibrada e reconciliada das atividades, das paradas necessárias para o recolhimento espiritual – que muitas vezes é descanso! – e da vida fraterna, podemos tomar os cuidados necessários.
No mundo em que vivemos, corremos o risco de pensar que a doação de vida está necessariamente ligada a fazer muitas coisas e produzir muito, como nas empresas. Mas, na prática, não é bem assim. Portanto, encontre espaço, em meio a todos os compromissos, para o cultivo da vida interior e da fraternidade. O próprio Jesus nos ensinou isso quando fez pausas para momentos de oração mais intensos e também para estar com aqueles que amava.
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