Diocese de Santo André

A Coleta Missionária é um gesto profético e solidário

Na mensagem para o Dia Mundial das Missões, comemorado no dia 21 de outubro de 2018, o Papa Francisco lembrou aos jovens que as generosas ofertas materiais dos fieis cristãos permitem à Igreja ajudar os necessitados, para que também eles sejam capazes de viver e testemunhar o Evangelho na vida cotidiana. Pediu que os jovens lembrassem que ninguém é tão pobre que não tenha nada para partilhar; sempre teremos o que partilhar e sempre haverá pessoas que precisam da nossa partilha. Os gestos cristãos de partilha generosa e solidária são gritos proféticos corajosos que anunciam a justiça fraterna do Reino e denunciam as injustiças mortais da idolatria consumidora de vidas.

A Coleta Missionária, realizada nos dias 20 e 21 de outubro foi um gesto de partilha generosa e solidária das comunidades cristãs que possibilita a evangelização, a animação e a cooperação missionária nas dioceses mais carentes da nossa Igreja. Dessa Coleta Missionária, 80% são destinados para auxiliar atualmente 1.050 dioceses pobres nos territórios de missão e diversos projetos de evangelização e promoção da vida na África, Ásia e América Latina; os outros 20% são para a ação missionária da Igreja no Brasil.

Jesus nos comunicou a sua vida e a sua comunhão com o Pai e colocou-se a serviço do Reino de vida plena para todos. Ele convidou homens e mulheres para segui-lo como discípulos; enviou-os como servidores e testemunhas deste Reino de vida e fez o povo saborear essa realidade nos seus gestos, atitudes e escolhas. A missão da Igreja é lembrar o Reino de Deus, grande paixão de Jesus, e zelar pela vida de todos; desafiada e angustiada diante das situações que ameaçam a vida, a Igreja articula todas as forças para vencer a maldita cultura da morte e integra todas as formas de promover a evangélica cultura da vida, enxergando em cada rosto, o rosto inconfundível do seu Senhor. A Igreja deve ser autônoma diante do Estado e dos partidos políticos, mas não pode ser neutra diante da violência, não pode se calar ou se omitir diante da vida ameaçada e ficar ao lado dos pobres e oprimidos. Ela deve se comprometer com um mundo onde seja reconhecido e garantido a todos o direito de nascer, crescer, constituir família, seguir a vocação, envelhecer e morrer naturalmente, crer e manifestar a fé.

Através da caridade, expressão irrenunciável do seu próprio ser, a Igreja toca a miséria humana e se aproxima da carne sofredora de todo ser humano, neste mundo dilacerado por discórdias e contradições. Na caridade, a Igreja entra em contato com a vida real dos homens e mulheres deste mundo e manifesta a força criativa e transformadora da ternura do evangelho que desautoriza qualquer tipo de violência e contribui para a superação da miséria, da exclusão e da violência.

A opção preferencial pelos pobres não pode se restringir a uma doação imediata de algo necessário à sobrevivência. Ela implica convívio, relacionamento fraterno, atenção, escuta, acompanhamento nas dificuldades, mudança de situação e transformação social. A opção preferencial pelos pobres e a superação da miséria e da violência exigem um cuidadoso planejamento de ações, envolvimento de pessoas, organismos sociais e forças políticas que compõem a sociedade civil, a promoção de políticas públicas de qualidade e acima de tudo, o profundo amor e respeito pela sacralidade da vida. A ação concreta da Coleta Missionária da Igreja estimula as nossas comunidades cristãs a irem, muito além da simples doação imediata, ao revolucionário e profético gesto de partilhar solidariamente os recursos financeiros para sustentar projetos de restauração e promoção da vida e de propagação do Evangelho nos lugares mais necessitados do mundo. A Coleta Missionária desperta o fiel cristão para a sensibilidade da partilha generosa e solidária, suscita um amor missionário e desperta para o compromisso evangelizador.

A violência é uma realidade gritante que perpassa todas as realidades da nossa sociedade e ganhou espaço importante em campanhas políticas, que reacendeu discursos já superados e suscitou posturas reacionárias perigosas. A Campanha Missionária neste ano, sustentada pela reflexão da Campanha da Fraternidade, iluminou com a luz da Palavra de Deus a tomada de consciência, que Jesus promoveu a paz e rejeitou a violência que sempre gera mais violência.

Artigo desenvolvido por Pe. Clemilson Pereira Teodoro

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