Despertou na vida da Igreja dos primeiros séculos a partir do imperativo evangélico – “se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue me” (Mt 16, 21) – homens e mulheres que se consagram totalmente a Deus através de uma vida de pobreza, castidade e obediência.
Desta forma, Deus foi suscitando sempre mais homens e mulheres que apresentaram o desejo de seguir a Cristo pela vivência dos conselhos evangélicos, inspirados no próprio Cristo, pobre, obediente e casto. E nesta dinâmica, surgiram belas inspirações e caminhos de espiritualidades para esses homens e mulheres, que desejavam viver essa nova forma de vida. Os carismas,
inaugurados por pessoas santas, são caminhos que auxiliam os consagrados a seguirem Jesus.
Além da consagração total pela profissão dos Conselhos Evangélicos, os religiosos e as religiosas vivem em comunidades, colocam tudo em comum e colaboram com a missão da Igreja de anunciar a Boa Nova de Jesus e servi-lo sobretudo nos pobres e marginalizados. Deste modo, a Vida Religiosa Consagrada é, ainda hoje, testemunho de seguimento a Cristo dado como dom de Deus à Igreja, conforme assegura o Catecismo: “A vida religiosa faz parte do mistério da Igreja. É um dom que a Igreja recebe de seu Senhor e que oferece como um estado de vida permanente ao fiel chamado por Deus na profissão dos conselhos” (n. 926).
Os consagrados são chamados a colaborarem diretamente com a Igreja, de modo especial, com a Diocese em que estão presentes. Nós, franciscanos capuchinhos, como dom de Deus, há mais de 60 anos cooperamos com nossa Diocese de Santo André, com
a oportunidade de testemunhar nosso carisma e viver nossa Regra de Vida, servindo a todos, sempre em comunhão com nosso bispo diocesano.
* Artigo por Frei Maycon Ferrazoli, OFMCap para o ABC Litúrgico
