BRASÃO EPISCOPAL DE DOM PEDRO CARLOS CIPOLLINI
Escudo encimado por uma pila em ouro sobre campo de esmalte vermelho
Simbologia: A pila com seu formato triangular simboliza a Trindade que irrompe no mundo redimido pelo sangue de Cristo (campo vermelho) com seu poder criador. A Revelação do mistério da Trindade, que convida a Humanidade à comunhão, é fundamento, cume e meta da missão de Jesus Cristo e seus seguidores: “Quando Jesus reza ao Pai para que todos sejam um, como nós somos um, abre perspectivas inacessíveis à razão humana, sugere alguma semelhança entre a união das pessoas divinas e a união dos filhos de Deus na verdade e na caridade” (GS 24).
Sobre a pila dourada um coração de esmalte vermelho encimado por uma chama vermelha
Simbologia: A cor dourada da pila simboliza Deus Pai, Criador de todas as coisas. O coração simboliza Jesus Cristo, o qual manifesta o segredo mais íntimo de Deus Pai: sua misericórdia: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). A chama que encima o coração representa o Espírito Santo que ilumina e dirige, fazendo germinar as sementes do Reino na História. O bispo é vigilante como o Pai, pastor como o Filho e Profeta na força do Espírito, governando na firmeza e mansidão.
No campo de esmalte vermelho, duas chaves (em ouro e prata) cruzadas ou decusadas em aspas, sob elas um crescente de prata.
Simbologia: As chaves representam a Igreja, Corpo de Cristo e Povo de Deus reunido em nome da Trindade (LG 4): “Na verdade quem recebeu as chaves não foi um único homem, mas a Igreja Una” (Santo Agostinho, Sermo 295, PL 38 p. 1348ss). Na amplidão do mundo redimido está a Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica (LG 8), missionária por natureza (AG 2), “coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3, 15). As chaves homenageiam São Pedro, querem significar a fidelidade ao primado romano, princípio visível de comunhão na caridade (CD 2). Homenageia também a Pontifícia Universidade Católica de Campinas e a Basílica Nossa Senhora do Carmo, que tem as chaves em sua simbologia e onde o novo bispo trabalhou por longos anos como professor e pároco. O novo bispo deseja sentir com a Igreja e amá-la como “Cristo a amou e se entregou por ela” (Ef 5,25). A lua crescente tirada do Brasão da terra natal, Caconde, simboliza a Imaculada Conceição e representa Maria, Mãe de Jesus, discípula fiel. A Imaculada é orago da igreja onde foi batizado o novo bispo, do seminário onde estudou, da catedral onde se ordenou sacerdote e bispo e das duas dioceses a que pertenceu.
LEMA
“IN NOMINE IESU” (Cl 3,17) escrito em blau sobre listel prateado
O lema quer orientar a vivência do ministério episcopal do bispo. O verdadeiro discípulo age em nome de Jesus e o bispo foi investido para agir diante da Igreja toda “in persona Christi” (LG 21). ”A missão do bispo, sucessor dos apóstolos, é o serviço exercido em nome de Jesus: “Recebemos o ofício de embaixadores e viemos da parte de Deus. Esta é a dignidade do ofício de Bispo” (São João Crisóstomo, in Com. Ad Col. 3, 5). Portanto, o bispo não age em nome próprio, não se pertence, mas aos que serve por amor e em nome de Jesus. Assim sendo, é movido por misericórdia como Jesus Cristo: “misericordia motus” (Lc 7,13).
A cruz dourada, o chapéu prelatício ou capelo e os pendentes verdes sobre o escudo, representam a dignidade do ministério (serviço) episcopal.
Com informações da Diocese de Amparo e adaptado pela Assessoria de Imprensa da Diocese de Santo André