Diocese de Santo André

Na Paixão do Senhor, Dom Pedro reflete: “Seguir Jesus por amor”

Nessa tarde ensolarada (sexta-feira 15/04) , cheia de reflexão e renovação da fé, o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, ao lado do Padre Camilo Gonçalves (secretário episcopal), celebrou a Paixão de Nosso Senhor em uma comunidade.

A escolhida foi a Comunidade Nossa Senhora Aparecida (Ouro Fino) que pertence a Paróquia Santa Luzia (Ribeirão Pires), e ao encontrar-se com os paroquianos, pudemos ver a alegria de estar com nosso bispo nessa hora tão importante em nossa fé.

Padre Camilo, secretário episcopal, antes do início da celebração explicou aos fiéis que a celebração é dividida em quatro paixões: palavra, rezada, adorada e a comungada; detalhando cada paixão desta ação litúrgica  tão especial e simbólica, lembrou também que é o único dia do ano que não tem missa.

A ação litúrgica 

Conforme a liturgia, o bispo entrou em silêncio, ao chegar diante do altar deitou-se no chão simbolizando, profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor. 

Após o momento inicial de silêncio e a oração inicial, iniciou-se a liturgia da Palavra e proferiu-se a primeira leitura, de Isaías (Is 52,13 – 53,12),esse trecho de Isaías é sobre o servo sofredor, que podemos relacionar a Cristo.  O salmo responsorial é o 30 (31), cujo refrão diz: “Ó Pai, em vossas mãos, entrego o meu espírito”, referenciando a entrega do servo nas mãos do seu Senhor. A segunda leitura é da carta aos Hebreus, (Hb 4, 14 -16; 5, 7-9), que nos diz que temos um sumo sacerdote eminente que entrou no céu, Jesus Cristo, o filho de Deus. O Evangelho da celebração da Paixão é a narrativa da Paixão segundo João (Jo 18, 1-19, 42). 

 

Nosso bispo nos faz refletir sobre a Paixão de Nosso Senhor

Dom Pedro inicia a homilia refletindo: “Nesse horário sagrado, às três horas da tarde, no qual o evangelho diz que Jesus morreu na cruz, nós nos reunimos para fazer memória da sua Paixão e Morte na Cruz. Hoje é o único dia do ano que não se celebra a santa missa, mas a igreja reserva para nós esse momento de silêncio, meditação, de contemplação de Cristo Crucificado. É Nele que nós temos a redenção, pela sua morte Deus habita e se torna muito necessário que em nossos dias, que  contemplemos a Cristo Crucificado e entremos nesse mistério que celebramos.”

Também nos alerta sobre o mundo, que rejeita a Cruz, o sofrimento de Cristo e até o próprio Cristo, estamos em uma realidade social que vai desaparecendo aos poucos com a presença de Jesus Crucificado. A Cruz está desaparecendo dos ambientes, muitas pessoas não usam mais uma cruz no peito, porém nós como cristãos católicos cremos em Jesus e é por causa Dele que estamos aqui.

Nosso bispo lembrou sobre o servir de Jesus: “ Ele não usou o seu poder divino para se impor, ele se fez servo, pois quem ama serve. Por que Jesus sofre? Porque ele escolheu o caminho do amor, é o modo de ser de Deus, seria incompreensível o sofrimento de Jesus com o poder  Divino que possuía, poderia fazer cair mortos todos que o atacavam, mas Jesus não escolheu esse caminho, pois Ele se fez obediente ao pai.”

Trouxe uma mensagem final nos fazendo pensar sobre o amor: “Jesus escolheu que as pessoas devem segui-lo por amor e não pela dor, não por medo e nem interesse, e é por isso que Jesus sofre, pois quem ama sofre. E o sofrimento ensina a amar, quando a pessoa realmente tem amor a Deus, e por isso tem amor aos irmãos e é esse amor de Deus que nos liberta e nos realiza como pessoa.”

 

Comunidade se alegra estar juntos novamente

“Voltar a servir com a presença dos fiéis é uma alegria imensa. Ver a devoção e a fé do povo em cada gesto, em cada resposta, cantando junto conosco, não tem como mensurar.  A alegria é ainda maior em ter como celebrante nosso Bispo Dom Pedro. O zelo pela diocese e o carinho em vir celebrar em uma de nossas comunidades, é um grande testemunho de fé, de servir, de ser uma igreja em saída. Que Deus o abençoe e que o Espírito Santo o conduza em todos os momentos de sua vida e missão.” se alegra Kelly Assis da  Pastoral da música e Comunicação.

“Depois de dois anos sem poder celebrar a Sexta-feira Santa  em nossa comunidade, hoje eu e todos os fiéis da comunidade  podemos  participar da vigília pela manhã e na celebração recebemos nosso Bispo Dom Pedro que com palavras simples  conduziu a uma meditação profunda onde a emoção tomou conta não só a minha mas a de vários fiéis”, Agnaldo que é  Ministro Extraordinário da Comunhão.

“A celebração  de adoração a Santa Cruz da Capela Nossa Senhora Aparecida foi belíssima  tudo perfeito cada momento bem pensado e organizado, pude viver o mistério e com a presença do Nosso Bispo Dom Pedro nos abençoando com uma linda celebração  foi só  benção, e depois de dois anos sem poder se reunir e adorar ao Senhor, foi muito forte e emocionante, eu estava com muita saudades desses maravilhosos momentos, amo a semana santa”, Rosângela Serafim (participante da comunidade).

“Após dois anos sem celebrar a Semana Santa, com a presença da comunidade, não tenho palavras para expressar a emoção e o quanto é maravilhoso participar deste momento e vê no rosto de cada fiel a emoção de está presente. A celebração de Adoração a Santa Cruz foi muito bonita e emocionante, a forma como Dom Pedro conduziu com gestos e palavras simples fez com que pudéssemos rezar neste momento”, Liliane Moura (coordenação da capela).

“O retorno da missa presencial é um momento de emoção onde reunimos com a nossa comunidade para louvar nosso criador. Agradecemos a Deus por  todos pela saúde e benção de estar vivo. Uma mistura de sentimentos, alegria e gratidão pela vida. Sentimento de união. Na visita do bispo, a  comunidade se une a um objetivo de acolhimento fraterno. Onde cada pastoral faz o seu melhor . Pois a presença do bispo mostra a importância da nossa união pastoral”,  Edna (coordenação da capela)

 

Adoração a Santa Cruz

Dom Pedro se dirigiu ao final da capela, com a Santa Cruz em mãos,  veio a desnudando em três momentos com as palavras: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Chegando ao presbitério, nosso bispo retirou o solidéu, a casula e os sapatos, aproximando-se da Cruz e ajoelhando diante dela por três vezes, e assim beijando-a. 

Todos os fiéis foram convidados a Adorá-la e durante todo o acontecimento da apresentação, glorificação e adoração à Santa Cruz, o silêncio e as lágrimas incontidas de alguns fiéis se fizeram presentes, ao recordarem a prova de amor de Cristo pela humanidade.

 

Dom Pedro antes da oração final, dirigiu-se a comunidade com uma palavras de gratidão:  “Gostaria de manifestar a minha satisfação por ter rezado com vocês, com uma celebração tão bonita e tão bem preparada, exorto vocês a permanecerem firmes na fé, fico muito satisfeito em saber que aqui nesse local existe vocês, que acreditam em Jesus, ouve sua palavra e se reúnem sobre a invocação de Nossa Senhora Aparecida, que vocês perseverem, e que vivam tudo aquilo que acabamos de celebrar: o amor de Cristo.”

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