A tarde do domingo, 6 de abril, foi marcada por uma alegria que nem o frio e a garoa conseguiram conter. Crianças, adolescentes e jovens de toda a Diocese de Santo André chegaram ao Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Paulicéia – São Bernardo do Campo, com os olhos brilhando e o coração aquecido pela fé. Era mais uma etapa do Jubileu da Esperança, proposta jubilar vivida com intensidade por toda a Diocese neste ano de 2025.
Por volta das 13h30, os grupos começaram a ocupar o espaço do Santuário. Empunhando com orgulho o Passaporte do Peregrino, cada um trazia nas mãos o símbolo do compromisso com a fé e a caminhada com Cristo. A cada lugar santo visitado, um novo carimbo, uma nova graça recebida.
Animados pelo diácono transitório Bruno Biazutti, os pequenos e os jovens louvavam com entusiasmo. A música, conduzida pelo ministério da comunidade Colo de Deus, fazia ecoar nos arredores o vigor da juventude católica. Durante toda a tarde, sacerdotes também estiveram disponíveis para confissões, proporcionando aos presentes a experiência da misericórdia de Deus.
Faltando poucos minutos para a celebração da Santa Missa, uma garoa fina começou a cair. Mas nem isso apagou o brilho daquela tarde. Ao contrário, parecia que a alegria dos jovens fazia o céu recuar: mesmo com os pés no chão molhado, eles continuavam pulando, cantando, sorrindo e proclamando o amor de Deus. Quando Dom Pedro Carlos Cipollini chegou para presidir a Missa campal, não havia mais uma gota caindo do céu.
Durante a homilia, Dom Pedro dirigiu-se especialmente às crianças e jovens com uma linguagem acessível, próxima, e profundamente catequética. Refletindo sobre o Evangelho da mulher adúltera, falou sobre a misericórdia que transforma, mesmo nos momentos de queda: “Deus gosta de você do jeitinho que você é. E Jesus gosta de você mesmo quando você erra. Sabia?” — dizia o bispo com ternura.
Em tom de conversa, ele também abordou as pressões do dia a dia: “Hoje vocês têm que aprender inglês, espanhol, balé, futebol… É muita exigência. E, às vezes, quando erramos, nos desesperamos. Mas Jesus não desiste de nós.” A homilia seguiu trazendo vida ao texto sagrado, lembrando que o perdão não nos acomoda, mas nos transforma. “Jesus não te condena. Mas Ele também diz: vai e não peques mais. Ele dá uma nova chance. Deus sempre dá uma nova chance.”
Dom Pedro também destacou a importância de acolher o perdão de Deus e, a partir dele, perdoar os outros. “Se você recebeu de presente de Deus o perdão, você tem que distribuí-lo. Hoje é difícil perdoar, mas é preciso. A fé é isso: caminhar num lugar escuro segurando a mão de Jesus.”
A cada palavra com leveza, fazia as crianças e jovens compreenderem que a vida com Deus é feita de recomeços, confiança e misericórdia. A homilia foi encerrada com um convite: “Nós acreditamos em Ti, Jesus. Nós queremos receber a Sua misericórdia e distribuí-la entre os irmãos.”
Ao final da celebração, Dom Pedro apresentou os padres concelebrantes, os diáconos e seminaristas, e fez uma pergunta que ecoou no coração de todos: “Quem aqui gostaria de ser padre?”. O gesto, acompanhado de muitos olhares atentos, foi um verdadeiro convite ao despertar vocacional.
Outro momento especial foi quando duas crianças, segurando a bandeira da Infância e Adolescência Missionária, foram chamadas ao altar. O bispo encorajou para que esse movimento missionário seja presença em todas as paróquias da diocese.
Antes da bênção final, Dom Pedro agradeceu ao pároco e reitor do Santuário, Padre Guilherme Franco, pela acolhida fraterna e, como bom pastor, desceu do altar para estar com seu povo. Foram muitos abraços, fotos, conversas breves — mas inesquecíveis.
Pelas redes sociais, as vozes continuaram ecoando o que os olhos viram e o coração sentiu:
Elisete Isabel Pereira resumiu: “Foi uma celebração muito linda.”
medineia_silva partilhou: “Foi maravilhoso! Obrigado, Senhor, por me permitir viver esse momento com as crianças da catequese e jovens da nossa Paróquia Santa Luzia, Virgem e Mártir.”
daianefia escreveu: “Foi lindo ver tantos jovens e crianças louvando.”
eloah_favaro emocionou-se: “É tão lindo ver esse tanto de jovem em busca de Deus.”
Foi mais do que uma peregrinação: foi um respiro de esperança no coração da Igreja diocesana. Uma juventude que canta, caminha e reza, levando adiante o testemunho de uma fé viva — e que carimba no coração o verdadeiro sentido de pertencer à Igreja.
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