Na noite do dia 22 de agosto, a Diocese de Santo André celebrou com grande alegria os 67 anos da dedicação da Catedral Nossa Senhora do Carmo. Conhecida como a casa-mãe da diocese. A dedicação aconteceu em 1958, quando, após a conclusão das pinturas da nave central e das capelas laterais pelos irmãos Enrico e Fernando Bastiglia, o Cardeal Jaime de Barros Câmara, Arcebispo do Rio de Janeiro, consagrou a Catedral e o altar-mor. Nesse momento histórico, foram depositadas relíquias de São Sebastião e de Santa Maria Goretti, unindo o sacrifício dos mártires ao sacrifício de Cristo celebrado sobre o altar.
O rito da dedicação, que continua sendo um dos mais belos da liturgia, reúne símbolos que marcam profundamente a vida da Igreja: a aspersão da água benta recordando o Batismo, a unção do altar com o óleo do Crisma, a incensação que faz subir a Deus o perfume das preces, e a iluminação festiva que proclama Cristo como luz das nações. Cada gesto reafirma que a Catedral não é apenas uma construção de pedra, mas uma realidade viva, chamada a ser sinal da presença de Deus no meio do seu povo.
Em sua homilia, Dom Pedro Carlos Cipollini destacou que o aniversário da dedicação da catedral é motivo de grande ação de graças, pois este templo, construído com tanto zelo, é sinal da Igreja viva que somos nós. O bispo explicou que, assim como os tijolos que formam as paredes da catedral, cada batizado é parte dessa construção espiritual: “Essa igreja de pedra é construída por muitos tijolinhos. A Igreja de Jesus é construída por muitas pessoas. Celebrar a dedicação desta catedral é celebrar a dedicação de toda a nossa Igreja diocesana a Deus”.
Dom Pedro também recordou que a catedral não é apenas um monumento no centro da cidade, mas um espaço sagrado onde Cristo se manifesta de forma especial. “Quando entramos aqui dentro, temos que ter essa consciência de estar num lugar sagrado, dedicado a Deus. Aqui estamos diante do Senhor que escolheu esse lugar para manifestar-se e distribuir as graças que viemos buscar”, afirmou, convidando os fiéis a cultivarem reverência, silêncio e oração diante do Santíssimo Sacramento.
Por fim, o bispo diocesano pediu que o cuidado com a catedral vá além das obras materiais de restauração e pintura, alcançando a vida espiritual da comunidade. “Que possamos colaborar para que a catedral seja sempre um símbolo digno da nossa fé, da nossa pertença e do nosso Batismo”, concluiu. A celebração dos 67 anos de dedicação da Catedral Nossa Senhora do Carmo renovou, assim, a memória histórica, o compromisso pastoral e a esperança do Povo de Deus que caminha unido rumo à Jerusalém celeste.











