Diocese de Santo André

Configurados a Cristo Servo, três novos diáconos são acolhidos pela Diocese de Santo André

Na manhã de 16 de agosto, a Catedral Nossa Senhora do Carmo ficou tomada de fiéis que vieram testemunhar a Ordenação Diaconal Transitória de Wellington Aquino, Fernando Oliveira do Nascimento e Maurício Antônio Borges. A celebração foi presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano, e marcou o primeiro passo dos três seminaristas rumo ao sacerdócio.

Após a proclamação do Evangelho, cada candidato foi chamado pelo nome, pelo reitor da Casa de Teologia, Padre Mario Alessio Ferreira da Silva, aproximando-se do bispo e da assembleia em sinal público de disponibilidade. Esse momento expressa a eleição da Igreja, que, ao longo do caminho formativo, reconhece neles a vocação ao ministério.

Em sua homilia, Dom Pedro expressou a alegria da Igreja em acolher os três ordenados, recordando que a vocação é dom gratuito de Deus e fruto da oração da comunidade. Ele agradeceu às famílias e comunidades que os sustentaram ao longo da caminhada, destacando que este dia é sinal da esperança que não decepciona. “A vocação deles é iniciativa de Deus, que chama pelo sim que eles deram. Somos agradecidos por todos os que ajudaram nessa área de formação e discipulado, especialmente os presbíteros, os diáconos e as comunidades paroquiais.”

O bispo explicou que o diaconato é o ministério do serviço e que os ordenados são chamados a serem sinais vivos do Cristo Servo. Recordou que Jesus se apresentou como o Cordeiro de Deus, aquele que veio não para ser servido, mas para servir: “O diácono é o ícone eclesial do Cristo servo. Definir-se como servo não é submissão, mas uma expressão profunda de amor, porque este servo é colocado como filho amado e predileto do Pai.”

Por fim, Dom Pedro convidou os novos diáconos à fidelidade cotidiana, sustentados pela oração, pela Eucaristia e pela escuta da Palavra, para que a opção pelo serviço se renove sempre: “Renovem cada dia esta opção fundamental que escolheram hoje: a opção de servir e dar a vida, como fez Jesus. Assim serão felizes. O que define um ministro ordenado não são tarefas a fazer, mas, acima de tudo, o amor recebido do Pai, amor que deve ser retribuído numa sincera doação de vida.”

Logo depois, os três ordenandos fizeram seus propósitos, declarando diante do bispo e de todo o povo o desejo de assumir com fidelidade o serviço da Palavra, da Liturgia e da Caridade. De modo especial, cada um se ajoelhou diante de Dom Pedro e prometeu obediência a ele e a seus sucessores, gesto que sela a comunhão entre o diácono e o seu bispo.

Seguiu-se um dos momentos mais fortes do rito: a Ladainha de Todos os Santos. Prostrados no chão da catedral, os candidatos expressaram sua entrega total a Deus, enquanto a assembleia invocava a intercessão dos santos e santas da Igreja. Foi um instante de profundo silêncio e oração, marcado pela emoção de toda a comunidade.

No ponto central da celebração, Dom Pedro impôs as mãos sobre cada um e pronunciou a solene prece de ordenação, pedindo ao Senhor que os configurasse a Cristo Servo. Com esse gesto e oração, Wellington, Fernando e Maurício se tornaram diáconos da Igreja de Cristo. Em seguida, receberam a estola transversal e a dalmática, vestes próprias do diaconato, e foram revestidos por familiares e irmãos no ministério. O bispo então lhes entregou o Livro dos Evangelhos, dizendo: “Recebe o Evangelho de Cristo, do qual foste constituído mensageiro: crê no que lês, ensina o que crês, vive o que ensinas.”

A partir desse momento, já como diáconos, Wellington, Fernando e Maurício participaram ativamente da Liturgia Eucarística, ajudando na preparação do altar e servindo junto ao bispo, sinal concreto da missão que agora assumem na Igreja.

Cada um traz consigo um lema que traduz o espírito com que deseja viver o ministério: Wellington escolheu “Eles não têm mais vinho” (Jo 2,3), recordando a sensibilidade de Maria às necessidades do povo; Maurício assumiu “No meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc 22,27), fazendo eco à humildade de Cristo; e Fernando fez ressoar em sua vida o chamado de Jesus, “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10), como quem deixa tudo para seguir o Mestre.

Ao final, em nome dos três, o diácono Wellington dirigiu palavras de agradecimento a Deus, às famílias, aos formadores, às comunidades de origem e a todos os que acompanharam sua caminhada, confiando o ministério à intercessão de Nossa Senhora e pedindo: “Rezem por nós para que sejamos bons diáconos e, futuramente, bons padres.”

Encerrando a celebração, Dom Pedro anunciou o envio missionário de cada um: Fernando exercerá seu ministério na Paróquia São Pedro e São Paulo, em São Bernardo do Campo; Maurício na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Ribeirão Pires; e Wellington na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, em Diadema.

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