Diocese de Santo André

Sessenta anos de luz e esperança no coração do Parque João Ramalho

No coração do Parque João Ramalho, a fé ganhou corpo e vida. No dia 13 de agosto, a Paróquia São João Batista celebrou seu Jubileu de Diamante com uma missa solene presidida pelo bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, reunindo fiéis, pastorais e comunidades que, ao longo de seis décadas, mantêm viva a chama da esperança e do amor a Deus.

A história começou em 1962, quando moradores simples ergueram um cruzeiro e uma pequena capela de madeira. No dia de São João Batista, foi celebrada a primeira missa, dando origem ao sonho que se tornaria paróquia em 1965, por decreto de Dom Jorge Marcos de Oliveira. O primeiro pastor, padre Adriano, vindo da Holanda, trouxe consigo não apenas coragem, mas a visão de uma igreja viva e comprometida com a transformação social. Com a ajuda da comunidade, ergueu o espaço paroquial e fundou, em 1969, o Centro Comunitário Dom Jorge, onde floresceram creche, cursos, grupos de jovens e inúmeras ações sociais.

O crescimento foi inevitável. Em 1974 nascia a comunidade São José, no Jardim Alzira Franco, e em seguida a Capela Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Sorocaba, fruto da devoção e do empenho dos fiéis. Muitos padres marcaram presença nesta caminhada, cada um deixando seu testemunho e fortalecendo a fé deste povo. Hoje, sob o pastoreio do padre Cláudio Pereira, a paróquia continua firme na missão de anunciar o Evangelho.

Na homilia, Dom Pedro conduziu a assembleia a um olhar agradecido pela história. Ele recordou que “a gratidão é a memória do coração” e convidou os fiéis a reconhecerem as bênçãos que Deus derramou ao longo de seis décadas. Recordando a primeira leitura, comparou a vida da comunidade à travessia do povo de Israel rumo à Terra Prometida, lembrando que a caminhada da Igreja é feita em conjunto, cuidando uns dos outros e aprendendo a viver em comunhão.

O bispo destacou ainda que a paróquia é lugar de reconciliação e perdão, onde os irmãos são chamados a se acolher e a se corrigir com amor. “Se não existir perdão, não há como viver a comunidade. O Evangelho nos ensina a corrigir com fraternidade, a não desistir uns dos outros”, afirmou.

Por fim, falou da presença de Cristo que sustenta a comunidade: “Nenhuma comunidade dura 60 anos se não for Jesus quem a sustenta”. E acrescentou que a perseverança só é possível quando o amor de Deus é vivido com paciência, acolhida e espírito missionário, transformando a paróquia em luz de esperança no bairro.

Ao término da celebração, Padre Cláudio Pereira, pároco, agradeceu às equipes que prepararam a novena e o Jubileu, reconhecendo o empenho de cada pastoral. Lembrou que, apesar do cansaço, a dedicação valeu a pena, e ressaltou a alegria de contar com a presença do bispo. Dirigindo-se à comunidade, afirmou que todos são parte desta história de fé, deixando uma palavra de gratidão e incentivo para que o trabalho continue.

Seis décadas depois daquele cruzeiro simples erguido pelos moradores, a Paróquia São João Batista é hoje uma referência de fé encarnada, que uniu devoção, ação social e esperança. Como dizia o padre Adriano, seu primeiro pastor: “Os santos somos nós. O povo é a Igreja viva”.

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