Diocese de Santo André

Segurança, o que fazer?

São muitos os problemas que nos afetam. Entre eles a falta de saúde, moradia, emprego e segurança. Pesquisas recentes mostram que entre todas estas, a falta de segurança é a pior. A população é constantemente assaltada, não somente pelos bandidos nas casas e ruas. Sobretudo, tem-se a sensação de ser assaltado por autoridades que praticam a corrupção. Esta, no final das contas, traz morte, tantas quantas dos assaltos a mão armada.

O que nos poderia ajudar a vencer a violência e a insegurança que toma conta das cidades? O aumento do efetivo policial, criação de mais prisões… E todas as providências nesta direção mostram-se insuficientes. A segurança não é somente caso de polícia, é questão humanitária. Exige do ser humano que se torne pessoa e tenha o coração voltado para o bem.

Temos leis humanas que nos garantem liberdade e igualdade, mas a fraternidade não pode ser imposta pela força da lei. Assim sendo, surge como solução para o problema da segurança, a conscientização do valor e da prática da lei de Deus, os dez mandamentos ou Decálogo, como vem expresso na Bíblia. Aí estão as leis que produzem a fraternidade universal. Tem grande utilidade para nós neste século XXI, século do avanço tecnológico. Eles nos dizem o que devemos fazer para trilhar o caminho da vida. São as dez palavras autênticas para a vida dos indivíduos e das sociedades.

Os dez mandamentos fazem parte da bagagem moral inserida no coração humano pelo Criador. É “lei natural” sentida e admitida por todos os povos. As sociedades antigas já os haviam incorporado em seus estatutos sociais. Deus, porém, entregou estas normas de forma privilegiada, a um povo que Ele escolheu. Assim, no Monte Sinai entregou a Moisés as “tabuas da Lei” (cf. Êxodo 20, 1-17).

O mundo em que vivemos esquece Deus e o seu serviço, ou ainda, se d’Ele se recorda, não é um Deus da vida, mas deus de vingança e violência. Precisamos reviver estas grandes verdades. O Papa João Paulo II, visitando o Monte Sinai em fevereiro do ano 2000 assim se expressou: “Os Dez Mandamentos não são imposição arbitrária de um Senhor tirânico. Eles foram escritos na pedra, mas, antes, foram escritos no coração do homem como lei moral universal, válida em todo o tempo e em todo o lugar. Hoje, como sempre, as Dez Palavras da Lei oferecem a única base autêntica para a vida dos indivíduos, das sociedades e das nações. Hoje como sempre, elas são o único futuro da família humana. Salvam o homem da força destrutiva do egoísmo, do ódio e da mentira. Evidenciam todas as falsas divindades que o reduzem à escravidão: o amor de si mesmo até à exclusão de Deus, a avidez do poder e do prazer que subverte a ordem da justiça e degrada a nossa dignidade humana e a do nosso próximo… Observar os Mandamentos significa ser fiéis a Deus, mas significa também ser fiéis a nós mesmos, à nossa autêntica natureza e às nossas mais profundas aspirações”.

Obedecer a Lei de Deus é critério fundamental para seguir o caminho da vida e obter d’Ele a proteção. À medida que uma sociedade os segue, realiza-se na justiça, justiça esta que tem como fruto a paz. Assim estará protegida. Mas, afastando-se da Lei de Deus, a sociedade fica entregue à sua própria sorte e o resultado é o reinado da insegurança.

Diz a própria Bíblia: “O que confia no Senhor estará seguro” (Pv 29,26); confiar em Deus é praticar seus mandamentos.

Artigo escrito por Dom Pedro Carlos Cipollini para o Jornal Diário do Grande Abc.

Compartilhe:

Jubileu Ordinário 2025: Um Ano para Peregrinar na Esperança

nomeacoes

Nomeações e provisões – 05/02/2025

Rumo ao 9º Plano Diocesano de Pastoral: Um Chamado à Comunhão e Missão

Diocese de Santo André se despede de Padre Praxedes, sacerdote dedicado aos pobres e à justiça social

CDPA se reúne para fortalecer a ação pastoral e a comunhão diocesana em 2025

Condolência de Dom Pedro pelo falecimento do Padre Praxedes

Nota de pesar pelo falecimento do Padre Walfrides José Praxedes

Pe. Francisco de Assis da Silva, OMI, assume a Paróquia São Luiz Gonzaga em Mauá

Direitos Humanos?

nomeacoes

Nomeações e provisões – 29/01/2025