Diocese de Santo André

Quinze anos de saudades do bispo sorriso

No dia 4 de fevereiro de 2003, Dom Décio Pereira deixava seu povo da Diocese de Santo André e ia para a casa do Pai. Ficou à frente da Igreja do Grande ABC por quase seis anos, um período não muito grande, mas o suficiente para que os fiéis recordem de seu pastor como o “bispo sorriso”, quem transmitia a alegria cristã apenas com o rosto e suas palavras de coragem.

E o povo fez memória de Dom Décio em Santa Missa presidida pelo bispo Dom Pedro Carlos Cipollini, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, na noite de 4 de fevereiro, concelebrada pelos sacerdotes Pe. Ademir Santos de Oliveira, Pe. José Herculano (ambos foram os primeiros ordenados por Dom Décio na Diocese, ao lado do Pe. José Silva) e Pe. David Vantroba.

Os fiéis que conviveram com Décio destacaram a qualidade que marcou seus corações. “Era o bispo sorriso, não tinha tempo feio, sempre estando com o sorriso nos lábios, sempre mostrando carinho especial, de todos aqueles que se aproximavam. Deixou esta marca, do bispo sorriso. Lamentamos o episcopado breve, mas tenho certeza que está na glória eterna”, disse José Ripari, ministro na Catedral na época de Dom Décio.

Pe. Ademir recordou o porquê o bispo estava sempre sorrindo. “Uma vez perguntaram a ele: ‘Por que o senhor sorri mesmo passando por momento de dificuldade, de sofrimento?’ Ele dizia: ‘O coração que sangra pertence a mim, agora o sorriso é do irmão. Nunca posso falta de dar o sorriso ao meu irmão’, contou o sacerdote.

O bispo sorriso também tinha a qualidade de encorajar os fiéis, mesmo os mais desanimados. “Dom Décio tinha aquele sorriso que vinha nas orelhas. Ele me abraçava e sempre dizia ‘coragem’. Tínhamos nossas dificuldades, mas ele sempre animou, era fantástico. Não havia momento de tristeza”, frisou dona Iraci Dalousso Lorenzi.

As crianças daquele tempo também lembram o bispo sorriso. “Dom Décio era um bispo carinhoso com todos e com as crianças parecia se intensificar. Com as mãos grandes dava uns tapinhas, tanto que pesados, como que empurra para frente. Sempre dizia ‘coragem’. Do sorriso aberto, sabe que vaidade nunca morou ali. Era um bispo simples, do povo. Somos jovens que aprendemos amar com ele esta imensa Diocese”, testemunhou Fernanda Marqui.

 

Homenagens

Com palavras carinhosas, Dom Pedro recordou que conheceu há décadas Dom Décio, que, inclusive, esteve presente na ordenação sacerdotal do atual bispo de Santo André, em fevereiro de 1978, pelas mãos de Dom Diógenes da Silva Matthes. “Dom Décio colocou a Igreja do Grande ABC em estado permanente de missão. Soube desinstalar sua Igreja, e deixou seu legado como a Igreja da misericórdia”, elogiou Dom Pedro. “Ele acreditava na inocência das pessoas, porque ele mesmo era inocente, puro de coração. Teve uma vida desapegada, simples, parecida com a vida de Cristo, o bom pastor”, comparou o bispo.

Ao fim da Santa Missa, foram deixadas algumas homenagens no local onde está enterrado o corpo de Dom Décio, no interior da Catedral.

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