O acompanhamento da vida desde o ventre da mãe e o desenvolvimento das crianças com saúde e educação nortearam o 1º Encontrão de Formação para Líderes 2019 da Pastoral da Criança da Diocese de Santo André, realizado na manhã de sábado (18/05), no salão paroquial da Igreja Santo Antônio, na Vila Alpina, no município andreense.
Estiveram presentes cerca de cem pessoas, entre líderes, apoios, coordenadores paroquiais, comunitários e regionais de quatro regiões pastorais: Santo André – Centro, Leste e Utinga, além de São Caetano.
Após o café da manhã, o assessor diocesano da Pastoral da Criança, Pe. Rudnei Sertorio, promoveu a oração inicial e uma reflexão sobre a parábola do semeador, contida no evangelho de Marcos (4:3-9). Ao término da meditação da palavra, representantes de paróquias realizaram uma pequena procissão com as imagens dos padroeiros.
Logo após, a coordenadora diocesana da Pastoral da Criança, Maria Gomes, proferiu a palestra sobre os primeiros mil dias de vida; em seguida, Roseli apresentou medidas para uma alimentação saudável; Keli veiculou vídeo e explicações sobre o desenvolvimento infantil e ao final todos e todas se confraternizaram, ao formarem um grande círculo entoando canções marianas e praticando exercícios de alongamento, em conjunto, para todos voltarem aos seus lares cheios do Espírito Santo.
O próximo Encontrão de Formação acontece no dia 15 de junho, com as três regiões pastorais de São Bernardo – Anchieta, Rudge Ramos e Centro – e Diadema, na Paróquia Bom Jesus de Piraporinha, em Piraporinha, na cidade diademense.
Parábola do Semeador
Pe. Rudnei explicou que o momento de oração e meditação do evangelho é de suma importância aos agentes da pastoral, pois é a base e o sustento para o trabalho realizado na sociedade, muitas vezes nas periferias da cidades.
“Esses momentos são previstos dentro das reuniões da pastoral, justamente porque essas pessoas trabalham muito. É uma pastoral de engajamento social. Então exige-se muita disciplina e disposição para lidar com as pessoas. É fundamental para que se pare um pouco, medite a Palavra de Deus e que se cultive a espiritualidade para não desanimarmos na caminhada”, relata o sacerdote, ao falar das sementes que caem em quatro terrenos: a primeira que caiu pelo caminho e foi comida pelos pássaros; a outra que caiu num terreno com muitas pedras; a terceira que caiu no meio dos espinhos; e a quarta que caiu em terra boa e produziu bons frutos.
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Direitos da criança
Há 19 anos na Pastoral da Criança, a professora Keli Cristina de Oliveira Cintra, abordou a importância do desenvolvimento cognitivo para o bebê.
“Toda atividade cerebral da criança se dá, de acordo com o ambiente em que ela vive. Então, se a gente lidar bem com as questões de saúde, educação e sociais, a criança vai se desenvolver bem melhor. A Pastoral da Criança tendo esse subsídio de atuar nessas áreas e de ajudar as mães a enxergar essa importância do afeto, das questões sociais e também de tudo que ela tem direito, com certeza a criança vai ser muito melhor na fase adulta”, explica.
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Alimentação saudável
A psicóloga Roseli Garcia Gonçalves Flausino promoveu uma exposição dinâmica sobre alimentação saudável, ao apresentar produtos que são ingeridos desde a infância, como refrigerante, embutidos e doces, mas nem sempre trazem benefícios para uma boa saúde.
“Acreditamos que com essas orientações e alertas para uma alimentação saudável conseguiremos um desenvolvimento e uma gestação melhor para as crianças”, atesta.
Já a professora Maria Gomes Coelho Silva, apresentou palestra sobre ‘Como os primeiros mil dias de vida podem afetar a nossa saúde para sempre’.
“É um trabalho que a pastoral faz baseado no método do médico inglês David Barker – apresentado em 1990 –, no qual ele afirma que a criança nestes mil dias de vida, que é considerando a gestação, primeiro e segundo anos de vida serão decisivos para a saúde dessa criança quando ela for adulta. Então, todo esse trabalho que tiver de alimentação e vacinação impactará na vida dela como adulta”, explica.
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Longa estrada
Paroquiana da Mãe de Deus e dos Órfãos, em Santo André, a aposentada Maria do Socorro Félix, dedicou 26 dos seus 75 anos aos trabalhos da Pastoral da Criança.
“Comecei a atuar como voluntária na minha cidade, Taquaritinga do Norte, em Pernambuco. Completei agora 20 anos em Santo André e continuei aqui esse trabalho maravilhoso. Aprendemos muitas coisas que não sabemos. Isso nos ajuda no dia a dia”, comenta.
Uma das representantes da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de São Caetano do Sul, Viviane Pellegrino, 54 anos, acredita que a formação foi muito informativa e esclarecedora, ao apontar os cuidados necessários nos primeiros anos de vida.
“Me chamou muito a atenção essa questão do desenvolvimento da criança. E como ainda erramos no geral, na sociedade, principalmente no acompanhamento das crianças entre 0 a 6 anos. Precisamos de mais paciência. Pegar no colo, abraçar e ter mais compreensão. Só assim contribuiremos para uma boa educação da criança”, salienta.
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Atuação na Diocese
A Pastoral da Criança atua na promoção da vida, conforme mostra o lema: “Para que todos tenham vida e a tenha em abundância”, combatendo a mortalidade infantil por diversas causas, que ocorrem em sua grande maioria dentro dos primeiros 30 dias de vida.
As atividades na Diocese de Santo André tiveram início em agosto de 1987, na comunidade Rainha dos Mártires, da Paróquia Imaculada Conceição, no município de Mauá. O trabalho continua crescendo nas periferias da Diocese e muitos líderes estão atuando em favor da vida. Hoje, a Pastoral na Diocese de Santo André conta com 406 líderes e 877 voluntários – totalizando 1.283 voluntários –, atuando em 101 comunidades de 52 paróquias, acompanhando 4.674 famílias, num total de 4.386 crianças, de 0 a 6 anos, e média mensal de 288 gestantes acompanhadas.
