Diocese de Santo André

O serviço da caridade é um aspecto fundamental da vida cristã

As ações de caridade e iniciativas solidárias são intensificadas neste tempo litúrgico da Quaresma, um período propício para a conversão, por meio da confissão dos pecados, da oração diária e da prática do jejum, bem como abdicar da ingestão de certos alimentos. Mas será que o nosso compromisso assumido durante esses quarenta dias refletirá numa caminhada permanente de gestos cristãos ao longo do ano? Para conversar sobre o tema, convidou o vigário episcopal para a Caridade Social e pároco da Paróquia São Maximiliano Maria Kolbe (Riacho Grande – SBC), Pe Ryan Mathew Holke. Acompanhe:

Pe. Ryan, qual a relação entre os objetivos do Vicariato Episcopal para Caridade Social e o tempo litúrgico da Quaresma?
Primeiramente, vamos falar dessa nova realidade do vicariato da caridade no contexto da quaresma que vivemos atualmente. Sabemos que as três praticas quaresmais que nos acompanham durante todo esse tempo especial de preparação para celebração da Páscoa são a oração, o jejum e a esmola, em outras palavras, a esmola como caridade. Diante disso, o vicariato é justamente o esforço de reunir todos os trabalhos que existem na diocese, nessa direção da caridade social, tudo que é voltado para a inclusão dos mais pobres, dos marginalizados, dos excluídos e tornar isso um rosto unificado, uma rede de comunhão a serviço da caridade em toda a diocese.

E como fazer com que a caridade seja incentivada como uma ação permanente na Igreja e na sociedade?
Nós sabemos que a caridade não é somente uma ação que devemos praticar durante a Quaresma. Mas é um dos elementos fundamentais da vida cristã. O Papa Bento XVI, naquela famosa carta “Deus caritas est” (Deus é amor), a sua primeira encíclica, de 2006, ele falava de três dimensões fundamentais da vida cristã: primeiramente o anúncio pelo querigma, ou seja, o anúncio explícito do Senhor, quanto pelo testemunho de Martyria, ou seja, o testemunho de fidelidade a Cristo; depois a vida orante da Igreja, a liturgia; e por fim, a diaconia, que é o serviço da caridade. Tudo isso vivido na comunhão, ou seja, o serviço da caridade é um aspecto fundamental da vida cristã. E que se nós olharmos, nossa Igreja vive de maneiras muitas diversas.

Num contexto diocesano, quais desafios são observados para que essa comunhão seja vivenciada por meio do vicariato?
Este trabalho que é realizado no contexto diocesano, a presença da comunidade cristã, naquele território, às vezes não é vivenciado numa forma de comunhão. Muitas iniciativas, mas nem sempre dialogam entre si. Então, a ideia do vicariato é justamente ter um espaço onde as experiências que cada um está fazendo enriqueça toda a nossa Igreja Particular. É uma iniciativa inspirada em outras experiências Brasil afora, como o Vicariato Episcopal para Pastoral do Povo da Rua, na Arquidiocese de São Paulo, no Vicariato Episcopal para a Caridade Social, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, e agora também na Diocese de Santo André.

Esse trabalho em conjunto é mais uma prova de que o Sínodo Diocesano continua produzindo frutos em toda a diocese?
Sim! No espírito de uma Igreja Sinodal que caminha junto, nós estamos dando mais esse passo naquilo que o Papa Francisco propõe para toda a Igreja: discernir a partir da Palavra de Deus, a partir da nossa realidade, olhando os sinais dos tempos, mas sempre em comunhão. E esse caminho sinodal agora se torna também um caminho na caridade social, com esse olhar para aqueles que mais precisam e caminharmos juntos como Igreja para que a nossa sociedade seja cada vez mais Reino de Deus, para que cuidemos uns aos outros, cuidemos da nossa Casa Comum.

 

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