Diocese de Santo André

Zootopia – Dica de filme

O filme é excelente no que diz respeito à parte cinematográfica. O mundo das animações tem sido um campo em que a imaginação dos criadores flui para horizontes cada vez mais e mais distantes, tanto nos aspectos estéticos, de maneira geral, quanto na construção do roteiro, no desenvolvimento da trama e na caracterização dos personagens (muitíssimo carismáticos, diga-se de passagem).

Em ordem à atual ascese deste ramo, usualmente voltado ao público infantil, observa-se nas entrelinhas das animações mais recentes, ideais maduros e até mesmo complexos, que andam tomando bastante forma. Isto é, de certa forma, algo bom. Tudo irá depender de uma boa análise a fim de tirar o mais puro leite da mais dura pedra.

“Zootopia” é um jogo de palavras interessante criado pelos realizadores; uma “utopia animalesca”, uma cidade utópica aonde predadores e presas evoluem de tal modo a ignorarem seus instintos mais básicos de sobrevivência e passarem a viver em harmonia; pensando, vestindo-se, locomovendo-se e vivendo como humanos.

Com uma riqueza enorme de referências diretas a filmes e séries clássicos e outros consagrados como “O Poderoso Chefão“, “Frozen“, “Once Upon a Time“, “Operação Big Hero 6“, “Enrolados”, “Detona Halph”, “Breaking Bad”… A ideia deste longa é puramente metafórica e serve a calhar como uma espécie de fábula, até porque a maioria das crianças se sente muito atraída por animais e desenhos de animais que pensem e falem como eles.O que vale a pena são as lições que absorvemos e que elas mesmas (as crianças), indiretamente, absorvem de filmes como este. 

Judy, a coelha protagonista, deixa sua família no interior e vai em direção à Zootopia afim de realizar seu sonho de infância: ser uma policial. Incentivada pelo slogam e lema da cidade: “Zootopia, aonde você pode ser o que quiser!”, e em razão dos animais terem alcançado tal primazia da evolução de forma extraordinária, Judy ignora o fato de não ser tão forte quanto um predador, ou um animal de grande porte, e segue em sua incansável busca pela materialização de seu sonho.

Ao perceber que mesmo após ter alcançado o sonho de ser uma policial todos os seus esforços não a levam ao esperado, e ao se dar conta de que em Zootopia nem todos vivem tão bem, especialmente no momento em que encontra o antagonista e vigarista Nick (uma raposa) Judy se vê confrontada em ser o que quer ser, sem assumir quem realmente é e quem os demais da cidade são, em todos os seus erros, falhas e diferenças.

Não há nada de errado em ter sonhos e ambições, a menos que tomemos tais sonhos como centros extremos da nossa vida, ignorando o que Deus quer para nós e toda uma realidade à nossa volta; uma realidade de pessoas imperfeitas e situações difíceis que acabamos por ter de superar. Judy passa a entender que o melhor caminho para se tornar de fato uma “policial coelha” requeria bem mais dela do que ela mesmo esperava.

O filme em si já apresenta ao espectador um mundo não tão diferente do mundo real, que entra em antítese com aquilo que Judy tanto queria e sonhava, (destaque para as pequenas críticas embutidas no mesmo, que vão desde à corrupção dos governantes até a lentidão nos sistemas públicos de atendimento, tudo retratado de forma bem leve e divertida, claro). Mesmo com as adversidades, a coelhinha segue persistente, não abrindo mão de seus sonhos, porém, aprendendo a não ser iludida por eles e a conciliá-los com aquilo que já vive.

Deus tem um plano de vida para cada um de nós, que frequentemente colide com os nossos próprios planos! Zootopia transmite lições de maturidade e perseverança; tanto para que aceitemos com alegria e amemos aquilo que Ele já nos oferece com gratuidade, quanto para que tenhamos coragem e peçamos a Ele a força para derrubar barreiras adiante, fazendo com que os nossos próprios defeitos e os alheios não nos impeçam de seguir a Sua vontade com veemência.

Fonte: Projeções de Fé

http://blog.comshalom.org/projecoesdefe/zootopia/

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