Diocese de Santo André

Conversão e Alegria marcam o Tempo do Advento

Vivenciamos o Tempo do Advento em preparação ao Natal. No Advento podemos distinguir dois períodos: o da Esperança e o da Alegria. No primeiro, as leituras da Missa nos convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos. No segundo, somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus.

Tendo por base, o enfoque para a Esperança – representada pela Conversão, e para a Alegria – em seguir Jesus Cristo, mostramos a seguir três depoimentos que retratam com fidelidade estes dois períodos do Advento.

Minha fé me ensinou a ajudar o próximo

Milena Oshiro, quando tinha 14 anos, conheceu a realidade dos orfanatos e asilos e isto fez despertar o desejo de ajudar o próximo. Filha de pais católicos e  frequentadora dos grupos de jovens cristãos, sentiu que nossa vocação de batizados é a de acolher os irmãos que necessitam de algum tipo de ajuda.

Hoje, coordena um “serviço de sopão” que leva comida e uma palavra amiga aos irmãos em condição de rua. “Não os vejo como moradores de rua, mas como contadores de história. É muito rico o que ouvimos destas pessoas, fruto da vivência de cada um”.

O seu relato nos ensina muito. Vejam a seguir: “Não é a bebida que os leva para as ruas. São os desencantos, as tristezas que mostram este caminho e aí a bebida é só um ingrediente deste contexto. A maioria deles perdeu seu grande amor, e sem este amor, ficam sem chão”. E diz mais:  “A refeição é só a porta de entrada. Nosso grande trabalho é dialogar e incentivar para que saiam dessa vida. Convidamos para que venham para dentro de entidades como a promovida pela Comunidade de Belém. Infelizmente, vemos com tristeza que a maioria não persevera e acabam voltando para as ruas”.

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Milena, diz ainda que  “Os moradores de rua querem conversar. Querem que ouçamos a sua história e aceitam com tranquilidade o que temos a dizer. É interessante que eles não comem enquanto estamos lá. Preferem usar o tempo para dialogar. Só comem depois que a gente vai embora. A verdade é que saímos para ajudar, e quando vemos, somos nós que somos ajudados por eles, e aprendemos ouvindo suas histórias, seus relatos”.

Ela explicou que “é muito comum ouvir a frase de que já comeram naquela noite e que seria interessante encontrar outro morador que ainda não comeu”. E conclui: “A maioria deles possui um cachorro que é seu grande companheiro. É por esta razão que não aceitam ir para as casas de ajuda, já que lá não podem entrar com seu amigo cão”.

A conversão que aconteceu em minha vida

Meu nome é Lucas Matheus Fontes, tenho 18 anos, sou seminarista da Casa de Formação Propedêutica, e vou contar minha conversão… Não fui criado dentro da Igreja, embora minha mãe sempre tenha me ensinado sobre Deus e Jesus. Meus pais me ensinaram a respeitar todas as pessoas.

Na escola, sofri muito com o bullying. Tive que mudar de duas escolas por causa disso. Foi uma época muito complicada e conturbada em minha vida; todos os dias era perseguido por pessoas que zombavam de mim. E comecei a deixar Deus de lado, a não acreditar mais. Eu pensava: por que Deus me deixava sofrer tanto? Por rebeldia deixei de acreditar.

Anos e anos fiquei com esse pensamento. Até que então, minha mãe entrou na Igreja Católica, frequentando a Paróquia Bom Jesus de Piraporinha. Ela sempre me convidava para participar também, mas era sempre uma briga em casa. Como eu não acreditava em Deus, não tinha sentido participar da Igreja.

Um dia, minha mãe chega com a notícia de que nossa família participaria da Missa de Lava-Pés. Foi uma discussão enorme em casa, eu não queria participar de nada, mas para a briga terminar, decidi ir nessa tal missa.

Indo para a Igreja, resmunguei o caminho todo. Teve início a celebração, entramos junto com a procissão de entrada. Lembro-me de que enquanto entrava na igreja, eu ficava me perguntando: Por que estou aqui? Tantas pessoas que mereciam estar no meu lugar, que acreditam e eu fui escolhido… Comecei a ser tocado naquele momento.

Quando começou o rito do lava-pés, novamente essas perguntas vieram em minha mente. E enquanto o padre lavava os meus pés, senti algo muito diferente, uma sensação muito boa, indescritível! Foi aí que percebi que Deus é real, que mesmo quando sofria bullying, ele estava lá do meu lado.

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A partir daquele dia, participava da Igreja. Fiz a Primeira Comunhão junto com a Crisma. Tornei-me leitor e cerimoniário. Comecei a sentir um desejo de me doar para Cristo, só não fazia idéia de como fazer isso. Descobri então a Pastoral Vocacional e participava dos encontros. Comecei a ser chamado por Deus para ingressar no seminário diocesano, e depois de dois anos de acompanhamento vocacional, decidi ingressar no seminário. Lembro o susto que minha mãe tomou quando falei que queria ser padre!  Ela chorou de alegria! Hoje, estou no seminário, discernindo o chamado de Deus em minha vida a cada dia e me sinto muito feliz.

Rezem por mim e pelos meus irmãos seminaristas!

Carla Finocchiaro testemunha seus milagres

Como não testemunhar minha fé em Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo e em Santa Teresinha, depois de tantos milagres em minha vida? Inicio contando o primeiro fato, ocorrido em 2011, quando estava desempregada e angustiada, e decidi entrar na igreja. A missa estava acabando, mas mesmo assim decidi ficar e tentar acalmar meu coração. Ao erguer os olhos após a oração, deparei-me com a imagem de Santa Teresinha, e ao tocá-la senti um calor enorme em minhas mãos. Por medo, quase às tirei, mas ali as mantive e fiz minha prece. Após dois dias fui chamada para entrevista, e a resposta positiva ocorreu no dia 1º de outubro, data em que comemoramos o seu dia!

O segundo milagre ocorreu com o meu melhor pedacinho: minha filha. Após três meses de gestação, soube que ela teria que passar por um procedimento cirúrgico assim que nascesse, onde teria inúmeros riscos. Como aceitar e entender? Tinha medo de iniciar o enxoval tão desejado e perdê-la. Minha fé e minha devoção ficaram estremecidas, mas me fez refletir e procurei a igreja Santa Teresinha.

Me senti acolhida. A cada mês levava as rosas e fazia questão de sentar na direção dos olhos da imagem de Santa Teresinha. No quinto mês, descobri que havia tido toxoplasmose no início da gravidez e os riscos de afetar o bebê seriam grandes. Não tinha o que ser feito, somente aguardar e ter fé; foram muitas provações e desafios. No sexto mês, ao abrir os olhos após minha oração, visualizei uma criança no colo de Santa Teresinha e foi a partir daquele dia que iniciei o enxoval. Meu coração dizia: “Vai filha, vai dar tudo certo!”.

Foram meses de muita apreensão, até que chegou o grande dia! Meu marido adentrou a sala de parto com minha santinha, que me acompanhou desde o início. Minha filha veio ao mundo e a cirurgia foi realizada após uma hora de nascida; ela ficou 2 dias entubada e 27 na UTI. Foram momentos muito difíceis. Sentia muita dor no corpo e na alma. Rezava no leito da minha princesa a cada visita e, também ao acordar, com meus familiares. Uma batalha todos os dias. Teve um momento, em especial, que perdi as forças e chorei muito, e ali pedi que Santa Teresinha intercedesse pela minha filha junto a Deus.

Na visita do meio-dia, adentrei com minha santinha, já esterilizada, e coloquei-a na gavetinha da incubadora, pedindo sua poderosa intercessão junto a Deus. Então, na visita das 15h, a médica me chamou para comunicar que a pequena havia apresentando uma grande melhora e que, em breve, iria tirar a “sondinha” e, assim, poderia iniciar a amamentação. Na hora eu disse: “Foi um milagre!”. A médica sorriu, mas eu sabia que ali a minha santinha tinha intercedido.

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