“A oração é a grande porta que se abre para os que têm fé”. A intimidade com Deus foi um dos pontos centrais da palavra do bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, aos religiosos, na Vigília de Sexta-Feira Santa, dia 14, na Basílica Menor Nossa Senhora da Boa Viagem, a Matriz de São Bernardo.
Dom Pedro recordou a agonia de Jesus, momentos antes de enfrentar o calvário, quando o Filho de Deus orou ao Pai. “Jesus não sofreu somente com o sofrimento físico, que mais aparece, a tortura, a flagelação, a coroação, Jesus pregado. Todo este sofrimento muito grande gera em nós uma contemplação, mas sofreu também um sofrimento moral muito grande, com calúnia, perseguição, rejeição, ódio, traição até de discípulos. Jesus estava em uma tristeza diante da recusa da mensagem do Pai. Neste momento de tristeza, Jesus ora e é a oração que O sustenta. Jesus preserva na oração e esta união com o Pai que lhe dá força”, ressaltou o bispo.
Com exemplo de Cristo, Dom Pedro pede a todos a perseverança na oração. “O Senhor nos convida a orar com Ele. A oração é a grande porta que se abre para nós que temos fé. Sincronizar nossa vida com o projeto de Deus, tanto para o pessoal, quanto para a Igreja”, disse Dom Pedro. “A Igreja pode viver sem ação, mas não sem oração. Esta oração que fundamenta a ação, a vida de religioso. Vida sem oração é a vida na lamentação. Jesus nos convida a fazer companhia para ele. Vigiai e orai”, recordou.
Dom Pedro ainda lembrou aos religiosos que a vocação de cada um é um desejo de Deus. “Jesus nos convida a termos a vontade de Deus como o principal em nossa vocação. Nosso chamado não pode ser um projeto pessoal. Antes de ser um projeto pessoal é um projeto de Deus. Isto vale a todos os batizados. Deus tem um projeto para você. Tem que encarar sua vocação como um projeto de Deus. Deus escolheu antes de nossa decisão. Isso muda muito a perspectiva. Senhor seja feita tua vontade. Ouvir o que Deus tem a dizer para mim. Esta vontade de Deus é o caminho da felicidade”, assegurou Dom Pedro.
Assim como em todas as paróquias, na Sexta-feira Santa (exatamente a partir da Celebração da Quinta-feira Santa), os fiéis fizeram vigília, com adoração ao Santíssimo até o início da Celebração da Paixão do Senhor na sexta-feira a tarde.
Reportagem de Thiago Silva
