Diocese de Santo André

PAZ E PERDÃO

Dom Pedro Cipollini – Bispo de Santo André

A cada dia que passa parece que a violência vai se tornando banal. Vamos nos acostumando com todo tipo de desrespeito, agressão, e assim chegamos aos índices de violência assustadores que temos hoje.

Existem violências de muitos tipos, desde a violência doméstica até as guerras em curso hoje em vários locais do planeta. Por que é tão difícil a paz e tão fácil o conflito?

Creio que o grande impedimento à concórdia entre os homens é esta tirania do ódio que guarda ressentimento, e insiste em vingar-se. Não há lugar para o perdão. A mentalidade do mundo sem Deus entende o perdão aos arrependidos como conivência com o erro. Na raiz desta atitude está o julgamento que condena. Que nega ao próximo que erra o direito de converter-se e de se recuperar.

Nossa sociedade é perpassada por um sentimento de decepção e desesperança com as pessoas. Quem é mal não tem salvação. Muitos dizem: bandido bom é bandido morto. Os elementos de desforra se desenvolvem sempre mais. A paz só seria possível quando os bons acabassem definitivamente com os maus.

É para romper este ciclo da maldade e da violência que precisamos acolher Jesus e sua mensagem de paz. No cerne da mensagem evangélica está a reconciliação de Deus, que nos oferece perdão porque quer recuperar o pecador. Aos olhos de Deus que é bom pai, todos os filhos têm chance de se recuperarem.

O cristianismo só pode ser a religião da paz se for a religião da força do amor capaz de perdoar, converter, transformar e vivificar a pessoa. A boa nova da paz segundo a ótica do cristianismo é feita de perdão. Na perspectiva cristã a paz cristã tem por raiz a confiança no poder de Deus, que é capaz de recuperar o homem que erra e direcioná-lo novamente para o bom caminho.

Não bastam multiplicarem-se as leis, as prisões e os mecanismos de punição. Se não há junto da correção a possibilidade de renovar o coração e a vida dos que erram, a violência continuará se reproduzindo num círculo vicioso, que só pode ser rompido pela fraternidade e solidariedade que ultrapassam a justiça, necessária, mas que não basta.

Jesus ensina que o amor que perdoa, cura e renova, vai além. Por isso o poeta Casimiro de Abreu escreveu: “Seja grande embora o crime, o perdão sempre é sublime”.

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