Como acontece desde 1980, este ano será realizada a tradicional Missa dos trabalhadores e das trabalhadoras, no dia 1º de maio. Será às 9 horas na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo (Basílica Menor de Nossa Senhora da Boa Viagem). Haverá coleta de alimentos a serem distribuídos para as famílias dos(as) desempregados(as).
A missa será presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo da Diocese de Santo André.
O objetivo de celebrar a memória das lutas da classe operária desde os trabalhadores sacrificados em Chicago (1886) até as manifestações dos dias de hoje e principalmente, da região do Grande ABC que se destacou com suas grandes greves operárias na década de 1980, fato que repercutiu em todo Brasil e em vários outros países.
Naquela mesma década, quando alguns sindicatos sofreram intervenção, muitas igrejas abriram as portas para que os operários realizassem suas reuniões e assembleias e abrigassem as doações de mantimentos a eles enviadas, para fundo de greve. Na época (1979) foi formada na diocese de Santo André, a Pastoral Operária, uma pastoral social a serviço da classe trabalhadora urbana.
“Acidente de Trabalho não é culpa da vítima”
Afirmando que atribuir a culpa para a vítima é invenção do capitalismo, pelo terceiro ano, a Pastoral Operária lança a Campanha “Acidente de Trabalho não é culpa da vítima”. Gilmar Ortiz, engenheiro mestre em segurança no trabalho e membro da Pastoral Operária afirma que os acidentes de trabalho são, em sua grande maioria, causados por culpa das empresas e não de seus empregados.
As empresas atribuem a culpa para a vítima como estratégia para tentar se livrar da de sua responsabilidade pela saúde e segurança de seus empregados. É uma tática antiga que foi criada na revolução industrial pela sociedade capitalista que produzia populações de mutilados e adoecidos.
A Pastoral Operária também afirma que a “reforma” trabalhista e a terceirização ampla irá aumentar muito a ocorrência de doenças e acidentes.