Diocese de Santo André

Sociodrama “Vida: Nosso Bem Maior” acontece neste sábado na Paróquia São Judas Tadeu em Santo André

Dinâmica fez parte da iniciativa mensal organizada pela psicóloga e psicodramatista Madalena Cabral sempre com uma temática na área da Saúde; evento é gratuito e beneficente com a doação voluntária de 1kg de alimento não perecível

 

A Paróquia São Judas Tadeu será palco mais uma vez de atividade neste sábado (28/04), em dois horários (10h e 15h, sempre após as missas das 9h e 14h), sempre no dia comemorado mensalmente em prol do santo das causas impossíveis.

Sociodrama “Vida: Nosso Bem Maior” será coordenado pela e professora da pós-graduação em sociopsicodrama, Madalena Cabral, com apoio dos psicólogos Willian do Carmo e Aline Carvalho, além da equipe do NEPSAR (Núcleo de Estudo e Pesquisa de SocioPsicodrama do ABC e região).

De acordo com o médico, filósofo e psicólogo, o romeno Jacob Levy Moreno (1889-1974), pai do psicodrama, da sociometria e da psicoterapia de grupo, “o Sociodrama tem sido definido como método profundo de ação que trata de relações intergrupais e de ideologias coletivas” (p. 188).

O mês de abril trata de um olhar voltado para a vida. Os cuidados, a relação com o próximo, a saúde mental e física, além da convivência familiar.

A Paróquia São Judas Tadeu está localizada na Rua: Vitória Régia, 933 – Bairro Campestre – Santo André. Mais informações nos telefones: (11) 4991-3181 ou 4991-4591.

 

Reflexões sobre o protagonismo da mulher na sociedade  

A dinâmica de Março, o mês da Mulher, reforçou a importância da população feminina nas relações sociais e na família como agente transformador e aprendizado para convivência na sociedade.

A atividade de integração, que integra calendário permanente mensal na igreja do padroeiro das causas impossíveis com apoio da Pastoral da Saúde, tem um caráter informativo e participativo, já que a especialista sempre se utiliza de técnicas interativas e troca de experiências entre os participantes.

 

Madalena Cabral analisa e faz um balanço dos encontros

“Se deixo o outro apenas me conduzir, não sei qual o foco das minhas escolhas. A atividade demonstrou a corresponsabilidade que temos de ter para conosco para estarmos corresponsável com o outro”, reflete.

“Nós fizemos um aquecimento onde fomos buscar o ‘eu’ profissional, o ‘eu’ família, o ‘eu’ social, o ‘eu’ saúde, o ‘eu’ espiritual para que os participantes tivessem um momento de reflexão sobre os aspectos positivos e os aspectos negativos que estavam tendo com essas questões integrantes dos nossos inúmeros papéis sociais”, descreve.

“Em ambos os grupos, a importância das pessoas se perceberem e se identificarem ao próximo. Porque enquanto assumo a responsabilidade de uma forma integral, esqueço de devolver ao outro aquilo que é dele. Se eu não fizer essa contrapartida, assumo responsabilidades que não são minhas e deixo de perceber que o próximo tem o seu talento desenvolvido”, explica.

 

Experiência 1

Durante a manhã, a psicóloga Aline de Carvalho recordou a história de uma mãe preocupada com as dificuldades da filha em conseguir um emprego. “Foi prazeroso trazer um pouco dessa realidade da busca. Para ela foi gratificante perceber essa necessidade da filha, que tem de buscar a realização deste objetivo”, considera.

Segundo ela, o grupo pode refletir sobre aspectos sociais, profissionais, familiares e da saúde de como as pessoas podem interagir e transformar uma situação problemática em solução.

“Também conversamos bastante sobre família. Um participante disse que estava tudo bem, com equilíbrio, e outra revelou que estava numa relação conflituosa. Acho que essa relação com grupo é importante para as pessoas demonstrarem sentimentos”, reitera. 

 

Experiência 2 

O psicólogo Johnny, que também integra a equipe do NEPSAR e da pós-graduação em psicodrama, relata a importância do lado subjetivo das mulheres como aspecto positivo e agente transformador para o homem. “Na hora que compartilhamos as experiências, um senhor que participa destes encontros e nunca tinha se posicionado (anteriormente) pegou a todos de surpresa, contando uma história tocante e a meu ver, por ter sido tocado por todo esse trabalho, senti a presença dessa sensibilidade feminina. Acredito que esse papel da mulher foi importante para fazer com que a gente, no papel masculino, também se permita sentir mais as nossas emoções”, destaca.

 

Reportagem: Fábio Sales 

Fotos: Madalena Cabral e Aline Carvalho

 

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