Todo o percurso de reflexão que se constrói ao longo de um Sínodo Diocesano pode gerar algumas dúvidas. Como ele é organizado? Quem participa? O que deve ser feito depois que o evento é concluído? Para ajudar a esclarecer esses e outros questionamentos sobre este evento tão significativo, selecionamos 5 coisas que você precisa saber sobre o tema:
1. O que é um sínodo diocesano?
O sínodo diocesano é uma assembleia de sacerdotes e de outros fiéis da Igreja particular, escolhidos para auxiliar o bispo para o bem de toda a comunidade. A finalidade do sínodo é a de prestar um auxílio ao Bispo no exercício da função que lhe é própria, de guiar a comunidade cristã. (Instrução sobre os sínodos diocesanos).
2. Qual a metodologia utilizada no Sínodo em Santo André?
Para que ocorra um Sínodo Diocesano, é necessário percorrer algumas etapas importantes e seguir uma metodologia de trabalho específica. No caso do Sínodo Diocesano de Santo André, ocorreram os seguintes passos:
- a pesquisa do INPES, instituto de pesquisa da Universidade de São Caetano do Sul, a USCS. Com o título de “Subsídios ao Entendimento da Dinâmica Religiosa, Sócioeconômica e Demográfica da Região do Grande ABC”, que proporcionou um olhar sobre a realidade da Diocese;
- as Sessões Sinodais nas 100 paróquias revelando em qual etapa estaria o processo de evangelização;
- as duas Sessões Gerais com os especialistas, sob a ótica sócio-eclesial e teológica-pastoral;
- as Sessões com os 10 Conselhos Regionais Pastorais, elencando as 10 prioridades;
- a Sessões das sete Áreas Pastorais reunindo os representantes de pastorais e movimentos diocesanos por afinidade de trabalhos.
- a Assembleia Geral com todos os membros sinodais para eleição das três prioridades para o triênio 2018-2022.
3. O que são os votos dos sinodais?
Ao longo do período de realização do Sínodo, os membros sinodais, isto é, aqueles que participam do Sínodo, são chamados a “prestar ajuda ao bispo diocesano, formulando o seu parecer ou “voto” acerca das questões por ele propostas; com suas experiências e seus conselhos, os sinodais colaboram ativamente na elaboração das declarações e dos decretos, que serão, justamente, chamados “sinodais”, e nos quais o governo episcopal da diocese deve inspirar-se para o futuro.
4. Instrumento de trabalho do Sínodo – o que é isto?
O Instrumento de Trabalho foi um material que orientou a Assembleia Sinodal, produzido a partir do resultado de todo o processo do Sínodo. Foi estudado por todos os membros sinodais a fim de que pudessem, de forma consciente, emitir seu voto em uma das propostas apresentadas, cujas três eleitas fazem parte do 8º Plano Diocesano de Pastoral.
5. Conheça quais foram as 3 propostas eleitas
- Ação Missionária Permanente para fortalecer a presença da Igreja junto aos mais pobres nas periferias, aos cristãos católicos afastados, aos doentes e aos grupos necessitados de motivação e acolhida (Proposta nº 2 do Instrumento de Trabalho);
- Acolhimento em suas duas dimensões importantes: a cultura do acolhimento e a espiritualidade do acolhimento. (Proposta nº 7 do Instrumento de Trabalho);
- Uma igreja em saída e em estado permanente de missão. (Proposta nº 9 do Instrumento de Trabalho).
A Constituição Sinodal, entregue para toda a Diocese no dia 6 de abril de 2018, pelo decreto promulgado, tem força de lei para a Igreja de Santo André. Traz em si todas as reflexões sinodais e o 8º Plano Diocesano de Pastoral para o quinquênio 2018-2022.