Diocese de Santo André

Pe. Léo Commissari será lembrado na 20° Caminhada na Paz

A penúltima semana de junho será marcada por atividades, que de forma especial, lembrarão o 20° aniversário de falecimento de Pe. Leo Commissari.

A comunidade da Paróquia Jesus de Nazaré, na região São Bernardo do Campo Centro, preparou dos dias 21 a 24 de junho uma programação, que vai recordar todo o trabalho de dedicação realizado por Pe. Léo na região.

Pe. Leo foi sacerdote em nossa Diocese através do projeto chamado Igrejas Irmãs, uma parceria entre as Dioceses de Ímola e Santo André, que perdurou por 30 anos. Ele lutou a vida inteira para resgatar os pobres do esquecimento em que a sociedade os deixa.

O Tríduo de Oração será dividido em três momentos importantes, o primeiro é a Missa no dia exato do martírio de Pe. Leo, no segundo dia, serão realizadas orações no local de seu assassinato e no último dia, um musical que contará toda sua trajetória de vida.

Como ápice do 20° aniversário de morte, e como tradicionalmente acontece, a Caminhada da Paz percorrerá as ruas dos bairros que estão em torno da Paróquia com um objetivo central, clamar pelo fim à violência.

Momento especial

Para prestigiar a semana de homenagens, virá uma delegação diretamente de Ímola, composta por membros da família de Pe. Leo e do clero.

Elisa e Celso Commissari, irmãos do Pe. Leo;

Pe. Francisco, sobrinho do Pe. Leo;

Don Andrea Querzè, Vigário Geral do bispo;

Lara Pradonesi, leiga da Diocese de Ímola.

Quem foi Padre Leo Commissari

Ele nasceu em Bubano (Itália), no dia 19 de abril de 1942. Descendente de família religiosa, viveu a infância numa situação de pobreza devido à Guerra e ao Pós-Guerra. Ordenou-se sacerdote em 1976 tendo como exemplo o irmão missionário na China. Chegou ao Brasil em 1970 em Itapetinga (BA), onde viveu por 7 anos. Voltando à Itália sugeriu ao Bispo um projeto de missão diocesana que envolvesse padres, irmãs e leigos.

Em 1996 Padre Leo Commissari escolheu morar na favela para sentir na pele o sofrimento do povo. Em 21 de junho de 1998, foi assassinado com três tiros na favela do Oleoduto, quando voltava de uma quermesse. Pe. Leo foi vítima da violência urbana, sua vida tinha um propósito, anunciar o evangelho de Jesus até as últimas consequências, como ele mesmo deixou escrito em sua última homilia.

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