Vinte representantes da Diocese de Santo André se juntaram aos bispos, padres, seminaristas, leigos e coordenadores de pastorais de outras sete Dioceses – Campo Limpo, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco, Santos, Santo Amaro e São Miguel Paulista – para participarem na manhã de sábado (23/02), do 24º Encontro Ampliado das Equipes Pastorais da Sub-Região Pastoral SP II da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil), com o objetivo de aprofundar o debate sobre protagonismo da juventude na Igreja e na sociedade.
O vigário-geral padre Ademir dos Santos Oliveira, o vigário episcopal para pastoral padre Joel Nery, o assessor diocesano do Setor Juventude, padre José Aparecido, assessores dos jovens e coordenadores de pastorais estiveram presentes na reunião matutina.
Realizado no auditório da Cúria Diocesana de Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, após a recepção com o café organizado pela Diocese anfitriã, a animação musical e a abertura dos trabalhos promovida pelo bispo da Diocese de Guarulhos, Dom Edmilson Amador Caetano, com a oração da Hora Média, o bispo da Diocese de Jaboticabal, Dom Eduardo Pinheiro da Silva proferiu a palestra “Evangelização da Juventude à Luz do Sínodo 2018”, baseada no documento originário da XV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos com o tema “Jovens, a fé e o discernimento vocacional”, que ocorreu entre os dias 3 e 28 de outubro de 2018, em Roma, na Itália.
Depois do intervalo, os participantes puderam fazer perguntas e interagir com o bispo palestrante. Um almoço de confraternização foi oferecido ao público.
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Igreja em Saída
Em entrevista à reportagem da Diocese de Santo André, Dom Eduardo disse que o principal ponto da exposição é priorizar a ‘Igreja em Saída’, debatendo a atuação das pastorais,o papel dos jovens e inseri-los na vida da Igreja e na sociedade.
“É muito interessante que o Sínodo destaca esse elemento jovem como um grande promotor de uma Igreja em Saída. A Igreja será mais missionária se contar com os jovens para que eles saiam e façam esses trabalhos práticos e voluntários”, salienta o bispo, ao comentar que os atores da ação evangelizadora devem proporcionar o ambiente aos jovens desde a catequese para que se tenha a formação necessária ao longo da evolução nas atividades religiosas e na vida social.
“Experiências práticas não precisam ser experiências complicadas e demoradas com muitos projetos. Tem que ser atividades leves, mas que façam os jovens acreditarem que a força deles pode fazer a diferença para a Igreja e para a sociedade. Isso vai ser um ganho para todo mundo. Para o jovem, para a igreja e para a sociedade”, explica.
A apresentação completa da palestra está no link – http://diocesedesantoamaro.org.br/sp2/sinodojovem.pdf
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Em sintonia com o Papa
De acordo com o assessor do Setor Juventude da Diocese de Santo André, padre José Aparecido, o encontro revelou que os jovens da região estão em conexão com a proposta do documento apresentado após o Sínodo dos Bispos que, a pedido do Papa Francisco, ajudará a respeito da vocação, da fé e do discernimento.
“Foi uma experiência de fé que nos ajuda a compreender a necessidade da juventude. Além disso, um acompanhamento e discernimento desses jovens, que tanto precisam de nós. Para nossa Diocese, que sempre está propondo um caminho de evangelização, de acolhimento e de missão, o encontro veio justamente ajudar-nos nessa experiência no amor a Cristo, no sentido de pertença e na graça de Deus”, avalia.
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Acompanhamento necessário
O vigário-geral da Diocese de Santo André, padre Ademir Santos de Oliveira, elogiou o tema como muito propício e atual em sintonia com a fase de colocar em prática o Sínodo dos Bispos. “Na perspectiva cristã, é muito amplo para toda a juventude, não apenas no aspecto na vocação do sacerdócio, mas a vocação da pessoa humana na sua integralidade. É um tema que vai ao encontro do anseio que vivemos em sociedade, de um rumo, de um projeto de vida significativo, para que a juventude seja acompanhada”, sintetiza.
De acordo com o sacerdote, o acompanhamento dos bispos, padres, coordenadores de pastorais e leigos se torna essencial para que a juventude seja protagonista nesta e nas próximas gerações.
“Ao longo de nossa existência temos necessidade de sermos acompanhados por pessoas que nos amem, que queiram nosso bem. Penso que é um despertar para a Igreja, que nunca abandona esse papel. Mas é uma consciência muito mais profundada de estar atenta a acompanhar a juventude, ao criar os ambientes saudáveis, onde extrapole apenas o momento de oração, mas que nossas comunidades sejam um verdadeiro espaço de convivência, que desperte nas famílias e nos jovens o verdadeiro espírito cristão”, complementa.
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