Diocese de Santo André

A maternidade de Maria

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre,  Jesus.

Em todos os tempos, nossa Igreja e outras denominações religiosas se detiveram e se ocuparam em estudar a bem-aventurada Virgem Maria, gerando assim uma bibliografia tão vasta e profunda capaz de sustentar outra infinidade de estudos que jamais conseguirão falar tudo da Mãe de Deus e nossa. Pelo anjo Gabriel, Maria foi chamada a ser a mãe do próprio Deus aqui na terra, e neste ponto, não temos compreensão suficiente para dimensionar a delicadeza do Criador para conosco – seu povo, mas podemos cantar jubilosos como exclamou em alta voz, sua prima Isabel, também grávida de João, o precursor de Jesus: “Bendita és tu entre as mulheres.” Lc 1,42.

Ao exclamar “O Poderoso fez por mim maravilhas”, ela, Maria, com seu “sim” incondicional ao projeto de salvação do Pai pela humanidade,  ensina-nos a estarmos a serviço do amor para que se realize plenamente  a promessa feita desde sempre  ao povo escolhido por Deus.

A Serva do Senhor cuidou sempre para que a criança crescesse em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens e cumprisse plenamente sua missão. Foi a mãe zelosa do pequenino da manjedoura que teve que fugir às pressas do imperador algoz; a mãe que saiu à procura do menino que se perdeu da caravana que descia de Jerusalém e que foi encontrado entre os doutores da lei cuidando das coisas de seu Pai; mãe do homem já feito que ensinou o amor que  supera a cruz e a própria morte;  Mãe confiante que recebeu novamente o Espírito Santo em Pentecostes.

Em Caná da Galileia (Jo 2, 1-11), ela foi a intercessora para que o primeiro milagre de Jesus acontecesse. Numa festa de casamento, a água foi transformada no vinho da vida, da alegria e da fé que renova todas as coisas. Sempre atenta às carências materiais e espirituais de seus filhos, nos pede para que façamos sempre o que Ele nos disser.  Não esmorece diante da negativa de Jesus (“Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou!”). Como Isabel, também nós nos admiramos: “Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite: (Lc 1,43). Porque nos dá Jesus seu filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos lhe confiar todos as nossas aflições e pedidos: ela reza por nós como rezou por si mesma: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus: “Seja feita a vossa vontade”.   CIC 2677 – 495

Felizes os agraciados com uma mãe na terra, mas muito mais felizes os que sabem uma mãe no céu. Como são órfãos aqueles que não conhecem nem reconhecem a mãe de Jesus, como mãe de Deus e nossa…   ou ainda,  todos aqueles que não entendem que para nossa salvação, foi Maria quem disse “sim” ao projeto imensurável do Criador para com suas criaturas… Enquanto mãe, como é bom poder contar com a intercessão desta mãe que tudo vê e tudo sabe para nos ajudar na tarefa de educarmos nossos filhos, de encaminhá-los ao bem…  uma “parceira” poderosíssima que muito pode e muito pede  ao Pai, por nós e por nossos filhos.

Em cada canto do mundo, em cada cultura diferente, uma denominação carinhosa para a chamarmos…  Mãe do Criador, Mãe do Redentor, Mãe do Salvador,  Mãe de Jesus Cristo,  Mãe da divina graça,  Mãe puríssima, Mãe castíssima,  Mãe Imaculada, Mãe intemerata, Mãe amável, Mãe admirável, Mãe do bom conselho…  “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores, agora e na hora de nossa morte, Amém”.

Um testemunho:  Por que Osmarina de Fátima?

Nasci em dezembro, quase no Natal, mais precisamente dia 23. Naquela ocasião, a nova capela da Comunidade Rural, denominada Sítio São Teodoro, estava sendo construída. Uma imagem grande de Nossa Senhora de Fátima, mais de uma metro e meio de altura, que fora adquirida para ocupar lugar de honra naquele espaço sagrado de oração, foi guardada no quarto de meus pais até que pudessem transportá-la para seu lugar definitivo.

Como nasci em casa,  tive a graça e o privilégio de ter  duas mães me cuidando… a da terra, que me deu à luz, mas que já partiu para a casa do Pai há alguns anos…  E a do céu que cuida de mim noite e dia sem parar…  que intercede por mim junto ao seu filho Jesus… que não me deixa órfã em nenhum momento. Enquanto criança, muitas foram as vezes que, vestida de anjo,  coroei aquela mãezinha no final do mês de maio… quantas foram as vezes que levei flores para oferecer a ela… sempre em procissão… sempre emocionada… por poder me aproximar de figura tão forte, poderosa, acalentadora, apascentadora …

Como sou grata a Deus por tudo! Como gostaria que todas as crianças do mundo experimentassem um pouco de tanta singeleza… que não se sentissem desamparadas e sós… que pudessem dormir ouvindo… “Mãezinha do céu, eu não sei rezar… eu só sei dizer, quero te amar…”

* Artigo por Osmarina de Fátima Pazin Baldon

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