Na tarde desta quarta-feira (23/12), o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, se reuniu com os colaboradores dos departamentos da Cúria Diocesana para agradecer o trabalho desempenhado ao longo do ano de 2020, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19.
O breve encontro aconteceu no Auditório Dom Jorge Marcos de Oliveira do Edifício Santo André Apóstolo, no Centro da cidade andreense, respeitando a todos os protocolos sanitários e de segurança, com distanciamento entre as poltronas, utilização de máscara e álcool gel.
“Sei que tem muito trabalho que vocês realizaram (durante o ano) e a gente quer agradecer pelo esforço, pela saúde (de cada um). Todos juntos estamos superando muitos desafios. Sei que não é fácil, mas o esforço também por ficarmos unidos, tanto da nossa parte como padres, como a de vocês também como pessoas que colaboram (nesta missão) é admirável”, enfatiza Dom Pedro.
Para a ocasião que se aproxima do nascimento de Jesus, o bispo escolheu, segundo ele, “uma oração muito simples que brota do coração e propícia para as circunstâncias da pandemia”, denominada “Olhando o Presépio”.
“Nós cristãos temos esse costume, essa veneração pelo presépio, algo que São Francisco iniciou para lembrar o nascimento do Menino Jesus”, frisa.
Ao final, Dom Pedro desejou um Feliz Natal e conclamou a todos a rezarem um Pai Nosso, que é uma oração de todos os cristãos que nos chama a fraternidade.
“Minha gratidão a todos vocês! Que Deus lhes pague pelo esforço, pelo amor que tem ao que fazem e, principalmente pela nossa Igreja.”
Acompanhe a oração, na íntegra:
“Olhando o burro, peçamos forças para carregar as preocupações, as inquietações dos nossos amigos e todas aquelas preocupações pesando sobre nossos ombros.
Diante do boi, peçamos que sejamos aquecidos com seu hálito, com seu calor e nos console neste inverno das separações, criadas pelo confinamento e pela indiferença de muitos. Olhando as ovelhas, peçamos orientação para não seguirmos estupidamente o rebanho, que sejamos ovelhas desconfiadas dos falsos pastores, impostores egoístas e falsas notícias. Que eu seja fiel ao Bom Pastor, capaz de guiar-me para a vida plena.
Peçamos ao pastor: ensine-me a ler à noite a mensagem das estrelas, capaz de indicar-me como permanecer no rumo da Esperança, e seguir o caminho da verdadeira Alegria, da única Alegria que é Deus vindo até nós. Peçamos a José: impeça minha raiva quando as coisas não saírem do meu jeito e, ao invés disso, ajude-me a manter o silêncio, com paciência e na paz. E ajude-me a perseverar em meu trabalho.
Peçamos a Maria, a coragem e a sabedoria de perceber a diversidade quando julgo os outros e os eventos. Ela, sempre desafiada a compreender as ações do Filho, pode instruir-me – com sua sabedoria e santidade – a considerar as coisas sem perder de vista o essencial, e a ter confiança.
E olhando a manjedoura ainda vazia, porque nós não estamos ainda no Dia de Natal, pedir que ela nos recolha como somos, pobres, limitados, nus, desamparados, necessitados dos cuidados dos outros, diante do cosmo, do mistério que nos envolve, principalmente o mistério da encarnação do verbo que nós queremos celebrar.”
