A ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 5 de dezembro como Dia Internacional do Voluntário, no ano de 1985. Portanto são três décadas e meia incentivando e promovendo ações do voluntariado em todas as esferas da sociedade, sendo uma forma também de homenagear as pessoas que se dedicam às nobres iniciativas sem fins lucrativos.
O tema para esse ano de 2020 não poderia ser mais propício para os tempos atuais: “Voluntário Para um Futuro Inclusivo”, que visa a realização de um trabalho que reduza a desigualdade social, que cuide da saúde mental e acolha os irmãos desamparados.
E nestes tempos de pandemia da Covid-19, o momento exigiu muito empenho e superação de desafios por parte da sociedade. Na Diocese de Santo André, mesmo diante das dificuldades, os voluntários exerceram um papel fundamental para “quebrar as barreiras” do distanciamento, para amenizar a solidão, para alimentar quem tem fome e, sobretudo, para não deixar de proclamar a Boa Nova ao povo de Deus.
Esse serviço de amor ao próximo pode parecer simples e muitas vezes invisível aos olhos da sociedade, porém, na verdade, se reveste de um grande protagonismo que faz a diferença na vida de muitas pessoas.
E é isso que muitos voluntários fizeram ao longo do ano. As ações solidárias, por meio do Vicariato Episcopal para a Caridade Social, com apoio dos “Anjos da Caridade”, representaram um socorro necessário principalmente para aqueles em situação de vulnerabilidade social. E a engrenagem deste processo funciona com a colaboração de todos e todas, desde os doadores de alimentos e roupas, passando pela confecção de mais de 25 mil máscaras (inclusive, para surdos, também) para distribuição gratuita, pela organização de cestas básicas e a entrega organizada nas dez regiões pastorais da diocese.
No âmbito da evangelização, o projeto das lives diocesanas com pastorais, movimentos e voluntários em geral trouxeram diversos temas para aprofundar o aprendizado por meio das redes sociais. Quem frequentava as celebrações e por ser do grupo de risco teve que cumprir o isolamento social, transmissões das missas pelas mídias diocesanas e das paróquias dos momentos de oração, meditação do terço e reflexão da Palavra de Deus trouxeram conforto ao coração das famílias.
Na retomada das missas presenciais, a Pastoral da Acolhida contou com voluntários que se apresentaram para colaborar com a organização do espaço das igrejas para receber os fiéis atendendo a todos os protocolos sanitários de segurança, na higienização do ambiente interno entre uma celebração e outra, como leitores e acolhedores, e orientando sobre a marcação dos locais de assento nos bancos, cumprindo o distanciamento mínimo de dois metros, controlando a capacidade de até 30% da paróquia, e solicitando a utilização de álcool gel e máscara para a prevenção de todos contra o coronavírus.
Outra ação intensificada em tempos de pandemia foi o serviço de escuta solidária, que voluntários psicólogos adotaram como um atendimento às pessoas que se encontravam solitárias ou mesmo com doenças como depressão ou crise de ansiedade durante o confinamento.
Como observamos, muitas dessas iniciativas partiram da atitude de voluntários que abraçaram a causa e mais do que se colocar à disposição, praticaram concretamente os grandes mandamentos de Jesus Cristo deixados para nós: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” (Mateus 22:37) e “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39)