Diocese de Santo André

Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz: “Porque vacinar contra a Covid 19?”

Leia a nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), sobre a vacinação contra a Covid-19:

  1. Algumas doenças, como as que são provocadas por VÍRUS (caso da Covid 19), podem ser prevenidas ou controladas. Inicialmente, por medidas defensivas: usar máscaras protetivas; lavar as mãos com água e sabão; higienizar-se com álcool gel; evitar aglomerações; esses procedimentos criam barreiras à contaminação. A vacinação é um dos modos de se evitar este tipo de doença, pois a partir da vacina o próprio organismo cria resistências ao desenvolvimento da enfermidade.
  2. Desde o início do século XX, o Brasil e o mundo passaram a conviver com estes tipos de doenças, nas quais as vacinas atuam com grande eficácia, eliminando-as como pandemia, além de propiciar que o número de novos casos diminua para próximo de zero. Valendo lembrar que em algumas situações o uso de soros específicos para algumas viroses, conseguem deter, ou amenizar a evolução clínica desses casos.
  3. Mesmo com sua eficácia comprovada, muitas questões são levantadas sobre as vacinas. E torna-se obrigação das autoridades sanitárias e das instituições científicas da área da Saúde esclarecer todas estas dúvidas. Independente, claro, de eventuais “politizações” sobre o tema das vacinas, difíceis de entender, mas que existem, num mundo em permanente conflito ideológico e na busca equivocada de hegemonia e supremacia das denominadas “grandes potências”.
  4. Abrindo um necessário parêntesis, vale lembrar, para tranquilidade dos espíritos mais inquietos, que em 2010, ocorreu no Brasil a vacinação contra o vírus da gripe H1N1. Cerca de 80 (oitenta) milhões de brasileiros – mais de um terço da população do país – foram vacinados, num período de 3 meses, sem a ocorrência ou registro de nenhum tipo de problema. E não há relatos de casos de alguém vacinado que tenha sido contaminado pela vacina, desta forma adquirindo a doença.
  5. O Brasil ainda não dispõe de nenhuma vacina aprovada ou com autorização especial para uso de emergência. Vacinas de diferentes origens já estão disponíveis em vários países, cujas populações já iniciaram o processo de vacinação, até agora sem intercorrências. Cabe à ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – do Ministério da Saúde, a tarefa de emitir a palavra final dessas aprovações. Ressaltando-se a URGÊNCIA dessa liberação. Etapa fundamental na elaboração efetiva, para dar início ao Plano Nacional de Vacinação.
  6. Vacinar é uma decisão com implicações coletivas. Aqui não se trata de uma questão individual ou subjetiva. Para que seja obtido o controle efetivo da pandemia, é essencial que ocorra a vacinação em massa, dos mais amplos segmentos da população, considerados prioritários pelos planejadores. Não existem, portanto, decisões pessoais: “vacinar ou não vacinar, eis a questão”. A segunda hipótese, “NÃO VACINAR”, implica, do ponto de vista epidemiológico, colocar em sério risco integrantes da população que se julgam protegidos pelas medidas de controle seguro, surgidas após a aplicação do plano vacinal.
  7. Uma questão pertinente é colocada para as autoridades sanitárias e para as instituições científicas: quais são os grupos populacionais que terão prioridade para receber a vacina? Foi adotado um consenso, no plano internacional, que inclui nesse grupo os idosos(maiores de 65 anos); portadores de doenças crônicas, como por exemplo, diabetes, neoplasias e doenças cardiovasculares, principalmente aqueles sob cuidados assistenciais permanentes; as equipes de saúde (médicos e não-médicos). Estes critérios iniciais de seleção deverão ser referendados pela ANVISA, a instância natural para tomar estas decisões;
  8. Alguns pensadores afirmam que esta pandemia, que atualmente assola o mundo de forma tão profunda e inesperada, vai ocasionar modificações significativas, talvez irreversíveis, nas áreas social, econômica e cultural de todos os países, independente do seu grau de desenvolvimento. Outros intelectuais pontuam que “a vacinação é um ato de amor“. Dando o desconto a eventuais exageros, a obtenção da vacina em tão curto período de tempo suscitou profundas emoções em alguns segmentos da população, na medida em que a disponibilidade de uma arma tão poderosa no combate efetivo à Covid 19, reabre as “portas da esperança” e cria novas expectativas, reforçando a certeza assumida por muitos, de que o mundo não será o mesmo após a pandemia.

Brasília, 14 de janeiro de 2021.

 

Dr. Geniberto Campos

 

Daniel Seidel

Observatório da Saúde da CBJP Secretário Executivo da CBJP

Compartilhe:

Nota sobre o Halloween de Dom Julio Endi Akamine

Fiéis Defuntos: Missas nos cemitérios das sete cidades

Paróquia Santo Antônio celebra dedicação da igreja

“O dom do serviço como reflexo da Trindade” inspira retiro dos Diáconos Permanentes

Vigília Diocesana reúne juventude na catedral para uma noite de oração, louvor e escuta

Nove candidatos ao diaconato permanente recebem Ministérios de Leitor e Acólito, na catedral diocesana

Diocese de Santo André participa do 26º Interdiocesano das CEBs – Sub SP

Homilia – Ordenação Presbiteral do Diác. Lucas Cordeiro Santos da Ordem dos Clérigos Regulares Somascos

Dom Pedro ordena o religioso Lucas Cordeiro Santos presbítero na Paróquia Santo André

Nota de pesar – Diocese de Santo André