Diocese de Santo André

Diácono Gervásio: um sinal do Cristo Servo, com humildade e caridade

Diácono emérito na Diocese de Santo André, Gervásio Silva faleceu nesta terça-feira (23/02), aos 83 anos. Mas o seu exemplo de fidelidade a Cristo, de serviço à Igreja e prontidão em atender os mais pobres fazem crer que a ressurreição é a certeza após a morte.

Atualmente diretor da Escola Diaconal “Santo Efrém Diácono” e pároco da Paróquia São Bento (Região São Caetano) Pe. José Pedro Teixeira de Jesus, conhecido como Pe. Pedrinho, conviveu com Gervásio por vários anos, de maneira fraterna, amável e evangélica, quando fortaleceram a amizade no tempo em que trabalharam juntos na Paróquia São José Operário (Região Santo André – Centro).

“Estou humanamente entristecido pela morte do diácono Gervásio, mas nós cremos na ressurreição. Portanto, eu tenho certeza, se alguém ressuscitou a partir da passagem da morte para a vida é o diácono Gervásio”, afirma.

Humildade, disponibilidade e caridade

O sacerdote recorda que sempre admirou em Gervásio, a sua humildade e disponibilidade, mesmo depois de ter sido acometido por um AVC (Acidente Vascular Cerebral), o que limitaria a sua atuação enquanto diácono.

“O Gervásio é alguém de uma espiritualidade muito profunda. Por isso, penso que ele é um sinal do Cristo Servo, aquele que se põe a serviço. Muitas vezes solicitei a ele, como diácono, que atendesse aos pobres. E ele sempre o fez com muita caridade, muito amor, muita delicadeza e com muita atenção atendia a cada um”, conta.

Um episódio que marcou muito a relação entre padre e diácono aconteceu durante uma das celebrações da Semana Santa.

“Ele (Gervásio) sempre fez muita questão de celebrar (mesmo depois do AVC). Eu dizia: “Gervásio, por favor, não precisa!” e  ele respondia: “Eu preciso!”. E eu me lembro de uma vez que nós celebramos a Semana Santa juntos, onde ele fez questão de fazer todo o percurso da Sexta-feira Santa, a chamada procissão do cristo morto. Sabemos que Cristo não morre, mas é uma forma de o povo, de maneira popular, dizer sobre a celebração da Sexta-feira Santa. E ele dizia: “Se eu não posso seguir o corpo do meu mestre, o que estou fazendo aqui?”, revela Pe. Pedrinho.

Mesmo sem Gervásio saber, as pessoas comentavam admiradas sobre a determinação e esforço do diácono em acompanhar a procissão até o fim, mesmo com todas dificuldades.

“Penso que essas palavras, de maneira espontânea, demonstram quem é o diácono Gervásio da Silva para cada um de nós. Esse é um momento de celebrarmos a vida que venceu a morte”, enfatiza Pe. Pedrinho.

Uma história emocionante

“O que posso falar do Sr. Gervásio? Uma pessoa extremamente bondosa,  humilde, com uma espiritualidade imensa. Atendia a todos sempre com sorriso”. Assim, uma das coordenadoras da Pastoral da Liturgia na Paróquia São José Operário, Ana Maria Matavelli, traz na memória a recordação que fica do diácono.

No entanto, um fato marcante aconteceria na mesma igreja que resultaria numa bela história. Sinais que apenas Deus pode explicar para nós.

“Lembro de uma celebração, um domingo, ele (diácono Gervásio) estava no presbitério, o padre Pedro celebrando. Entrou um passarinho e foi pousar nas costas dele (Gervásio). Foi bem emocionante! Ele demorou para  perceber, só depois por causa do murmurinho da assembleia. Recitava o ofício de Nossa Senhora como ninguém”, sintetiza.

Gervásio Silva foi ordenado diácono no dia 16 de abril de 2005, por Dom Nelson Westrupp, SCJ,  (atualmente bispo emérito da Diocese de Santo André). Atuou na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Piraporinha (Diadema); após dois anos, foi transferido para a Paróquia São José Operário, no Bairro Bela Vista (Região Santo André – Centro), onde permaneceu até o fim do ano seguinte; recebeu o uso de ordem para a Paróquia Santa Edwiges, na Vila Vivaldi (Região São Bernardo – Rudge Ramos); dois anos mais tarde, retornou à Paróquia São José Operário. Tornou-se emérito no ano de 2016.

Como resume Ana Maria sobre o legado que fica do diácono Gervásio: “deixará saudades e um grande ensinamento: a humildade.”

Nota do Bispo:

                                                                                                                        “Os pacíficos (humildes) possuirão a terra”

Foi para Deus o querido Diácono Gervásio Silva, deixando entre nós o bom odor de Cristo. Combateu o bom combate, guardou a fé, terminou sua carreira entre nós, mas continua, agora, vivo na eternidade junto ao Senhor Jesus Cristo e Maria Santíssima, que tanto ele amou aqui na terra.

Lembro-me sempre de sua alegria e gentileza, sua simplicidade e amor às pessoas, especialmente comigo! Na Páscoa e Natal fazia sempre questão de vir cumprimentar-me aqui em casa com seu filho (Júnior).

Nossa Igreja já sente saudades dele e apresenta a sua família as condolências. Vem servo bom e fiel para a glória do teu Senhor!

                                                                                                                                                Dom Pedro Carlos Cipollini

Saiba mais sobre o diácono Gervásio: https://bit.ly/3bxtcJA .

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