No dia em que celebramos a Festa de São José Operário e como uma ação concreta do ano do padroeiro da Igreja universal proclamado pelo Papa Francisco, a tradicional Missa dos Trabalhadores e Trabalhadoras ocorrerá no próximo sábado, primeiro de maio, às 10h. A celebração será presidida pelo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem – Basílica Menor, a Igreja Matriz de São Bernardo, no Centro da cidade (Praça da Matriz, s/nº).
São quatro décadas de uma cerimônia que recorda as lutas e vitórias da classe trabalhadora. A missa acontecerá de forma presencial (até 25% da capacidade da igreja) e também terá transmissão online pelas mídias diocesanas: Facebook: https://bit.ly/35YfmwA , YouTube: https://bit.ly/2zHgOqU e pela Rádio Imaculada AM 1490.
No ano passado, a celebração que comemorou 40 anos da missa foi realizada pela primeira vez apenas pela internet, em razão da pandemia da Covid-19.
Dia de São José Operário
Organizada pela Pastoral Operária com apoio das pastorais e movimentos sociais, a celebração em louvor a São José Operário, em que fiéis carregam a imagem do padroeiro dos trabalhadores, durante a procissão de entrada.
Coincidindo com o Dia Mundial do Trabalho, o Dia de São José Operário foi instituído há 66 anos pelo Papa Pio XII, diante de um grupo de trabalhadores reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano. São José cumprindo com fidelidade sua missão é modelo de vida para os trabalhadores, sendo guardião da Sagrada Família, providenciou sustento através do trabalho e dedicação. Também é reconhecido como patrono das famílias e em nossa Diocese de Santo André você encontra paróquias dedicadas a São José Operário nas cidades de Santo André e Mauá.
História da Missa
Desde 1980, a Missa dos trabalhadores é uma tradição anual em nossa diocese e celebrada na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo. São quatro décadas de uma cerimônia que traz sempre elementos simbólicos com os seguintes objetivos:
– Lembrar sempre que a classe trabalhadora deve continuar lutando por seus direitos, até conquistar uma vida digna e plena. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo, 10-10).
– Preservar a história das lutas na região do ABC, que tiveram seu momento marcante nas décadas de 1970 e 1980, com as grandes greves operárias, que repercutiram em todo Brasil e em vários outros países.
– Reúnem-se a equipe da Pastoral Operária Diocesana, com demais pastorais sociais, CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), lideranças sindicais e de movimentos populares.
Ano de São José
O ano de 2021 é especial para devotos de São José e da Sagrada Família. Convocado pelo Papa Francisco por meio da Carta Apostólica “Patris Corde”, o Ano de São José será celebrado por toda a Igreja no mundo, de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021, para comemorar os 150 anos da promulgação do decreto da Sagrada Congregação dos Ritos do Quaemadmodum Deus, com o qual o Beato Pio IX, em 1870, declarou São José como santo padroeiro da Igreja universal.
Leia a Carta Apostólica “Patris Corde” no capítulo 6, que fala de São José como “pai trabalhador”:
Um aspeto que carateriza São José – e tem sido evidenciado desde os dias da primeira encíclica social, a Rerum novarum de Leão XIII – é a sua relação com o trabalho. São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.
Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo.
O trabalho torna-se participação na própria obra da salvação, oportunidade para apressar a vinda do Reino, desenvolver as próprias potencialidades e qualidades, colocando-as ao serviço da sociedade e da comunhão; o trabalho torna-se uma oportunidade de realização não só para o próprio trabalhador, mas sobretudo para aquele núcleo originário da sociedade que é a família. Uma família onde falte o trabalho está mais exposta a dificuldades, tensões, fraturas e até mesmo à desesperada e desesperadora tentação da dissolução. Como poderemos falar da dignidade humana sem nos empenharmos para que todos, e cada um, tenham a possibilidade dum digno sustento?
A pessoa que trabalha, seja qual for a sua tarefa, colabora com o próprio Deus, torna-se em certa medida criadora do mundo que a rodeia. A crise do nosso tempo, que é económica, social, cultural e espiritual, pode constituir para todos um apelo a redescobrir o valor, a importância e a necessidade do trabalho para dar origem a uma nova «normalidade», em que ninguém seja excluído. O trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o trabalho. A perda de trabalho que afeta tantos irmãos e irmãs e tem aumentado nos últimos meses devido à pandemia de Covid-19, deve ser um apelo a revermos as nossas prioridades. Peçamos a São José Operário que encontremos vias onde nos possamos comprometer até se dizer: nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho!
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