Em reunião online com os diáconos permanentes da Diocese de Santo André, realizada na manhã de sábado (03/07), o bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini enfatizou a necessidade da coragem e do entusiasmo para retornar às atividades presenciais após o término da pandemia da Covid-19.
Após a oração inicial (com sermão de Santo Efrém) e os testemunhos dos diáconos neste momento em suas pastorais e vida particular, Dom Pedro motivou cada membro do clero diocesano a enfrentar as dificuldades e superá-las, por meio das orações a Cristo, mas também das ações concretas de caridade em prol do próximo e da evangelização do povo de Deus.
Neste período de distanciamento e isolamento, os diáconos permanentes também estão diretamente envolvidos com os trabalhos organizados pelo Vicariato Episcopal para a Caridade Social nas dez regiões pastorais.
Instituição dos ministérios de leitor e acólito
O bispo diocesano também reiterou o convite para que todos estejam presentes na Instituição dos Ministérios de Acólito e Leitor dos candidatos ao Diaconado Permanente, cuja celebração será realizada na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem – Basílica Menor, em São Bernardo, no dia 25 de julho, às 15h30.
Essa é a última etapa para a ordenação diaconal. A instituição ao leitorado e acolitado são etapas importantes da formação do candidato ao diaconato. As funções, até então chamadas de ordens menores, passaram a ser designadas como ministérios. O Leitor tem a função de proclamar a Palavra de Deus, ao passo que o Acólito serve ao altar, auxiliando nas celebrações e podendo distribuir a comunhão em casos extraordinários.
O acesso das mulheres leigas ao serviço da Palavra e do altar
Em janeiro deste ano, o Papa Francisco estabeleceu com um motu proprio “Spiritus Domini”, que modifica o primeiro parágrafo do cânon 230 do Código de Direito Canônico, que os ministérios do Leitorado e do Acolitado sejam de agora em diante também abertos às mulheres, de forma estável e institucionalizada, com um mandato especial.
Leia aqui a carta, na íntegra.
Diz o sumo pontífice em carta ao Cardeal Luis Ladaria, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que “as mulheres que leem a Palavra de Deus durante as celebrações litúrgicas ou que servem no altar, como ministrantes ou como dispensadoras da Eucaristia, certamente não são uma novidade: em muitas comunidades ao redor do mundo são atualmente uma prática autorizada pelos bispos. Até agora, porém, tudo isso ocorria sem um verdadeiro e próprio mandato institucional, em derrogação ao que foi estabelecido por São Paulo VI, que em 1972, ao abolir as chamadas “ordens menores”, decidira manter o acesso a esses ministérios reservado apenas ao sexo masculino porque os considerava preparatórios para o eventual acesso à ordem sagrada. Agora o Papa Francisco, seguindo a rota do discernimento que emergiu nos últimos Sínodos dos Bispos, quis oficializar e institucionalizar esta presença feminina no altar.”
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