Diocese de Santo André

Dom Pedro: Santo André, referência de acolhimento e missionariedade para a Pastoral da Acolhida

“Grande santo acolhedor, Santo André, além da missão. A nossa Igreja, que escolheu como prioridades pastorais acolhida e missão, é verdadeiramente a Igreja de Santo André. Com esse padroeiro maravilhoso que precisamos querer bem e conhecer cada vez mais para sermos sempre acolhedores, sem desânimo. Desejo a vocês muita perseverança.”

O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, presidiu na tarde de domingo (11/07), a Celebração Diocesana da Pastoral da Acolhida, que reuniu um total de 160 pessoas, entre coordenadores paroquiais e representantes de 73 paróquias das dez regiões pastorais na Paróquia Santo Antônio, na Vila Alpina (Região Santo André – Centro). A missa, que seguiu todos os protocolos sanitários, foi concelebrada pelo assessor diocesano da Pastoral da Acolhida, Pe. Vanderlei Nunes, e contou com as participações do pároco anfitrião Frei Cláudio Moraes Messias, e do secretário episcopal Pe. Camilo Gonçalves de Lima.

Para Dom Pedro, o apóstolo André, padroeiro diocesano, simboliza esse acolhimento ao próximo e missionariedade em prol do Reino de Deus como inspiração para os coordenadores e agentes da Pastoral da Acolhida. Relembrando as prioridades do primeiro Sínodo (2016-2017) realizado na diocese, o bispo destaca que em diversos momentos, Santo André representa essas características: foi o primeiro a acolher Jesus; depois levou Pedro a conhecer Jesus, se tornando missionário; no episódio da multiplicação dos pães com Cristo; e na acolhida aos pagãos, levando-os a Jesus e pregando a conversão dos pecadores.

Implementar a mentalidade acolhedora de Jesus

Durante a homilia, o bispo destacou a importância do serviço dos agentes pastorais realizado no acolhimento aos fiéis que chegam às igrejas para rezar e participar das celebrações, entregando os folhetos, desejando boas-vindas, no entanto, ponderou que a atuação pastoral deve ir além do templo físico. De acordo com ele, a Pastoral da Acolhida tem como objetivo colocar na nossa Igreja, uma mentalidade, um modo de ser dos cristãos católicos de acolher a todos, onde ninguém se sinta excluído.

“O Senhor nos convida a sermos missionários, mas a missão inclui a acolhida. E vocês da Pastoral da Acolhida tem essa missão de ser como um fermento em nossa Igreja. Fermentar na nossa Igreja de Santo André, em nossa diocese, esse desejo de que a nossa Igreja seja acolhedora”, indica.

“A nossa missão é acolher todos aqueles que buscam a Deus. Anunciar a palavra e acolher as pessoas também na sociedade, em todos os lugares. Na própria igreja, um olhar, um gesto de bondade você também acolhe, não apenas com palavras. Todo nosso semblante acolhe a pessoa”, complementa.

Segundo Dom Pedro, devemos nos inspirar na mentalidade acolhedora de Jesus, que acolhia a todos, sem distinção, inclusive os pecadores, trabalhando pela conversão dos mesmos e que, ao escolher os doze apóstolos, envia essa missão não só para eles, mas também para todos os cristãos batizados. “Somos descendentes dos apóstolos, e a apostolicidade quer dizer missão. Somos uma Igreja de pessoas enviadas em missão. Cristo é a cabeça. Nós somos o corpo. Todo o corpo é apostólico. O que Jesus disse para os apóstolos serve para todos nós: “Ide ao mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15). E como diz o Papa Francisco, na Evangelii Gaudium (2013): “anunciar o Evangelho com alegria, continuando a missão de Jesus”, explica.

 

Sinais de unidade e motivação

Pe. Vanderlei Nunes ressalta que essa tarde de encontro com Cristo representou um forte momento de unidade e motivação para seguir a missão de acolher o próximo. “Queremos parabenizar a todos e a todas da Pastoral da Acolhida, porque são heróis e nos ajudaram nesta reabertura (das igrejas e da retomada das missas)”, enfatiza.

Segundo o sacerdote, cerca de 90% das paróquias nas sete cidades da Diocese de Santo André já contam com a Pastoral da Acolhida. Em 10% das paróquias, o trabalho está sendo realizado para implementação, porém, algumas já realizam esse trabalho de acolhimento. “Todas as paróquias estão seguindo as medidas sanitárias, com a maior cautela. Com o apoio da Pastoral da Acolhida foi possível realizar o retorno das missas e das celebrações da palavra”, reforça.

Para o próximo ano, a meta é realizar a celebração diocesana para todos os agentes da Pastoral da Acolhida, assim como foi realizada a primeira edição, em outubro de 2019. Formações e reuniões presenciais nas regiões pastorais também devem ser retomadas em 2022. No momento, os encontros acontecem virtualmente.

 

Momento de espiritualidade e conscientização

Antes da missa, o assessor seminarista Jorge Luís Bonfim promoveu uma formação sobre a espiritualidade e conscientização sobre a atuação da Pastoral da Acolhida nas paróquias e na sociedade. Disse que o acolhimento vai além do espaço físico da igreja, da importância de se trabalhar a Pastoral do Conjunto, em parceria com as demais pastorais e fiéis leigos, bem como também recordou a iniciativa “Acolhendo Corações”, que trouxe uma proposta em que convidava todos os fiéis a serem multiplicadores da fé e esperança, reaproximando as pessoas que muitas vezes estavam sem apoio emocional, incentivando-as a permanecerem em oração, por meio de mensagens por aplicativos, telefonemas e videochamadas.

 

Acolhida, a porta de entrada aos irmãos

Entre as coordenadoras e representantes da Pastoral da Acolhida presentes, Neide Elisabete Bassi, 69 anos, que representou a Paróquia Santa Edwiges (Região São Bernardo – Rudge Ramos). “Na igreja, a acolhida é essa porta de entrada dos fiéis para participarem da missa, receberem a eucaristia e até falarem com o padre. Por isso é importante um encontro como esse para fortalecermos nossa fé”, elucida. Na paróquia,as missas são realizadas aos sábados, às 8h, e aos domingos, às 8h, às 10h e às 18h.

Da Paróquia Santo Arnaldo Janssen (Região Diadema), José Erivaldo, 44 anos, e Luiz da Costa Leopoldino, 56 anos, enfatizaram que a celebração simboliza uma grande esperança. “Um momento muito gratificante que nos dá forças para continuar a missão”, ressalta Erivaldo, ao salientar que 12 agentes pastorais se revezam durante as missas realizadas aos sábados, às 18h, e aos domingos, às 8h, às 11h, e às 18h. nas sete comunidades e na paróquia matriz. “O maior desafio é fazer com que as pessoas retornem com tranquilidade às celebrações, já que estamos seguindo todas as medidas sanitárias”, pondera Leopoldino.

A coordenadora diocesana Rizomar Lopes de Matos avaliou a formação, o momento de espiritualidade e a celebração como essenciais para os coordenadores e representantes paroquiais disseminarem esse sentimento de esperança e fortalecimento da fé em suas respectivas comunidades. “Traz uma grande motivação para prosseguirmos nossos trabalhos e um crescimento dessa unidade enquanto diocese”, comenta.

A iniciativa atendeu aos itinerários do 8º Plano Diocesano de Pastoral, principalmente aqueles que visam fortalecer a comunhão e o sentimento de pertença, por meio de uma vida comunitária orante; e proporcionar um caminho de vivência com Jesus e reforçando a cultura e a espiritualidade do acolhimento.

Mais informações sobre como participar da Pastoral da Acolhida nas paróquias pelo WhatsApp: (11) 96288-6350 (falar com a coordenadora diocesana  Rizomar).

 

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