Diocese de Santo André

Vocação familiar: a alegria do amor que vence as dificuldades

A Semana Nacional da Família acontece entre os dias 8 e 14 de agosto. Em sintonia com a proposta do Papa Francisco ao convocar o Ano Família Amoris Laetitia (2021-2022), o tema escolhido para esse ano é “A alegria do amor na família” com o lema “Dá e recebe, e alegra a ti mesmo (Sir 14, 1)”.

Em comunhão com a Igreja no Brasil, a Diocese de Santo André se prepara todos os anos para participar dessa semana.  Falando da importância da missionariedade e do acolhimento nas famílias, o Sínodo Diocesano (2016-2017) despertou no coração dos diocesanos, a necessidade de praticar essas duas prioridades, como algo permanente e diário.

Acolher os irmãos e as irmãs em suas necessidades e ir ao encontro daqueles que estão em apuros e dificuldades é missão de todo cristão! Como diz o Santo Padre: “Somos uma Igreja em saída e missionária”. E essa acolhida deve ser realizada com alegria, amor e respeito, a partir da família!

Nesta segunda semana de agosto falaremos sobre a vocação familiar. Confira seis testemunhos diferentes de superação e vitórias que exaltam a importância da família.

A inclusão começa na família!
Valdirene Borela da Fonseca Lotti, 36 anos, experimenta a alegria do amor todos os dias com a família que o Senhor lhe proporcionou: o esposo Anderson Aparecido Lotti, 39 anos, e três filhas, Nicole, 9 anos, Natalie, 5 anos; Nayla, 1 ano e 8 meses. Nicole é surda em grau profundo e experimenta todos os dias esse amor da família. “Nós a incluímos em tudo que realizamos  tanto na igreja como na sociedade. E sabemos o quanto isso é essencial. Procuro sempre ensinar libras diariamente, desde do berço as minhas duas filhas, para existir uma boa comunicação entre elas. Acredito que não há lugar melhor do que estar em família aprendendo um com o outro, com as suas diferenças e limitações”, revela.*

Viver o matrimônio na prática!
O matrimônio é um sacramento fundamental para a edificação de uma família. Ser família é muito mais do que o simples compromisso civil assumido através de uma certidão. Ser família é assumir diante de Deus o compromisso de ser Sal da Terra e Luz do Mundo, mesmo diante de todas as adversidades, como afirma Ricardo Ortega, 41 anos, casado com Taís Favaro Ortega, 38 anos, com quem tem dois filhos: Fernando Favaro Ortega, ,16 anos, e Patrícia Favaro Ortega, 12 anos. “E de onde vem essa força? Vem da Alegria e do Amor gerado na família, emanado do Deus vivo. Dificuldades, diferenças, problemas, aparecem todos os dias dentro de casa, mas ser família é também saber superar cada um destes obstáculos e seguir adiante. Vivemos a cada dia o desafio de ser e permanecer em família, e pedimos sempre, a benção da Sagrada Família. Jesus, Maria e José, a minha família, Vossa é”, salienta.*

A oração e o amor fortalecem o coração!
Ser viúva e ser acolhida pelos filhos, família, amigos de caminhada na Igreja, traz um sentimento de pertença na certeza do amor de Deus, solidificando a força e esperança de vida plena. Uma experiência testemunhada e vivenciada por Tereza Pitarello Shoshima, 65 anos, viúva há 18 anos de Mitsuo Shoshima (que partiu para a Casa do Pai aos 48 anos). “Quando fiquei viúva, meus filhos eram jovens, como toda perda é muito difícil, mas com apoio dos casais e do sacerdote (João Bosco Pinto, camiliano do Ipiranga) do movimento das ENS, fomos trilhando nossos caminhos vencendo a ausência do pai e buscando força na escuta da palavra na oração e muito amor. Hoje, 18 anos depois, os três já estão casados”, ressalta Tereza, ao mencionar os filhos Leandro, 40 anos; Fabiano, 38 anos, e Vinicius, 32 anos.  Ela também cita a importância dos padres Alex Sandro Camilo e Fernando Sapaterro, que foram muito importantes naquele momento e estiveram muito presentes.

Ser mãe é acolher vidas!
Casada com Ivan Paiola, Giselle Monteiro Paiola contou com o apoio da Defesa da Vida para realizar o sonho de ser mãe, por meio

 da adoção de dois filhos. “Duas formas diferentes de amar: a que pôde gerar e que pôde dar a vida, e a nós que podemos acolhê-las como filhos (Pedro, 14 e Miguel, 11). E a nossa missão, além de amá-los é orientá-los nos caminhos da fé e conduzi-los nos caminhos da vida, também. É uma honra acolher essas vidas a nós confiadas, e seguindo o exemplo de São José, pai adotivo de Jesus, nós procuramos seguir o seu caminho”, sintetiza.

O apoio fundamental!
As dependências química e alcoólica são males que atingem muitos lares. Sozinho, a luta é difícil de ser vencida. Daí a vocação da família é mais uma vez colocada à prova, como pilar da Igreja e dom de Deus para superar as dificuldades. É parte essencial para o triunfo de José Roberto Bernine, 39 anos, casado com Michelle Lopes da Silva Bernine, 38 anos, com quem tem duas filhas: Maria Eduarda, 16 anos, e Maria Clara, 5 anos. “O apoio da família é fundamental na recuperação, pois por mais que a luta pela sobriedade seja minha ,com a família do meu lado a vitória é garantida”, exalta.

Pais duas vezes
Diz o ditado que os avós são pais duas vezes. Há situações que muitos reproduzem na prática essa realidade. É o caso de Salvador Wagner Panzarini, 67 anos, e Zilda Precinott Panzarini, 68 anos, que cuidam do neto Vinícius Panzarini Carvalho, hoje com 16 anos, desde o seu nascimento. “Minha  filha teve um filho quando jovem. Ela trabalhava, estudava e morava conosco. Por isso, eu cuidei dele. Hoje ele tem 16 anos e continua comigo”, conta Zilda. O casal tem dois filhos: Wagner Augus to Precinott Panzarini, 39 anos, e Maria Carolina Precinott Panzarini, 38 anos, e quatro netos: além do Vinícius, o Miguel, 4 anos, Lucca, 3 anos, e o Matheus na barriga da mãe Marcela.

“Sempre pensamos que no plano de Deus o lar cristão é um retransmissora no caminho da igreja: lá sem saber, o que não crê faz um primeiro contato com a Igreja,  e nós experimentamos sua misericórdia. O lar é o rosto risonho e doce da Igreja. Assim deve sentir uma família cristã!”, reflete Zilda.

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