Diocese de Santo André

Jubileu de Ouro do Mês da Bíblia: saiba como vivenciá-lo e refletir a Carta de São Paulo aos Gálatas

O Mês da Bíblia, que tem início nesta quarta-feira (1º/09), completa o Jubileu de Ouro em 2021. E a meditação proposta para esse ano é a Carta aos Gálatas com o lema: “pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). A Carta de São Paulo aos Gálatas é uma das melhores reflexões bíblicas sobre a liberdade humana e a força libertadora da fé em Jesus Cristo. A partir do Batismo e do revestimento de Cristo, todos somos “filhos de Deus” em unidade.

O diácono permanente Luciano José Dias, que exerce o ministério diaconal na Paróquia Santa Luzia, em Ribeirão Pires, e participa da Comissão Teológica da Diocese de Santo André, recorda a história e as características do Mês da Bíblia, o tema e o lema deste ano, e orienta como vivenciar na prática esse setembro dedicado ao aprofundamento e leitura da Carta aos Gálatas.

 

Introdução ao tema e lema
Nestes 50 anos do Mês da Bíblia, desde 1971, a Igreja no Brasil escolhe um entre os 73 livros que compõem a nossa Bíblia Católica, para que possamos estudá-lo em comunidades. “Por isso é importante que a Bíblia, mesmo que lida sozinha, seja lida neste espírito de comunidade, porque é um livro que foi escrito por muitos”, sugere diácono Luciano. O tema central do Mês da Bíblia deste ano é a Carta aos Gálatas com o lema: “pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). “Temos ali um grande hino batismal, que é descrito em Gálatas, quando Paulo afirma que todos e todas são filhos de Deus. Portanto é pelo batismo que as divisões foram superadas, e desta forma, não há mais judeu ou grego, nem escravo ou livre, nem macho ou fêmea, pois somos um em Cristo Jesus”, explica o diácono.

“Exatamente, a partir daí, que vamos estar meditando no decorrer deste mês de setembro, com toda a nossa Igreja, espalhada aqui na Diocese de Santo André e também na Igreja em todo nosso Brasil”, complementa.

 

Reflexão e ações práticas
Neste sentido, o tema e o lema deste ano nos ajudam a trabalhar iniciativas conjuntas, de leitura nas paróquias, nas comunidades e nas casas, em família, de aprofundamento por meio de lives nas mídias sociais, de acompanhamento de programas de televisão que abordem o assunto, de emissoras de rádio que promovam reflexões e alimentem a espiritualidade. Enfim, todas essas ações contribuem para a nossa formação e conhecimento para que possamos na prática, evangelizar cada vez mais pessoas, principalmente aquelas que estão nas ruas ou distantes de Deus.

Programação diocesana
A Comissão Teológica promoverá no dia 9 de setembro (quinta), às 20h, uma Live sobre o tema do Mês da Bíblia: Carta aos Gálatas e o lema: “pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). Outra atividade confirmada é o Festival Bíblico Catequético, organizado pela Comissão Diocesana de Animação Bíblico-Catequética, que acontecerá pelo segundo ano consecutivo no formato online, nas dez regiões pastorais, durante a manhã e tarde do dia 18 de setembro (sábado).

Ao longo de setembro, o folheto ABC Litúrgico reservará um espaço especial para a meditação sobre o Mês da Bíblia. A Comissão Diocesana de Liturgia também apresentará uma proposta para encontros regionais, de forma virtual, para reflexão sobre o tema e o lema do Mês da Bíblia, na segunda quinzena de setembro. A Pastoral da Comunicação A Pastoral da Comunicação realizará as transmissões das atividades do Mês da Bíblia nos níveis diocesano, regional e paroquial organizadas em parceria com pastorais e movimentos. Em conjunto com o Centro Diocesano de Pastoral e o Departamento de Comunicação, a Pascom Diocesana também promoverá a mobilização e divulgação de ações nas mídias sociais Facebook, Instagram e YouTube.

 

Concílio Vaticano II e São Jerônimo
Diácono Luciano relembra que o Concílio Vaticano II nos trouxe um valioso reforço e o impulso para a prática da leitura comunitária da Bíblia. A partir dessa inspiração, o Mês da Bíblia no Brasil surgiu em 1971, em comemoração aos 50 anos da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), sendo uma iniciativa das irmãs Paulinas e envolveu toda a cidade. O sucesso da ação motivou a tornar-se um evento nacional, quando setembro se tornou o mês de referência para os estudos e contemplação da Palavra de Deus.

“Só que desde 1947, a Igreja já tinha o hábito de guardar o último domingo do mês de setembro para celebrar o Dia da Bíblia, em homenagem a São Jerônimo (340-420) que tem o seu dia comemorativo celebrado no dia 30 de setembro”, revela. São Jerônimo foi tradutor da Bíblia, da língua hebraica e grega para o latim, originando a tradução que nós chamamos comumente de “Vulgata”, da qual depois vai surgiriam as demais traduções que utilizamos na Bíblia Católica até os dias de hoje.

Livro mais vendido e traduzido da história
A Bíblia sempre encantou todos os povos, esteja ela escrita em pergaminhos, ou folhas de papiro, sejam elas impressas em livros, talhadas na pedra, que por tantas vezes nós conseguimos ver e apreciar esculpida nos corações de cada pessoa humana que valoriza a Palavra de Deus. De acordo com o diácono Luciano, a Bíblia é o livro mais vendido em todos os tempos e já foi traduzida para mais de 2935 línguas diferentes. “Ainda assim, nós sabemos que a Bíblia continua sendo um livro muitas vezes desconhecido, porque muitos de nós temos em nossas casas, mas não a abrimos. Outros utilizam a Bíblia dentro de suas casas como amuletos, deixando a Bíblia aberta num lugar de destaque na sala, mas não a leem. A Bíblia fica aberta como amuleto e ali vai servindo para que muitas vezes os próprios mosquitos possam ali fazer os seus pousos. Outros acabam guardando ela na estante, ficando lá toda empoeirada, mas também não a leem”, alerta.

 

Círculos Bíblicos
No entanto, hoje em dia, a Bíblia desperta cada vez mais o interesse do povo cristão católico, e principalmente nos Círculos Bíblicos, porque a Bíblia é um livro comunitário, foi escrito por comunidades, por pessoas para falar da vida de comunidades. “Os Círculos Bíblicos, portanto, são os locais que por excelência orientam a reflexão sobre a vida, e isso graças ao Concílio Vaticano II, que possibilitou a nós, católicos, ter a bíblia em nossa língua vernácula. Cada povo escutando a Palavra de Deus na sua própria língua e compreendendo isso”, elucida o diácono.

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