Diocese de Santo André

Evangelização, profetismo e união: Paróquia São Jorge comemora Jubileu de Ouro, em Santo André

“Queremos compartilhar com todos os nossos irmãos e nossas irmãs diocesanas, a nossa alegria por celebrar o jubileu de ouro da nossa amada paróquia. São 50 anos de evangelização, profetismo e união. Vamos pedir ao Senhor, olhando para o nosso passado, valorizando o nosso presente, o nosso hoje, a nossa missão, para vivermos um futuro sempre mais à luz da construção do Reino de Deus.”

A mensagem do administrador paroquial Pe. Guilherme Franco Octaviano simbolizou todo o sentimento de emoção e fé do povo de Deus, que celebrou o Jubileu de Ouro da Paróquia São Jorge durante a Santa Missa em Ação de Graças pelos 50 anos de história da caminhada de evangelização e promoção humana, ocorrida na noite de quinta-feira (28/10), na igreja localizada na Cidade São Jorge, na Região Santo André – Leste da Diocese de Santo André.

Sinodalidade e os desafios
Um momento especial para mais de 250 pessoas que participaram da celebração, entre fiéis, integrantes de pastorais e movimentos, seminaristas, o diácono José Roberto Storniolo, o Pe. Carlito Dall’agnese, e membros das quatro comunidades ( Nossa Senhora da Fé, no Parque Marajoara; Espírito Santo, na Cidade São Jorge; São Francisco, na Cidade São Jorge e Nossa Senhora da Esperança, no Centreville – que hoje pertence à área territorial da Paróquia São Geraldo Magella), unidas por uma Igreja sinodal, promovendo a participação, a comunhão e a missão, como diz o próprio tema do Sínodo dos Bispos 2023, do qual estamos vivenciando a fase diocesana desde a sua abertura no dia 19 de outubro.

“A sinodalidade, o caminhar junto, a unidade não devem ser vivenciadas apenas no Sínodo. O Sínodo (dos Bispos) vem trazer aquilo que é próprio da Igreja. Então, celebrando esse jubileu de ouro, ou seja, 50 anos da paróquia, nós queremos, louvar e agradecer a Deus pela história, pelo começo, pelas dificuldades, pelas conquistas, pelas pessoas, mas não parar no passado”, salienta o administrador paroquial, que destacou o empenho de todos na organização das atividades do jubileu de ouro e na construção dessa linha história.

Pe. Guilherme, que também é coordenador da Comissão Diocesana de Liturgia, acredita que o legado desse cinquentenário de acolhida e missão – prioridades atuais do 8º Plano Diocesano de Pastoral, mas que sempre acompanharam a trajetória de 67 anos da Diocese de Santo André – deve motivar os trabalhos pastorais no presente e impulsionar ações evangelizadoras no futuro.

“Para que a gente se sinta animado como no começo para seguir em frente, projetando o futuro que acaba sendo muito exigente para nós como Igreja. Por isso que não dá mais para viver o ‘sempre foi assim’, ‘sempre foi desse jeito’. Não! O mundo, a cultura, as pessoas, estão mais desafiadoras, e isso nos impele a caminharmos sempre mais juntos em direção à construção do Reino de Deus de uma maneira mais eficaz”, elucida.


Tríduo celebrativo e presença de Dom Pedro|
A programação do Jubileu de Ouro da Paróquia São Jorge também contou com um tríduo celebrativo, que aconteceu entre segunda e quarta (25 a 27/10), com a Hora Santa Eucarística, missa presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, Terço Luminoso e Coroação da imagem de Nossa Senhora

Dom Pedro agradeceu o convite, elogiou a organização da paróquia e suas comunidades, através dos serviços de evangelização, acolhimento e promoção social, o modo como os paroquianos participam das missas e fez votos para que a igreja de São Jorge cresça cada vez mais na missão de levar a Palavra de Deus a todos.

Testemunhos de quem faz parte da história
A frase “sorrir com os olhos” nunca fez tanto sentido nesta celebração especial para os paroquianos da Paróquia São Jorge, uma vez que os sorrisos cobertos com as máscaras traduzem nos olhares, a expressão de felicidade. Impossível não observar os olhos marejados ou lágrimas incontidas dos fiéis que presenciaram a construção da capela, o nascimento da paróquia e daqueles que nasceram neste século e já percorrem os caminhos do presente e do futuro na igreja.

Uma igreja de pedras vivas
“Um fato marcante foi quando nós construímos a nossa igreja (em meados dos anos 80), onde ela se encontra até hoje. Numa celebração cada um jogou a sua pedrinha ali, contribuindo na construção da nossa igreja. Colocando os tijolinhos para erguer a nova matriz.” Assim, a professora aposentada Rosana Ferreira Garcia  Seijas, 56 anos, fez parte desta história, já que participa desde a infância na paróquia, quando ela era localizada na Rua Minas Gerais. “Eu vinha visitar minha tia que morava aqui, desde o ano de 1971, quando a paróquia foi criada. É muito gratificante participar desta trajetória de 50 anos”, disse Rosana, que recebeu os sacramentos da Eucaristia, da Confirmação e do Matrimônio na paróquia e, hoje, participa da Catequese e da Pascom.

Visitas às famílias e a conversão do esposo
Duas histórias que estão na memória de Hermelinda Gonçalves Souza, 82 anos, e  que trazem um grande conforto no coração são as visitas missionárias conversão do marido Joaquim de Souza Lima (in memoriam). Participante da paróquia desde 1975, ela recorda que o esposo não gostava de participar da igreja. “Ele não gostava de ir e nem queria que eu participasse das missas na paróquia”, conta. Com muita perseverança e a ajuda do Pe. Nelson Lemos (Congregação dos Filhos da Caridade), Joaquim seria sensibilizado a viver o matrimônio, também dentro da igreja. “O padre foi até a nossa casa chamar o meu marido para participar da igreja. É algo que me emociona bastante, quando lembro que participávamos das missas, das festas de Natal, juntos com os filhos, os netos, na paróquia”, confidencia.

Hermelinda, que também atuou como ministra da Comunhão e das Exéquias, conta que animava os grupos de rua e em dado momento, outro fato lhe marcaria bastante. “Rezávamos as novenas nas casas e o Pe. Martinho (Martín Rodríguez) começou a participar conosco, também, conversar, tomar café com as famílias. Isso também me traz muita emoção”, recorda.

A vocação de cantar e a coroação de Nossa Senhora
A contadora Viviane de Oliveira Barros, 38 anos, dos quais 35 anos como paroquiana, revela que a vocação de cantar surgiu desde a infância, na própria paróquia. “Com três anos já descobri essa vocação de cantar e fui escolhida para levar a coroa de Nossa Senhora, durante a coroação da Mãe de Deus. A partir deste momento, não larguei mais a comunidade”, comenta a integrante da Pastoral do Canto Litúrgico.

“Hoje sigo muito feliz, evangelizando as pessoas através do canto litúrgico. Me traz alegria muito grande quando cantamos e deixamos as pessoas felizes com cantos tão bonitos e perfeitos da diocese”, atesta Viviane, que prestou uma homenagem à sua mãe, Jaires Oliveira Barros, vítima da Covid-19, pela importância em ingressar na vida pastoral da paróquia, onde participou da perseverança, fez à primeira comunhão e a crisma.

Mês Vocacional e a pintura de Jesus Bom Pastor
Cerimoniário e agente da Pascom (Pastoral da Comunicação), o jovem João Vitor Rodrigues Silva, 15 anos, que participa há quatro anos da paróquia, recorda dois momentos que envolvem a comunidade. “Me marcou muito o encerramento do Mês Vocacional, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário e essa pintura atrás do altar, que sempre que olho vejo que tem a minha mão, que eu participei e ajudei a fazer (imagem de Jesus Bom Pastor)”, revela.
Sobre o presente, João Vítor afirma que tem muita vontade de continuar sendo cerimoniário, e futuramente se tornar ministro e participar da liturgia. Para ele, grandes marcas da Paróquia São Jorge são o acolhimento e a prática da Igreja em saída.

A emoção de celebrar a Palavra de Deus
Maria Áurea da silva, 79 anos, participa da Paróquia São Jorge desde o ano de 1977. “Na época do Pe. Marcos, não tinha missas todos os domingos. Nem sempre tinha padre disponível. Então, eu e um rapaz e fazíamos as celebrações da palavra na capelinha. Depois realizávamos palestras sobre o batismo nas casas, catequese. Isso me marcou muito até hoje, pois as pessoas reconheciam nosso serviço à Igreja”, revela.

Ministra da Palavra e das Exéquias por mais de 20 anos, Maria Áurea afirma que as lembranças boas daquele período jamais serão apagadas da memória. “Ficarão vivas para sempre em meu coração”, frisa.

Sobre a paróquia
A Paróquia São Jorge fica localizada na Travessa Mauá, nº 121 – Cidade São Jorge, em Santo André. Atualmente conta com duas comunidades (Nossa Senhora da Fé, no Parque Marajoara, e Espírito Santo, na Cidade São Jorge) e a capela São Francisco, na Cidade São Jorge. O atual administrador paroquial é o Pe. Guilherme Franco Octaviano, que está à frente da paróquia desde abril de 2019.

As missas são realizadas nos seguintes horários aos finais de semana: domingo (8h e 18h). Mais informações sobre como participar das celebrações e das atividades da paróquia, entre em contato com a secretaria paroquial: 4978-5490 (telefone).

Saiba mais sobre a história da paróquia aqui

Fotos: Pascom Paróquia São Jorge (Santo André – Leste)

Compartilhe:

Mensagem do Bispo Dom Pedro Carlos Cipollini para a Diocese de Santo André

Dom Pedro Carlos Cipollini celebra 9 Anos na Diocese de Santo André

Homilia, Missa do Jubileu Diocesano 70 Anos da criação da Diocese de Santo André

Ginásio lotado com mais de 7 mil pessoas marca celebração dos 70 anos da Diocese de Santo André

Catedral diocesana celebra sua padroeira

Padre Toninho assume nova missão na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora

Jovens Sarados comemoram 15 anos com missa presidida pelo bispo diocesano

ENCONTRO CHEGA AO FIM COM REFLEXÃO SOBRE PERSPECTIVAS PARA A AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL

PARTICIPANTES DE ENCONTRO DESTACAM PROPOSTA DE SINODALIDADE NA AÇÃO PASTORAL DA IGREJA

“O COORDENADOR DE PASTORAL É UM MEDIADOR DA GRAÇA DE DEUS E PROMOVE A COOPERAÇÃO NA COMUNIDADE”, DISSE NÚNCIO APOSTÓLICO