“Todas as graças de Deus são concedidas ordinariamente envoltas com o conhecimento próprio” (S. João da Cruz in Noite escura, Liv. I, cap. 12,2).
Entre os dias 26 e 28 de novembro de 2021 (sexta a domingo), os 16 candidatos da Escola Diaconal Santo Efrém Diácono, da Diocese de Santo André, participaram de Retiro Espiritual na Casa de Retiro Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes (SP), como preparação para a ordenação diaconal, que ocorrerá no dia 12 de dezembro (domingo), às 15h, durante a celebração eucarística na Paróquia Sagrada Família, no Jardim do Lago, na Região São Bernardo – Anchieta. O encontro contou com pregação do bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini.
Em julho deste ano, os postulantes ao diaconato permanente receberam os ministérios de leitor e acólito. São eles: Carlos Caviola Foiani, Eduardo de Alcântara, Fabiano Roque Barreiros, Gilberto Cavignato, Guido Evaristo Roggi, Haroldo Bezerra, João Oliveira dos Santos, João Ribeiro de Souza, José Antonio Micheias, José Carlos Denove, Marcio Giovani Buttignol, Robin Dominicio Januário, Salustiano Alves Viana Júnior, Sandro Alex Bermudes, Sidnei Antoniasi e Silvio Bezerra da Silva.
Sobre a programação do retiro
A programação teve início na noite de sexta e foi encerrada ao final da manhã de domingo, com a celebração da Santa Missa. Nestes três dias, Dom Pedro propôs um retiro de silêncio e meditação. No total de quatro meditações durante o dia e um momento de espiritualidade no período da noite, o bispo diocesano, em uma de suas reflexões, explanou sobre as tentações de Jesus, que na vida cristã é uma luta contínua contra o mal, é uma luta de cada um dos futuros diáconos, e que as tentações serão vencidas com o auxílio do Senhor, a fim de serem fiéis na participação da missa de Cristo.
Deixar Deus agir em nossas vidas
De acordo com Salustiano Alves Viana Junior, que faz estágio pastoral na Paróquia Mãe de Deus e dos Pobres, em Diadema, o retiro é um tempo privilegiado, um caminho valioso que permite se desligar das rotinas, dos barulhos ensurdecedores do dia a dia, para escutar o Senhor falando dentro de cada coração. “É um tempo de aprofundamento, na busca do autoconhecimento, da espiritualidade e da missão como diácono permanente que logo desempenharemos em nossa diocese”, conta.
Salustiano Júnior pensa que diante de uma sociedade que prega um Deus inexistente, se faz necessário tomar a decisão de levar Deus a sério, ser esse parceiro do Senhor e centrar o ministério diaconal em Cristo, vencedor das tentações e da morte.
“É preciso não se envaidecer e deixar as vaidades de lado e fugir da tentação do poder, penso que devemos apresentar o rosto de uma Igreja que serve e acolhe, estar sempre pronto para servir o Senhor nos irmãos, configurando o Cristo-Servo que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos (Mc 10,45)”, elucida.
Se assemelhar com as atitudes de Jesus
Sandro Alex Bermudes, que faz estágio pastoral na Paróquia São Pedro Apóstolo (Região São Bernardo – Rudge Ramos), disse que já participou de alguns retiros, mas esse teve um caráter especial.
“Foi muito bem organizado, planejado com temas muito específicos para nós, com as pregações muito bem elaboradas e apresentadas com muita sabedoria por Dom Pedro, com exemplos muito pertinentes ao tema tratado e com fatos da história e de casos bíblicos. Saio deste retiro com a certeza de que estar a serviço da Igreja de Deus é se assemelhar um pouco com as atitudes de Jesus”, avalia.
Motivação da vocação ao serviço
Robin Dominicio Januário, que realiza estágio pastoral na Quase Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Casa Grande, em Diadema – após passagem pela Paróquia Cristo Rei, na mesma cidade – afirmou que o retiro é importante, pois é um momento que em meio a tantos afazeres no nosso cotidiano, não podemos nos esquecer que Deus nos fala de diversos modos, mas também na meditação e no silêncio.
“Deixar Jesus falar em nosso coração, qual a sua vontade em nossa vida, na nossa vocação de batizados e, sobretudo, a importância e seriedade do ministério que estamos abraçando, não por nossos méritos, mas pela Graça de Deus. Particularmente, o momento mais importante foi quando no final do retiro, Dom Pedro nos aconselhou a realizar um propósito de vida, onde podemos revisitar quando se fizer necessário, lembrando e obtendo forças e a motivação da vocação ao serviço”, sintetiza.
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