O bispo diocesano de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, presidiu na noite da Quinta-Feira Santa, 6 de abril, a Missa solene da Ceia do Senhor com a cerimônia do Lava-pés na Catedral Nossa Senhora do Carmo, em Santo André. A Eucaristia foi concelebrada pelo Padre Joel Ney, pároco da catedral diocesana, e com a presença do secretário episcopal, Padre Camilo Gonçalves.
Com igreja cheia de fiéis, Dom Pedro em sua homilia recordou a importância da Semana Santa para nós cristãos:
“A proclamação da Palavra de Deus é sempre para nós um momento solene, no qual o próprio Cristo nos fala. Nós estamos reunidos aqui, iniciando esse Tríduo Pascal, uma peregrinação de alguns dias acompanhando Jesus, este mistério de redenção que é o cume das nossas celebrações litúrgicas do ano inteiro e que ressoa durante o ano, a cada domingo.”
Dom Pedro ressaltou sobre mandamento que Jesus nos deixou:
“Hoje, queremos agradecer a Jesus, porque Ele nos deixa o grande mandamento do amor, o amor que move o coração dos seus seguidores. Amor que não é sentimentalismo. Amor que se traduz em serviço fraterno aos irmãos. Logo, o amor de Cristo é um amor solidário Dele para conosco. Ele deu a vida por nós, devemos também dar a vida pelos irmãos. Toda a Igreja está a serviço de anunciar este Evangelho do amor redentor de Deus para conosco e nosso, para com Deus e para com os irmãos.”
O bispo ainda falou sobre o sacramento deixado por Cristo, a Eucaristia, que é o Corpo e Sangue de Cristo, salientou que que em cada santa missa acontece um milagre, onde o pão e vinho são Corpo e Sangue do Senhor que nos alimenta, e que a celebração da Ceia do Senhor mostra o amor redentor de Deus:
“Nós queremos hoje bendizer a Deus, que nos alimenta com o seu corpo e sangue, para sermos capazes de amar. O amor é algo tão poderoso, é algo divino, nós com a nossa miséria e o nosso egoísmo, não somos capazes de amar por nós mesmos. Mas Cristo em nós, nos torna capazes de amar, não só pelo mandamento vivido, mas pela comunhão no seu Corpo e Sangue que nos potencializa a fazer como Ele fez.
Cada missa acontece um milagre, e por isso, pensem bem com que respeito, com que amor, com que gratidão devemos nos aproximar da Santa Eucaristia e nos tornar capazes de amar? Um amor solidário? Se nós não acreditamos nisso, a nossa celebração é um teatro. Mas nós cremos, graças a Deus e por isso, podemos celebrar, e o gesto do Lava Pés é símbolo desse amor serviço.”
O bispo diocesano falou sobre sermos gratos pelos presentes que Jesus nos dá, como o mandamento do amor, a Eucaristia e o sacerdócio, pois na última ceia instituiu o sacerdote, porque sem os sacerdotes não temos a consagração da Eucaristia, bem precioso de nossa fé.
Seguindo o gesto de Jesus, Dom Pedro percorreu a assembleia e lavou os pés de 12 fiéis, assim como o Pai, mostrou que está a serviço, inspirando a vivermos uma vida de amor-serviço com os irmãos.
Após a comunhão, os fiéis acompanham a Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento para o altar da reposição, realizando uma breve adoração.
O Tríduo Pascal segue com o recolhimento e silêncio da Sexta-Feira da Paixão de Cristo, com indicação do jejum e abstinência na preparação para a ressurreição, que acontecerá na Vigília Pascal, no sábado (8), até o Domingo de Páscoa.