Diocese de Santo André

Família Guadalupana recebe Padre Cauê dos braços da Casa de Nazaré

Na noite do dia 22 de junho, o Grande Alvarenga em São Bernardo do Campo, uniu-se para acolher como administrador paroquial Padre Cauê Ribeiro Fogaça, que assumiu a Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, a conhecida Família Guadalupana.

Padre Cauê desde a sua ordenação era vigário na Paróquia Sagrada Família, ao lado do pároco e vigário para pastoral, Padre Everton Gonçalves, que foi enviado como delegado do bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, para dar posse ao novo administrador.

Três comunidades paroquiais se misturavam na assembleia, que estava cheia e emocionada, os fieis da paróquia vizinha, Santa Luzia Virgem e Mártir se fizerem presentes, junto aos paroquianos da Paróquia Sagrada Família, que foram entregar seu vigário, a nova missão, e com presença maior, a família guadalupana.

Estiveram presentes o coordenador da região pastoral São Bernardo do Campo Anchieta, Padre Geraldo dos Santos, presbíteros, diáconos, seminaristas e as irmãs religiosas Pias Operárias e Irmãs de Maria Banneux.

Dando início a Celebração Eucarística e ao rito de posse canônica, Padre Ademir Santos, que atuou como pároco por muito tempo na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, leu o Decreto de Nomeação do novo administrador paroquial.

Padre Everton, que presidiu a Santa Missa, em sua homilia destacou a Liturgia da Palavra:

“Na primeira leitura temos um exemplo bonito de pastoreio da parte do Apóstolo Paulo que em meio às dificuldades e desafios da missão sempre confiou no Senhor. A comunidade de Corinto era uma comunidade muito complexa. Certa vez, quando disseram a ele sobre divisões na comunidade, ele escreveu na sua primeira carta dizendo: “Uns dizem: eu sou de Paulo! e outros: eu sou de Apolo! e outros mais: eu sou de Pedro! Outros ainda: eu sou de Cristo! Será que Cristo está dividido? Será que Paulo foi crucificado em favor de vocês?” (1Cor 1,12) “Quem é Paulo? Quem é Apolo? Apenas servidores através dos quais vocês foram levados à fé, cada um deles agiu conforme os dons que o Senhor lhes concedeu. Eu plantei, Apolo regou, mas era Deus que fazia crescer! (1Cor 3,5).

No trecho que a liturgia de hoje nos oferece, Paulo é acusado de ser muito fraco perante os “super apóstolos” que apareceram na comunidade e até pior duvidam de seu amor e seu espírito servidor. E como ele reage? Escreve esta carta para criticar ou lançar mais acusações? Não! Ele reafirma que devemos pregar o Evangelho de Cristo, sendo movidos pelo Espírito que dele recebemos, sempre prontos a servir. Diz de quantas renúncias ele fez para ajudar a comunidade e sobre as dúvidas sobre o seu amor, ele conclui: Deus o sabe!”

O vigário para pastoral refletiu sobre confiar em Deus:

“Primeiramente, confiar de que Deus é Pai, de que seu nome precisa ser santificado! Meus irmãos, como podemos deixar um pai feliz? Se um pai tem muitos filhos, como é o caso de Deus, sua felicidade está em ver seus filhos unidos. Esta é sua vontade primeira: ver seus filhos unidos e construindo o seu Reino de amor neste mundo. Pedimos isso todos os dias: seja feita a VOSSA VONTADE, venha a nós o VOSSO REINO! O que é a vontade de Deus? Estamos dispostos a aceitar esta vontade mesmo quando não é exatamente o que pedimos? Para viver esta vontade de Deus, volto ao tema do amor. Para que o amor aconteça sempre será necessário o perdão, por isso Jesus nos coloca este desafio de pedir perdão ao Senhor, na certeza de que Ele nos perdoará na mesma proporção que aprendermos a perdoar: “assim como nós perdoamos..” Como está à disposição em perdoar entre nós? Amor e Perdão andam lado a lado! E aqui não há outro jeito, Jesus termina o Evangelho de hoje com uma afirmação dura e desafiadora: “se vós não perdoardes aos homens vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.”

Ao falar sobre Padre Cauê encerrando sua homilia, destacou seu lema sacerdotal:

“Padre Cauê seu lema diz respeito a cuidar, curar as feridas, ser bom samaritano num mundo marcado por tantos sofrimentos. Após cuidar tão bem do povo da Sagrada Família acredito que é hora de avançar para águas mais profundas e cuidar deste povo Guadalupano. Há muitas feridas abertas, há muitos corações tristes, há muita mágoa e falta de perdão, mas há sobretudo um povo de fé, cheio de amor que precisa continuar caminhando e crescendo na missão e na acolhida. Povo simples e cheio de garra que certamente o ajudará a cumprir sua missão aqui. Não tenho dúvidas que será muito feliz por aqui! E nas horas difíceis, nas incompreensões, olhe para a Virgem de Guadalupe que continua a te dizer: “Não estou eu aqui que sou a tua mãe?” Foi ela quem te trouxe até aqui para cuidar desse povo tal e qual o bom samaritano cuidou do homem ferido. Cumpra o seu lema de ordenação!”

Seguindo o rito de posse, Padre Cauê diante do delegado enviado pelo bispo, renovou as promessas sacerdotais, feitas no dia de sua ordenação, para que publicamente, manifeste sua disposição de cooperar com o bispo diocesano, trabalhando em comunhão com ele, e cuidando com zelo da paróquia que lhe esta sendo entregue, recebendo em seguida os símbolos que caracterizam a missão paroquial e evidenciam o serviço do padre junto ao povo que lhe é confiado: as chaves da igreja e do sacrário, a jarra batismal e a estola roxa.

E com alegria e muitas palmas, Padre Cauê foi empossado como o novo administrador paroquial da Família Guadalupana, sendo aclamado pela matriz paroquial e suas dez comunidades.

A comunidade preparou uma homenagem para acolher seu novo administrador,

“Foi Deus quem te deu a graça de seres quem tu és. Deixar tudo para se entregar a serviço de Deus é a mais bela resposta de amor que alguém pode dar ao amor. Daquele que morreu por nós, o sacerdote Maior: Nosso Senhor Jesus Cristo! Ao entregar-se nas mãos de Deus, como instrumento, para ser usado por Ele, como e onde Ele quiser, o padre se faz o próprio Cristo, que entregou a sua vida por amor ao que é do Pai. A partir de agora, sinta-se como mais um membro de cada família dessa paróquia, e como tal compartilhará as alegrias e desafios. Cuidará de nós como o Bom Pastor que cuida e conhece cada ovelha de seu rebanho.”

Padre Cauê, também emocionado, dedicou algumas palavras a todos os presentes:

“Quero dirigir algumas breves palavras de agradecimento por este momento celebrativo tão importante. Em primeiro lugar, ao Pai rico em misericórdia, o nosso Pai, por me chamar a ser, unido a seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, na força do Espírito Santo um pastor do rebanho do Senhor. Agradeço à Igreja, nossa Diocese de Santo André, construída de homens e mulheres unidos pela força do Espírito Santo, na fraternidade, na partilha do pão e na oração. Somos todos filhos e membros desta Igreja, por isso, queiramos todos nós o bem dela; formamos com toda Diocese uma única família. Na pessoa do Vigário Episcopal para a Pastoral, Pe. Everton, agradeço também ao nosso bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, pela confiança na missão.”

Expressou sua gratidão aos paroquianos da Paróquia Sagrada Família, onde iniciou seu ministério ordenado. Durante a missa de envio, agradeceu por ser aceito como membro da família paroquial e ressaltou que nunca se sentiu deslocado. Ele expressou sua gratidão ilimitada e pediu orações em seu nome, prometendo rezar por eles também.

Em seguida agradeceu aos irmãos da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe por acolhê-lo e por prepararem uma bela celebração, expressou sua gratidão por permitirem que caminhassem juntos, iniciando assim uma nova etapa na história da comunidade acolhedora e missionária de trinta anos. Como pastor e rebanho, o Padre manifestou o desejo de caminhar com eles.

O Padre Cauê relembrou as inúmeras vezes em que ouviu falar da Família Guadalupana ao longo de sua formação até se tornar padre, sempre encontrava seminaristas e padres que elogiavam a Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. Os padres Ademir e Rogério, que já foram párocos lá, falavam sobre a bondade, generosidade e fé do povo da Guadalupe. O Padre Cauê também foi formado pelo Padre Cassiano, que teve uma experiência ótima na paróquia.

O novo administrador paroquial reconheceu que muitos corações estavam feridos, se dirigiu a todos, especialmente aos machucados, cansados e feridos, lembrou as palavras da Virgem Maria a São Juan Diego quando este estava angustiado, enfatizando que a Virgem de Guadalupe está presente transmitindo coragem e confiança, lembrando que a Virgem é nossa Mãe e está ao nosso lado.

Ele ressaltou a importância de confiar em Deus e na Virgem de Guadalupe, em vez de confiar nele mesmo, pois é apenas um servo falho que assume uma missão maior. A mensagem principal do Padre Cauê foi de encorajamento, perseverança e confiança, baseada na presença e proteção da Virgem de Guadalupe.

Os presentes foram convidados para a recepção preparada no salão paroquial, sendo marcado pela unidade das famílias do Alvarenga.

Fotos: Fernanda Minichello e Claudecir Santos

Compartilhe:

Missas de Finados: veja a programação das missas nos cemitérios das Sete Cidades do Grande ABC

nomeacoes

Decretos e Provisões – 01/11/2024

Encontro Diocesano da Pastoral da Acolhida fortalece a missão de serviço e espiritualidade

23º Encontro Diocesano de Formação com Catequistas do Batismo reflete a Iniciação da Vida Cristã e o Caminho do Espírito

Documento final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo é publicado

“Amou-nos”, a Encíclica do Papa sobre o Sagrado Coração de Jesus

Aparecida Severo, leiga consagrada da diocese, está em missão em Tefé: “Dar da minha pobreza sem limites de espaço e de tempo”

Caminhando na Pequena Via: Vigília da Juventude inspira esperança

Em coletiva do Sínodo, Dom Pedro Cipollini fala da necessidade de três conversões: espiritual, pastoral e de estruturas

Mundo visto daqui