A Praça do Carmo, em frente à Catedral Diocesana, foi palco de uma celebração especial reunindo mais de 800 fiéis para a Santa Missa, marcando o encerramento das visitas pastorais conduzidas pelo bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini. Este momento, realizado na tarde de 3 de dezembro, contou com a presença do clero diocesano, seminaristas e membros de ordens religiosas, em um momento histórico que coincidiu com a primeira missa diocesana sob a 3ª Edição Típica do Missal Romano.
Representantes de dez regiões pastorais, agentes da Pastoral da Acolhida e da Comissão Missionária Diocesana (COMIDI), estiveram presentes. O encontro foi ainda mais significativo com o lançamento do Subsídio de Acolhida e Missão, inspirado no 8° Plano Diocesano de Pastoral.
Dom Pedro expressou gratidão pela presença de todos e enfatizou o valor da comunhão dentro da Igreja, ressaltando sua experiência ao visitar todas as 255 comunidades da diocese, descrevendo como uma oportunidade valiosa para unir a Igreja, confirmar a fé dos fiéis e reconhecer a importância da presença física e espiritual na vida da comunidade. Ele destacou a alegria e o significado dessas visitas, especialmente em comunidades que raramente ou nunca receberam a visita de um bispo, ilustrando a união e a força da fé compartilhada:
“Foi maravilhoso, especialmente para mim, poder estar no meio de vocês, aprender, a levar a bênção de Deus, confirmar vocês na fé. Me comoveu o fato de que em muitas comunidades, o bispo nunca tinha ido, comunidades muitas vezes até antiga, de 30 anos, onde o bispo nunca pôde ir. Agora, nesta visita, esta presença apostólica se fez sentir no meio dos fiéis, para grande alegria de todos. Penso que isto é significativo porque une a Igreja, e a tarefa do bispo é justamente esta de unir na fé, confirmar na fé, fazer esta grande comunhão. E como uma família, estamos aqui, diante da Catedral Nossa Senhora do Carmo, pudemos nos reunir, onde fatos importantes e marcantes aconteceram.”
O bispo diocesano refletiu sobre o impacto significativo de sua visita pastoral nas comunidades. Ele mencionou as diversas expressões de fé, solidariedade e ação missionária observadas durante suas visitas, como a oferta de alimentos pelos jovens em uma paróquia, simbolizando a presença de Jesus nos mais necessitados. E encorajou os diocesanos e diocesanas a continuarem sendo ativos e vigilantes na fé, lembrando que cada pequeno gesto de amor e solidariedade contribui para a presença viva de Jesus no mundo e fortalece a missão da Igreja.
No final da homilia, anunciou a entrega do subsídio de Acolhida e Missão, elaborado coletivamente, que visa fortalecer a acolhida e a missão nas comunidades. Ele explicou que a pastoral diocesana é guiada por esses dois elementos fundamentais – acolhida e missão – que são como trilhos que direcionam a locomotiva da pastoral. Dom Pedro agradeceu a generosidade e o esforço conjunto dos leigos e padres, destacando a importância de cada membro na promoção da missão evangelizadora da Igreja.
Dom Pedro entregou o Subsídio Formativo:
“Dimensão da Acolhida e da Missão” aos representantes da Pastoral Acolhida e do COMIDI, sendo síntese de toda a caminhada pastoral de nossa diocese, e que será de grande ajuda para todas as comunidades, devendo ser acolhido, estudado e, sobretudo, praticado.
Padre Everton Gonçalves, vigário episcopal para pastoral, também se pronunciou sobre a significância da celebração: “Essa celebração é muito significativa para todos nós, na em frente a catedral diocesana vivendo esse nosso 8° plano de pastoral, tendo como regra mesmo, o acolhimento e a missão. Por isso que estão sendo acolhidas hoje aqui na Casa Mãe, todas as comunidades, as capelas, as matrizes das nossas paróquias, da 106 da nossa Diocese, que são representadas por vocês, que vieram receber uma lembrança dessa visita, que é um sinal, e que pense num lugar com carinho para que fique lá, que a comunidade no futuro possa olhar e falar: ‘Nesses anos aconteceu essa visita pastoral, que é o fruto da acolhida e da missão da nossa Diocese de Santo André. Acolhida é missão e tarefa de todas as pastorais e movimentos, é tarefa de todos nós. Uma Igreja que não é acolhedora, não segue o seguimento, não segue o ensinamento de Jesus. Uma Igreja que não é missionária, não ouviu o mandato de Jesus.”
Padre Gonise Portugal, assessor diocesano da Pastoral da Acolhida, celebrou a entrega do subsídio formativo com entusiasmo, enfatizando a importância da acolhida como um estado permanente de missão: “A espiritualidade do acolhimento é um estado permanente de missão. Então, agora nós temos o manual na Igreja: Acolhida e Missão, que são os dois trilhos que Dom Pedro falou da nossa diocese, fruto do nosso Sínodo diocesano. Vamos fazer então chegar até a todas as paróquias acolhedoras.”
Assessor do COMIDI, Padre Jorge Bonfim, incentivou todos a serem agentes missionários em suas comunidades:
“Nossa diocese conta com material próprio, se você deseja na sua comunidade, comunidade de comunidades ser ainda mais missionário, é só estudar esse importante subsídio que tem o rosto da nossa Igreja Diocesana.”
Para simbolizar sua gratidão e marcar as visitas pastorais iniciadas em 2016, Dom Pedro entregou um azulejo representativo a cada uma das 255 comunidades e 106 paróquias visitadas, reafirmando seu agradecimento pelo acolhimento caloroso e celebrando a fé viva e solidária da Igreja Diocesana:
“Quero agradecer de coração a todas as comunidades que visitei, porque foi um momento maravilhoso de encontro, de alegria, de celebração da fé. Vocês são maravilhosos! Temos uma igreja viva, uma igreja solidária, fraterna, graças a Deus e o nosso padroeiro”
No encerramento deste dia celebrativo, com a Praça do Carmo abraçando fiéis e clérigos em um vínculo de fé e comunhão, a Diocese de Santo André se fortalece na missão de ser uma Igreja acolhedora e missionária, refletindo o espírito de união e solidariedade que Dom Pedro Carlos Cipollini realizou em sua visita pastoral, uma etapa impregnada de esperança e dedicação à missão evangelizadora, conduzida com amor e gratidão.
