Dia em que se celebra a Paixão dolorosa do Senhor. Neste dia segundo antiquíssima tradição, a Igreja não celebra os sacramentos, com exceção da penitência e unção dos enfermos”[1]
A Igreja toda permanece em silêncio. O altar esteja totalmente desnudado. Cruzes retiradas ou veladas[2].
Sacerdote e diácono aproximam-se em silêncio do altar, fazem uma reverência e se prostram ou se ajoelham por algum tempo. Toda a comunidade se ajoelha. Após levantar, sacerdote e ministros se dirigem para seus respectivos lugares. Da cadeira presidencial o sacerdote convida à oração, sem o habitual convite Oremos[3]. Segue-se a liturgia da palavra e a oração universal.
Terminada a oração universal têm-se a Adoração da Santa Cruz, que tem duas formas de ser apresentada.
Na primeira forma, o diácono ou outro ministro idôneo toma a cruz, velada com pano roxo, e entra pelo corredor central da Igreja ladeado por duas tochas. Chegando ao presbitério entrega a cruz ao padre que, voltado para o povo, descobre um pouco a parte superior e diz Eis o lenho da cruz…ao que o povo responde Vinde adoremos. O povo, então, se ajoelha e adoram por alguns instantes. Em seguida o sacerdote descobre o braço direito da cruz e repete como da primeira vez. Por fim, descobre a cruz por inteiro, e repete como da primeira vez[4].
Na segunda forma, o sacerdote ou o diácono toma cruz sem véu à porta da Igreja. Entra pelo corredor central com a cruz ladeada por tochas. À porta da Igreja, no meio do corredor central e junto ao presbitério canta por três vezes o Eis o Lenho da cruz, ao que o povo responde Vinde adoremos. O povo se ajoelha e adora a cruz por alguns instantes[5].
Depois de qualquer uma dessas formas de apresentar a santa cruz, ela é colocada à entrada do presbitério ou em outro lugar mais adequado. Pode ser colocada em um suporte ou ministros podem segurá-la. São colocadas velas ao lado da cruz. Para a adoração inicia-se pelo sacerdote que preside, seguido por demais padres e diáconos, equipe de celebração e povo.[6] Deve ser apresentada apenas uma cruz para este momento[7].
Quando o número de fiéis para a celebração for muito grande e não for oportuno que todos se aproximem individualmente da santa cruz, depois que todo o clero e uma parte dos fiéis já tenham feito a adoração, o sacerdote toma a cruz e, em pé, diante do altar, por meio de umas breves palavras convida a assembleia a adorar a cruz. Passado alguns instantes, ergue-a mais alto para que os fiéis a possam adorar[8].
Para a sagrada comunhão seja colocada uma toalha sobre o altar, corporal e missal. O diácono, ou o próprio padre, com véu umeral, traz o santíssimo ladeado por velas pelo caminho mais curto até o altar. As âmbulas são colocadas sobre o altar. Retiram-se as tampas das âmbulas e o sacerdote faz uma genuflexão[9]. Em seguida, têm-se o pai nosso e segue-se normalmente o rito[10].
Terminada a comunhão, o diácono ou, na falta dele, um ministro pode repor o âmbula em lugar apropriado[11]. O sacerdote, então, por meio do convite Oremos, convida a assembleia para a oração depois da comunhão.
A celebração termina com a oração de bênção, que pode ser precedida pelo convite Inclinai-vos para receber a bênção[12].
Feita a oração, todos fazem uma genuflexão para a santa cruz e saem em silêncio. O altar seja desnudado, mas sobre ele fica a cruz com dois ou quatro castiçais[13].
[1] Ibid, p. 257
[2] Ibid.
[3] Ibid.
[4] Ibid, p. 266
[5] Ibid.
[6] Ibid, nº 18, pp. 266-267
[7] Ibid, nº 19, p. 267
[8] Ibid.
[9] Ibid, nº 22, p. 270
[10] Rito conforme Missal Romano p. 279
[11] Cf. MR nº29, p. 271
[12] Ibid, nº31, p. 271
[13] Ibid, nº 31-32, p. 271