Diocese de Santo André

Trinta anos do Grito dos Excluídos

São 30 anos de persistência e resiliência com mais esta edição do Grito dos Excluídos. Uma iniciativa que brota da fé, da ética e misericórdia do Evangelho de Jesus Cristo que a Igreja Católica no Brasil deseja levar a todos. Porque não acreditamos em anúncio do Evangelho sem promoção humana, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) articulou esta manifestação que visa conscientizar para a partilha, justiça e dignidade de todas as pessoas diante de Deus o criador e doador da vida. É necessário nos comportar com humanitarismo se quisermos ter paz na sociedade. Todas as vidas importam!

Por causa de Jesus, a pregação do Evangelho, a evangelização, que é a tarefa da Igreja, se faz com a promoção humana. Isto não é mera atitude política, é mais. Elevar o ser humano para Deus, porém, antes, restituí-lo a si mesmo, através de uma vida digna para todos e todas. É missão da Igreja, para ser fiel a Jesus Cristo, ter um olhar de compaixão para os que sofrem, e promover o ser humano.

Temos na Diocese de Santo André o Vicariato Para a Caridade Social e a Comissão Diocesana de Justiça e Paz, organismos que promovem a vida a partir da fé em Jesus Cristo e no conhecimento da realidade social necessitada de mudança. Ficou a cargo deles promoverem esta iniciativa do Grito dos Excluídos em nossa Diocese.

A exclusão no mundo cresceu de forma evidente. Aumenta os pobres e miseráveis e diminui o número das pessoas que detêm a maior parte das riquezas. Há ricos cada vez mais ricos à custa de pobres cada vez mais pobres. Com a agravante que estes pobres são descartáveis. A fome está presente em nosso país que é exportador de alimentos: um escândalo. E as políticas sociais continuam sendo cortadas dos orçamentos públicos, porque a vida das pessoas que acessam os serviços públicos pouco importam. Tudo isto se agrava com os impactos das catástrofes climáticas, cada vez maiores, sobre os territórios da periferia da Terra.

A proposta da Igreja é a mesma do Evangelho: romper a barreira do individualismo. Viver a proposta de Jesus : “Vós sois todos irmãos, um é vosso Pai que está nos céus” (Mt 23,8). Assim, nestes 30 anos do Grito dos Excluídos, uma iniciativa da Pastoral Social da CNBB, nos acompanhou como grito pela vida, por terra, trabalho e educação para todos. Somente quando tivermos a consciência de que temos um Pai, que ama todos os seus filhos e deseja que vivam como irmãos, através da partilha fraterna dos bens que ele da para todos, somente aí teremos a paz tão almejada. Pois sem partilha dos bens não a justiça e sem justiça não há paz.

+Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Santo André

Artigo publicado no dia 6 de setembro, no Diário do Grande ABC

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