Durante a Semana Nacional da Vida, a Diocese de Santo André realizou uma celebração especial na Catedral Nossa Senhora do Carmo, marcando o Dia do Nascituro. A Missa, presidida pelo Padre Flávio Gomes de Alcântara, assessor eclesiástico do Setor Vida e Família, reuniu fiéis e famílias que, com suas velas acesas, demonstraram um compromisso profundo com a defesa da vida desde o seu início, no ventre materno, até o seu fim natural. Essa celebração integrou a programação da Semana Nacional da Vida, que este ano tem como tema “Idosos, memória viva da nossa história”, e visou conscientizar a sociedade sobre a importância de valorizar a vida em todas as suas fases, especialmente a dos mais frágeis e indefesos.
Durante a homilia, Padre Flávio, representando o bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, que está no Vaticano participando do Sínodo dos Bispos, trouxe uma mensagem forte e contundente sobre a sacralidade da vida humana. Ele alertou que, em uma sociedade marcada por tantas contradições e injustiças, a vida muitas vezes é relativizada e colocada em segundo plano:
“Estamos vivendo tempos em que o valor da vida é frequentemente medido pela sua utilidade ou pelos custos que ela acarreta. Mas a Igreja, fundada na fé em Deus criador, jamais pode aceitar essa lógica de descarte. A vida é um dom sagrado de Deus e deve ser defendida em todas as circunstâncias.”
Padre Flávio também fez questão de destacar que a Defesa da Vida vai muito além de um simples discurso religioso. Para ele, a defesa da vida envolve uma postura ativa, um compromisso concreto com a promoção da cultura da vida:
“Não podemos nos calar diante da destruição da vida, seja nas fases iniciais ou na velhice. É um desafio que se impõe a cada um de nós, especialmente em uma sociedade que muitas vezes ignora os mais vulneráveis. Precisamos nos posicionar, defender os nascidos e os que ainda não nasceram, os doentes, os idosos, e promover a dignidade de cada ser humano.”
Ao refletir sobre o Dia do Nascituro, Padre Flávio reforçou a importância de olhar para o futuro, destacando que o cuidado com a vida não se limita ao presente. Ele alertou sobre a mentalidade de descartabilidade, que afeta não apenas os nascituros, mas também os idosos e os enfermos. “Estamos em uma sociedade que cada vez mais trata a vida como descartável, onde o que importa é a eficiência, o lucro e o imediatismo. Esquecemos que as futuras gerações dependem das nossas ações de hoje. Proteger o nascituro é proteger o futuro da humanidade”, afirmou.
Ao final da celebração, os fiéis participaram de um momento especial de oração. Todos foram convidados a sair em procissão até a Praça do Carmo, diante da catedral, onde acenderam suas velas, simbolizando a luz da vida. Na praça, sob a luz das velas, foi realizada a Oração do Nascituro, um ato que uniu os presentes em um propósito comum: promover e defender a vida, especialmente os mais indefesos. Foi um momento de profunda espiritualidade e reflexão, em que cada luz acesa representava um compromisso renovado com a cultura da vida, inspirados pela mensagem do Evangelho e pelo testemunho de tantos defensores da vida.