Diocese de Santo André

Manhã de formação com o clero reflete sobre o Sínodo dos Bispos

No último 04 de dezembro, o clero da Diocese de Santo André reuniu-se para um momento formativo sobre o Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que refletiu sobre a sinodalidade: “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação, missão”, documento que deve ser acolhido como parte do Magistério Pontifício, conforme afirmou o Papa Francisco.

O momento iniciou-se com a recitação da Hora Terça. Na sequência, padre Everton, vigário episcopal para a coordenação pastoral, acolheu os padres e diáconos presentes, agradecendo sua presença e adesão, e passou a palavra ao bispo diocesano, Dom Pedro.

Dom Pedro apresentou a primeira parte do Documento, intitulado “O Coração da Sinodalidade: chamados pelo Espírito Santo à conversão”, enriquecendo-a com a sua experiência de participar de todo o processo sinodal. Nesta parte, o texto reflete sobre como a sinodalidade faz parte da essência da Igreja. Como missionária do Reino, a Igreja deve ter a missão como o seu centro impulsionador e a sua razão de ser. Todos os batizados são chamados a participar desta missão evangelizadora da Igreja, levando a experiência do Reino de Deus já presente no meio da humanidade em germe. Brotando do coração do Deus Uno e Trino, a Igreja é chamada à comunhão, na diversidade de dons e ministérios, à exemplo da Trindade. Deve prevalecer na Igreja a unidade, não entendida como uniformidade, mas sim como harmonia da variedade de carismas realizada por Cristo e pelo Espírito Santo. A Igreja Sinodal por ser descrita recorrendo à imagem de uma orquestra: a variedade dos instrumentos é necessária para dar beleza à música. É necessário ter uma espiritualidade sinodal que seja comunitária, como disposição espiritual que permeia a vida cotidiana dos batizados. A sinodalidade também busca ser uma profecia social, prezando pela unidade num mundo tão dividido e polarizado.

No segundo momento, Padre Everton apresentou a segunda parte do Documento: “No Barco, juntos: a conversão das relações”. A conversão pastoral e das relações é uma necessidade constante da Igreja, não para salvar estruturas, mas para ser fiel à missão dada a ela por Jesus. É necessário estar mais perto dos irmãos e irmãs para ouvir suas dores: acolher e escutar autenticamente as diversas vítimas da violência, da exclusão, da intolerância. É preciso olhar e valorizar a participação feminina, dando possibilidades de integração em funções de responsabilidade. É preciso incentivar a participação dos jovens, para que a Igreja continue apresentando a mensagem evangélica aos mais novos. É necessária uma conversão para conseguir acolher bem as pessoas com deficiência, para que elas se sintam acolhidas e participativas na comunidade. É preciso fortalecer o trabalho conjunto entre a vida religiosa e a vida secular nas Igrejas locais, as dioceses, valorizando ambas as vocações. Deve ser pensar formas mais numerosas de ministérios laicais, sejam eles instituídos oficialmente pela Igreja Universal (acólitos, leitores e catequistas) ou não (Ministros da Palavra, da Distribuição da Sagrada Comunhão, acolhedores, músicos, coroinhas etc.), reconhecendo sua dignidade batismal. Os ministros ordenados, os bispos, presbíteros e diáconos, estão à serviço da harmonia eclesial, necessitados de processos de formação contínua, da valorização da fraternidade do presbitério e crescimento na escuta de todos, visando superar o clericalismo.

Por fim, Padre Rafael Capelato apresentou a terceira parte do texto, que tem por título: “Lançai a rede: a conversão dos processos”. Olhando a Igreja das origens, é preciso buscar um discernimento eclesial para a missão, onde todo o Povo de Deus, à luz da Palavra, aprende a olhar o contexto atual com a ajuda das Escrituras, dos padres da Igreja, da Tradição, do Magistério, bem como as contribuições das ciências modernas, para poder responder aos apelos dos homens e mulheres deste momento. O discernimento deve ser aprendido metodologicamente e realizado constantemente na vida eclesial, se tornando uma cultura, algo enraizado no estilo de ser da Igreja. O discernimento é um dos passos fundamentais na articulação dos processos de tomada de decisão, que deve ser feito por todo o Povo de Deus, propondo uma revisão das estruturas em que o voto é consultivo. É necessário envolver-se pela comunhão no Espírito Santo, que fala por todo o seu povo para as escolhas que deem ser feitas na comunidade. Este processo fortalece a credibilidade da instituição, já que favorece a participação ativa de todo os envolvidos. É necessário crescer na transparência, dando visibilidade a iniciativas invisíveis, valorizando a eficiência dos diversos conselhos existentes na paróquia, foranias e dioceses, assumindo a prestação de contas no âmbito administrativo e pastoral como prática padrão.

Ao final, foi proposto mais encontros formativos para os membros do clero, contando com as colaborações dos participantes. Para concluir o encontro, participantes invocaram a proteção de Nossa Senhora e receberam a bênção de Dom Pedro.

Texto de: Padre Gustavo Laureano

Compartilhe:

nomeacoes

Provisões e Decretos

Primeiras turmas da Escola Diocesana de Formação conclui módulo com missa na catedral diocesana

Manhã de formação com o clero reflete sobre o Sínodo dos Bispos

nomeacoes

Nomeações, provisões e decretos

Diocese de Santo André inicia a celebração do Jubileu Ordinário 2025: “Peregrinos da Esperança”

O trabalho invisível que revela o rosto de Cristo no irmão: a missão da Pastoral do Povo de Rua

Fiéis lotam Matriz Rosa para celebrar o padroeiro diocesano

Assembleia Diocesana de Catequese traça diretrizes o ano de 2025

Ordenação Diaconal: Seis Novos Servos para a Igreja

Catedral Diocesana acolhe Missa de Envio dos Dirigentes do Encontro de Casais com Cristo