Reunidos no auditório do Edifício Sede Santo André Apóstolo, na manhã de 12 de abril, os coordenadores paroquiais da Pastoral da Acolhida das dez foranias da Diocese de Santo André participaram de um encontro de espiritualidade marcado por oração, formação e partilha. A condução ficou por conta do bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, com o apoio do assessor eclesiástico da pastoral, Pe. Gonise Portugal, e do seminarista David Rodolfo Campos Silva.
Com o tema “Peregrino de esperança” à luz da vida do Padre Donizetti, Dom Pedro iniciou sua fala apresentando a trajetória do beato, destacando sua entrega aos pobres e sua coragem diante das perseguições. Recordou testemunhos de fé e acolhida protagonizados por Padre Donizetti, que viveu a caridade como missão e esperança como atitude.
Inspirado no livro “Esperança: a autobiografia”, do Papa Francisco, Dom Pedro refletiu sobre a diferença entre otimismo e esperança. “A esperança é uma âncora que sustenta a vida do cristão. Ela não decepciona, porque está enraizada em Deus”, afirmou. Para ele, a Pastoral da Acolhida é chamada a ser esse rosto de esperança nas comunidades: não apenas um serviço, mas uma disposição interior de escutar, amar e acolher como Jesus.
O bispo destacou ainda que os agentes da acolhida ocupam uma posição de fronteira na Igreja: são os primeiros a tocar o coração dos que chegam, muitas vezes cansados, machucados ou afastados. “Acolher é mais do que um gesto bonito. É uma missão evangelizadora, que cura, aproxima e abre as portas da fé”, disse. Por isso, convidou todos a renovarem o ânimo e não perderem a alegria de servir.
Dom Pedro também alertou sobre os inimigos da esperança, que muitas vezes não estão fora, mas dentro de nós: o medo, o cansaço, a frustração. Lembrando que a esperança cristã é mais do que sentimento — é certeza da vida eterna — ele exortou os presentes a não deixarem que a tristeza tome o lugar da fé. “Um cristão triste é sempre um triste cristão”, afirmou, retomando as palavras do Papa Francisco.
Ao final de sua reflexão, Dom Pedro foi carinhosamente presenteado com um azulejo que trazia imagens do Beato Donizetti. O gesto simples, mas cheio de significado, expressou o afeto e a gratidão dos agentes pelo cuidado e orientação espiritual do bispo à frente da pastoral.
Na sequência, os coordenadores forâneos conduziram, junto ao seminarista David, o Santo Terço da Acolhida. O encontro foi encerrado com a Adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzida por Pe. Gonise Portugal. Diante de Jesus Eucarístico, em profundo silêncio e oração, os agentes da pastoral se colocaram em atitude de escuta e entrega, renovando sua missão de bem-receber, com ternura e presença, todos aqueles que se aproximam da comunidade. De corações voltados ao serviço, ali reafirmaram que acolher é evangelizar — e que essa missão começa aos pés do Senhor.










