A Paróquia Santa Luzia e São Carlos Borromeu, no bairro Príncipe de Gales, em Santo André, na noite de 17 de junho, terça-feira, celebrou a posse de seu novo pároco: o Padre João José de Sousa, carinhosamente conhecido como Padre Joãozinho. A Santa Missa foi presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano, e concelebrada pelo vigário forâneo da Forania Santo André Centro, Pe. Ademir dos Santos.
Após a saudação inicial, o chanceler do bispado, Padre Camilo Gonçalves de Lima, leu o decreto de nomeação. Em seguida, Padre Joãozinho professou publicamente sua fé, assumindo diante da Igreja o compromisso de fidelidade à doutrina e à missão que lhe foi confiada. Depois da proclamação do Evangelho, Dom Pedro dirigiu sua homilia à comunidade e ao novo pároco, refletindo sobre a vocação e o sentido do pastoreio na Igreja.
Na homilia, o bispo destacou a natureza apostólica da Igreja e a missão confiada aos sacerdotes como presença viva de Cristo no meio do povo. Lembrou que o envio de um padre não é fruto de eleição humana, mas escolha de Deus: “Quem dá o padre à comunidade é Deus. Jesus escolhe quem Ele quer”, afirmou. Enfatizou que o papel do bispo é cuidar da totalidade da diocese, e que nem sempre as decisões agradam a todos, mas visam ao bem do conjunto do rebanho. “A sucessão apostólica não se dá por preferência, mas por missão”, completou.
O bispo também alertou para a escassez de vocações, comparando a realidade pastoral a um cobertor curto que ora cobre a cabeça, ora os pés. Incentivou a comunidade a rezar pelas vocações e a formar um coração semelhante ao de Deus, repleto de bondade, acolhimento e misericórdia. “Hoje as pessoas têm vergonha de serem boas”, lamentou, exortando os fiéis a não cederem à divisão e à dureza de coração. “A política de Deus é vencer o mal com o bem”, concluiu, convidando todos a assumirem o Evangelho como modo de vida.
Após a homilia, o novo pároco renovou suas promessas sacerdotais diante da assembleia e recebeu de Dom Pedro os símbolos de sua missão: a chave da igreja, a chave do sacrário, a jarra batismal e a estola roxa. Em seguida, de frente para o bispo, realizou o juramento de fidelidade à Igreja e ao seu pastor diocesano. Como sinal de confiança e envio, Dom Pedro o acolheu com um abraço, gesto que selou, diante da comunidade, o início de sua missão pastoral.
Com palavras que manifestaram palavras de gratidão a Deus pela chegada do novo pastor, a comunidade lembrou que este é um ano especial para a paróquia, que celebra 65 anos de fundação, e expressaram o desejo de caminhar junto, com espírito de comunhão e missão. “Sua chegada é mais um sinal da providência divina”, afirmaram, reforçando o compromisso com a vida eclesial.
O acolhimento também foi marcado pelas palavras do vigário forâneo, que partilhou com emoção sua ligação pessoal com a família do novo pároco e falou da fraternidade que marca a vida da forania. “O senhor veio para somar, para dar ainda mais realce à busca de comunhão que vivemos aqui”, disse.
Ao final da celebração, Padre Joãozinho agradeceu profundamente a Dom Pedro pela confiança, aos padres presentes pela comunhão, à sua família — especialmente sua mãe, Dona Terezinha — e aos fiéis que vieram de diversas cidades. Recordou com carinho os sete anos e meio vividos na Paróquia Jesus Bom Pastor, em Mauá, e afirmou que chega com o coração disposto a servir: “Com minhas limitações humanas, mas com a abertura à graça de Deus, quero seguir fazendo a vontade d’Ele, sem medo”.
Confiando sua missão à intercessão de Santa Luzia, São Carlos Borromeu e dos padroeiros das comunidades, a paróquia inicia esse novo tempo com esperança renovada, fé viva e o desejo sincero de ser cada vez mais uma Igreja em saída, missionária e comprometida com o Evangelho.
