Entre os dias 23 e 25 de julho, os jovens da Diocese de Santo André viveram uma experiência marcante de fé, unidade e propósito durante a Semana de Espiritualidade da Juventude. Realizada com o apoio do COMIDI e com a presença do padre Jorge, assessor do Conselho Missionário Diocesano, a semana teve como tema “A missão do jovem na Igreja, na família e no mundo” — uma proposta que nasceu a partir do clamor de muitos jovens diocesanos, que desejavam compreender melhor seu lugar e sua responsabilidade como cristãos nesses três pilares essenciais da vida.
A programação foi organizada em três dias, cada um dedicado a uma das frentes da missão: Igreja, família e mundo. A proposta não foi apenas teórica: cada formação conduziu os participantes a uma profunda vivência espiritual, com momentos de louvor, oração, adoração e partilha.
Igreja: pertencer, servir e testemunhar
No primeiro dia, os jovens foram levados a refletir sobre o batismo como ponto de partida para a vida cristã. A partir dele, surge a responsabilidade de pertencer e se engajar na comunidade paroquial. “Mesmo que nossas comunidades não sejam perfeitas, somos chamados a ser presença viva de Cristo nelas”, dizia a formação. A espiritualidade se expressou com força através do louvor carismático, momentos marianos e interações criativas — como contou Matheus, da Forania Diadema:
“A forma como foi conduzido o louvor foi bem carismática e divertida, como o jovem gosta. A interação com o irmão que não conhecemos quebra a timidez e aproxima. A pregadora também foi abençoada demais, deu exemplos reais e conectou-se conosco. Mostrou que até quem é de caminhada precisa ser transformado por dentro.”
Ana Clara, também de Diadema, complementa:
“Foi lindo e acolhedor. Os jovens dançaram, louvaram e tiraram o pé do chão com alegria para exaltar o Senhor. Um momento de fé viva e cheia da presença de Deus!”
Família: a missão começa em casa
No segundo dia, o olhar voltou-se para dentro do lar. A formação reforçou que a vivência cristã começa ali, nas pequenas atitudes de serviço e testemunho. Com firmeza e ternura, foi recordado que, mesmo diante de dificuldades e conflitos familiares, o jovem pode ser instrumento de luz e conversão dentro de casa.
“Como a pregadora disse: ‘A bênção da nossa família começa pela gente’. Nós que mudamos na formação, continuamos a mudança dentro da nossa casa”, recordou Matheus, emocionado.
Mundo: testemunhar a fé em meio aos desafios
O último dia tratou com profundidade os desafios enfrentados pelos jovens ao se posicionarem como cristãos fora do ambiente da Igreja. Padre Jorge, em sua pregação, falou sobre sacrifício, serviço e autenticidade: seguir Cristo exige entrega concreta, mesmo nas pequenas coisas do dia a dia.
Thiago Freitas, da Paróquia Santa Luzia (Forania Ribeirão Pires), participou da sexta-feira e relatou:
“Foi muito abençoado! A pregação do padre Jorge nos chamou à responsabilidade de caminhar com Deus e servir com o que temos. Também teve uma animação incrível com o pessoal de Rio Grande.”
Renan, da Forania Utinga, compartilhou um dos ensinamentos que mais o marcou:
“Padre Jorge disse algo que ficou na minha mente: não adianta querer mudar o mundo se nem contribuímos com o dízimo, não sabemos onde está uma vassoura para limpar a Igreja. Precisamos reclamar menos e fazer mais. Isso mexeu comigo e com todo o meu grupo.”
Ver tantos jovens reunidos, com o coração aberto e a sede de Deus nos olhos, foi um verdadeiro sopro do Espírito Santo para a Diocese. A Semana de Espiritualidade revelou que a juventude quer mais do que eventos: quer sentido, formação e vivência. Quer pertencer e transformar. E já está fazendo isso.




