A ordenação diaconal transitória é a primeira etapa para quem se prepara para o sacerdócio. Nela, o seminarista é configurado a Cristo Servo e recebe a missão de servir à Igreja de três formas: no anúncio da Palavra, na vivência da caridade e na assistência à Liturgia — podendo proclamar o Evangelho, fazer homilias, batizar, assistir casamentos e presidir exéquias. É também o momento em que assume, diante de Deus e da comunidade, a promessa de obediência ao bispo e de celibato, vivendo um tempo de amadurecimento pastoral até a ordenação presbiteral.
No próximo passo de sua caminhada vocacional, três seminaristas da Diocese de Santo André — Wellington Aquino, Fernando Oliveira do Nascimento e Maurício Antônio Borges — serão ordenados diáconos transitórios no dia 16 de agosto de 2025, às 9h, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, em Santo André, pela imposição das mãos de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano.
Cada um carrega consigo não apenas a história de formação e missão, mas também um lema que traduz o sentido profundo desse chamado.
Wellington Aquino
Aos 25 anos, filho da Paróquia Maria Mãe dos Pobres, em Diadema, Wellington trilhou um caminho de experiências pastorais em diversas comunidades desde sua entrada no seminário em 2018. Hoje, serve na Paróquia São José, em Ribeirão Pires. Seu lema, retirado das Bodas de Caná — “Eles não têm mais vinho” (Jo 2,3) — reflete o cuidado atento de Maria e o desejo de estar sempre sensível às necessidades das pessoas. Para ele, o diaconato é um convite a apresentar essas necessidades a Jesus, com a certeza de que, quando se caminha segundo a vontade de Deus, nada faltará.
Fernando Oliveira do Nascimento
Com 34 anos e pertencente à Capela São Judas Tadeu, na Paróquia Santo Antônio, em São Bernardo do Campo, Fernando também iniciou sua formação em 2018. Passou por diversas paróquias e hoje atua na comunidade Santa Luzia, Virgem e Mártir, no bairro Anchieta. Seu lema — “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10) — é um eco do olhar de Jesus que conquistou seu coração e o fez deixar projetos, trabalho e segurança para buscar “outro mar”. Inspirado pela canção A Barca, vê-se chamado a continuar pescando, agora almas, com os dons que o Senhor lhe concedeu.
Maurício Antônio Borges
Aos 35 anos, da Paróquia Santa Maria, no bairro Anchieta, em São Bernardo do Campo, Maurício percorreu um rico caminho pastoral, servindo em diferentes comunidades desde 2018. Atualmente, está na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Ribeirão Pires. Seu lema — “No meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc 22,27) — nasceu de uma profunda experiência espiritual em retiro, iluminada pelo sermão de Santo Agostinho sobre o serviço dos pastores. Para ele, servir é gastar a vida pelas ovelhas, cuidando e deixando-se cuidar, perdoando e sendo perdoado, até que o amor humano seja transformado pelo amor infinito de Deus.
Esta ordenação marca o início de uma nova etapa para os três, que, unidos na mesma missão, assumem o compromisso de servir com alegria, fidelidade e entrega total ao Evangelho, preparando-se para receberem a ordenação presbiteral.