A Paróquia Santo Antônio, em São Caetano do Sul, foi dedicada na noite de 26 de outubro, em celebração presidida pelo bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini. O pároco, Padre Décio Rocco, concelebrou com presbíteros e diáconos, diante da participação dos fiéis.

Na homilia, Dom Pedro tomou o Evangelho do fariseu e do publicano para refletir sobre a qualidade da oração cristã. Ele indicou a humildade como ponto de partida: “Não nos apresentamos diante de Deus contando méritos, mas pedindo misericórdia”.

Em seguida, destacou a confiança filial, à luz do testemunho de São Paulo: “Se rezamos, confiamos. O Senhor esteve comigo em todos os momentos, e continuará comigo, nas cadeias ou na libertação”.

Por fim, abordou o perdão como maturidade de quem reza com retidão: “Não julgar, não guardar ressentimento, não condenar. Perdoar e seguir adiante”. O bispo relacionou a mensagem às marcas visíveis da cerimônia, lembrando que as doze cruzes nas paredes acesas durante a celebração apontam para a missão: levar a luz de Cristo ao cotidiano.

Após a homilia, a assembleia professou a fé e entoou a Ladainha de Todos os Santos — gesto que expressa a comunhão com toda a Igreja e suplica a intercessão do céu para a vida que nasce deste altar.

Concluída a súplica, foi realizada a deposição da relíquia de Santa Maria Goretti no nicho do altar, unindo a paróquia ao testemunho dos mártires e recordando que, desde os primeiros séculos, o altar se ergue sobre a fé de quem entregou a própria vida por Cristo.

Na sequência, o bispo rezou a prece de dedicação da igreja e do altar. Vieram então as unções com o Óleo do Santo Crisma: primeiro, o altar; depois, as doze cruzes fixadas nas paredes.

A incensação do altar e da igreja, realizada a seguir, sinalizou a oração que sobe a Deus; e o revestimento do altar com a toalha apresentou a mesa do sacrifício e do banquete. Então o altar recebeu a iluminação e, junto às cruzes, acenderam-se as doze velas — referência aos Apóstolos e ao envio missionário da comunidade, que recebe a luz de Cristo e a leva ao mundo.

Ao final, Dom Pedro parabenizou a comunidade pela perseverança ao longo dos anos de obras e melhorias, agora coroada com a dedicação do novo espaço. A comunidade agradeceu a todos que colaboraram com a obra, reconhecendo o esforço conjunto que, ao longo de décadas, sustentou cada etapa do projeto. Também foram lembrados os sacerdotes que passaram pela paróquia nesse período, bem como os profissionais e voluntários que atuaram nas fases de planejamento, execução e acabamento.