Diocese de Santo André

Caminhada da Paz recorda Pe. Léo para uma evangelização sem medo

A 19ª Caminhada da Paz, promovida pela Paróquia Jesus de Nazaré, em São Bernardo, mais uma vez levou emoção ao povo, que saiu às ruas pedindo o fim da violência, mas lembrando que nunca vão deixar de anunciar o Evangelho, como o próprio lema diz: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma (Mt 10, 28)”. O evento faz memória ao padre italiano Léo Commissari, que veio ao Brasil como missionário da Diocese de Ímola, no fim da década de 1970, evangelizou, implantou projetos sociais e deu sua vida, após levar três tiros e morrer aos 56 anos, em 21 de junho de 1998.

O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, o pároco atual, Pe. Gabrielle Tondini, e o vigário Pe. Camilo Gonçalves de Lima, andaram junto com o povo e iniciaram a caminhada no local do martírio de Pe. Léo.  Em seguida, houve a celebração da Santa Missa, no pátio da Paróquia, concelebrada com outros sacerdotes. O vice-prefeito Marcelo Lima representou o prefeito Orlando Morando.

Para muitos fiéis, é um momento de recordar a doação de vida do Pe. Léo e que a evangelização nunca pode parar. “Ele foi um exemplo de amor e de doação pelo seu povo. Ele demonstrava o grande amor pelos fiéis e lutava para que cada pessoa se sentisse amada. Esta caminhada vem fortalecer a memória que temos dele”, disse Claudemir Mateus Dias. “Ele deixou sua família, seu país e sua cultura para viver conosco, com o povo pobre. Doou sua vida e não podemos esquecer. Vale a pena estar aqui. Não é sacrifício, é grandioso”, emendou Maria Julia Silva Oliveira.

Dom Pedro recordou que Deus olha para todos os seus, mesmo quando há uma morte como a do Pe. Léo. “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus e pelas causas que eles defendem. Com Deus, ninguém pode. ‘Quem crê em Mim não morrerá jamais, ressuscitará’”, disse o bispo, lembrando as palavras de Jesus. “Quando veneramos a memória de alguém que imitou Jesus, estamos venerando o desígnio de Deus, sua providência redentora. Só quem tem fé percebe”, completou.

Segundo o bispo, para continuar a obra do Pe. Léo é necessário ter fé. “Pe. Léo foi um homem decidido e sabia de que lado estava e não teve medo de arranjar inimizade por causa de seguir a palavra de Deus. Hoje Jesus disse: não tenha medo. Passamos nossa vida com medo. O medo é o contrário da fé. Quem tem fé espanta o medo”, destacou o pastor do Grande ABC.

Até logo

Pe. Léo e outros missionários marcaram o início do projeto “Igrejas irmãs”, em que a Diocese de Ímola enviava padres para o Grande ABC. Desde então, Diocese de Santo André conta com os padres de Ímola, especialmente na Paróquia Jesus de Nazaré. Porém, depois de 40 anos de missão, o projeto é finalizado no mês de julho e o pároco, Pe. Gabrielle, retorna à Itália. Quem vai assumir como pároco é o Pe. Antônio de Luiz de Araújo, conhecido como Pe. Toninho e que também participou da celebração.

Pe. Gabrielle pediu aos fiéis que continuem os trabalhos, agora com o novo pastor. “Não estamos apegados às pessoas, mas a Jesus Cristo, ao Evangelho. Os padres somente servem ao Evangelho. O padre muda, mas a comunidade continua. Estamos aqui à serviço, como missionário das comunidades, não vamos cair no saudosismo. Deus está preparando alguma coisa para nós. Nas mãos de Deus está nossa paróquia. Vamos continuar anunciando o Evangelho”, disse o sacerdote.

Apesar da saudade que ficará, o povo parece que entendeu o recado. “O padre muda, mas o povo continua. É o mesmo representante da Jesus para nós. Percebemos que o Espírito nos ajuda a entender depois. Até os filhos que criamos, alimentamos, crescem e vão embora. Quer dizer: não são para nós. Assim é o padre”, disse Antônio Zacarias Alexandre, que foi caseiro nos tempos de Pe. Léo. Os padres eméritos Pe. Walfrides Praxedes e Pe. Sante Collina vão permanecer na “Jesus de Nazaré”.

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